IA ajuda cientistas a encontrar bolhas misteriosas na Via Láctea

Uma inteligência artificial ajudou pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka a encontrar bolhas misteriosas na Via Láctea. Com a ajuda da IA, a equipe analisou grandes quantidades de dados coletados por telescópios espaciais e se depararam com estas estruturas que, até então, tinham passado despercebidas nas bases de dados astronômicos.

Através de uma parceria com cientistas do país, o graduando Shimpei Nishimoto e seu professor Toshikazu Onishi desenvolveram um modelo de deep learning. Com dados dos telescópios Spitzer e James Webb, o modelo usa reconhecimento de imagens com IA para identificar tais bolhas com precisão. 

Os detalhes da imagem destacam as bolhas identificadas (Reprodução/Osaka Metropolitan University)

As bolhas ocorrem na Via Láctea, mas não são exclusivas da nossa galáxia. Estas estruturas são formadas durante o nascimento e a atividade de estrelas massivas, e interessam os cientistas porque guardam pistas importantes para a compreensão da formação estelar e evolução galáctica. 


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

O algoritmo revelou também estruturas parecidas com envelopes. Estas formações têm relação com as supernovas, as explosões violentas que ocorrem quando estrelas massivas chegam ao fim dos seus ciclos. “Nossos resultados mostram que é possível conduzir investigações detalhadas não só da formação das estrelas, mas também dos eventos violentos dentro das galáxias”, comentou Nishimoto. 

Já Onishi destacou os resultados do trabalho com a ajuda da IA. “No futuro, esperamos que os avanços da tecnologia da IA acelerem a elucidação dos mecanismos da evolução das galáxias e da formação das estrelas”, concluiu.  

Leia também:

Vídeo: Como ver um eclipse

 

Leia a matéria no Canaltech.

Continue lendo...

Primeiro celular dobrável sem Android surge com formato inédito em fotos

O novo celular dobrável da Huawei, que se destaca por ser a primeira opção do segmento sem o sistema operacional Android, apareceu em imagens publicadas pelo CEO da empresa, Richard Yu. O dispositivo surgiu com um formato inédito, e diferente de seus antecessores. 

Por isso, é esperado que o smartphone tenha uma proporção de tela mais próxima de 16:10 — portanto, um display mais largo e menos alto. É possível que esse painel viabilize novos modos de uso, além de dar uma experiência diferente nas mãos. 

Apesar de ter um formato de dobrável compacto “flip”, o celular é esperado com uma tela externa secundária. Assim como acontece em modelos como o Galaxy Z Flip 6 e o Motorola Razr 50 Ultra, o painel deve permitir a abertura de aplicativos sem desdobrar o smartphone.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Celular dobrável Huawei
Celular dobrável da Huawei apareceu em publicação de executivo (Imagem: Reprodução/Weibo)

Celular dobrável da Huawei será o primeiro livre do Android

O novo celular da Huawei, que fará parte da linha Pura, apareceu em rumores na semana passada, por meio de vazamentos na rede social Weibo. Um dos seus principais destaques é o sistema operacional HarmonyOS Next, que é totalmente livre da arquitetura Android.

Apesar de não ter suporte para aplicativos e serviços da Google Play Store há anos, o sistema HarmonyOS presente nos celulares Huawei faz parte do AOSP (Projeto Android de Código Aberto, em tradução livre do inglês). Com o Next, a companhia chinesa pretende aumentar sua independência, além de aprimorar a integração entre hardware e software

Outras características esperadas para o celular da Huawei inclui suas câmeras avançadas, com lente ultrawide e telefoto com zoom de até 10x. Além disso, o sistema deve oferecer aplicações de inteligência artificial (IA), colaboração entre diferentes dispositivos e mais. 

A Huawei já marcou um evento para o dia 20 de março, quando deve mostrar novos dispositivos com o HarmonyOS Next. Não há previsão para vendas do novo dobrável no mercado brasileiro. 

Leia mais no Canaltech:

Galaxy S25 Edge ou iPhone 17 Air, qual será melhor?

 

Leia a matéria no Canaltech.

Continue lendo...

WhatsApp vai deixar você destacar seu perfil do Instagram no app; saiba como

O WhatsApp prepara uma opção para adicionar o link do Instagram ao seu perfil no mensageiro. A novidade começou a ser testada nas versões Beta do aplicativo para Android e iOS no último final de semana, segundo o site WABetaInfo.

O link para o Instagram pode ser adicionado pelos testadores da versão Beta na tela de edição do perfil, mesmo espaço usado para mudar nome de exibição, foto e recado no app. Até o momento, só é possível adicionar o link para a rede de fotos e vídeos — também desenvolvidos pela Meta, Facebook e Threads ainda não funcionam com a nova integração

Como o espaço para link vai funcionar

De acordo com o WABetaInfo, o aplicativo vai permitir que os usuários informem apenas o nome do usuário no Instagram (“@nome”, por exemplo), sem a necessidade de copiar e colar a URL do perfil. 


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Além disso, haverá um espaço para controlar quem pode ver o link: todos, apenas contatos salvos na agenda, apenas contatos exceto perfis escolhidos manualmente ou ninguém. É o mesmo ajuste de privacidade usado para foto de perfil, Status, resumo e por aí vai.

Capturas de tela com o espaço para adicionar link do Instagram no WhatsApp Beta
WhatsApp testa opção para destacar o perfil do Instagram (Imagem: Reprodução/WABetaInfo)

Com o recurso ativo, o atalho para a conta do Instagram fica posicionado logo abaixo da foto de perfil, do nome de exibição e do número de telefone. Isso permite que outras pessoas abram o seu “cartão de visitas” no WhatsApp e rapidamente consigam acessar a rede social — o que pode ser muito útil para criadores de conteúdo, por exemplo.

Vale ressaltar que o recurso é opcional, então as pessoas não são obrigadas a vincular os perfis. 

Disponibilidade

O recurso está disponível somente na versão Beta do WhatsApp para Android e iOS — caso você seja um testador, já pode atualizar o app para conferir se a novidade já chegou. É provável que a ferramenta leve mais algumas semanas (ou até meses) para chegar até a versão final do app.

Além disso, o mensageiro já anunciou que em breve será possível fazer login no app com as contas do Facebook ou do Instagram, mas a ferramenta de login único ainda não foi liberada.

Leia também:

VÍDEO: como tirar o “Procurando novas mensagens” do WhatsApp

 

Leia a matéria no Canaltech.

Continue lendo...

Volkswagen Tera entra em produção; saiba quando o herdeiro do Gol chega

Apresentado oficialmente ao público brasileiro no domingo de Carnaval, o Volkswagen Tera, mais nova aposta da marca alemã para dominar o mercado verde-amarelo, já está em produção na fábrica de Taubaté, interior de São Paulo.

A Volkswagen promoveu um evento no último sábado (15) para anunciar que o “herdeiro espiritual” do Gol começou a ser fabricado. O SUV deve chegar em breve, não apenas às ruas e avenidas de todo o Brasil, mas também a outros 25 países da América Latina e da África.

Rotulado como “o carro mais importante da história da marca nos últimos tempos”, o Tera conta com 80% de nacionalização e 230 fornecedores brasileiros envolvidos na produção. Por conta disso, as apostas em torno do mais novo SUV compacto do mercado são altas.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

De acordo com a Volkswagen, o Tera chegará para democratizar o segmento dos SUVs de entrada. “Assim nasceu um ícone”, resumiu a marca, que revelou ter aberto 260 novos empregos diretos e 2.600 indiretos na cadeia de fornecedores apenas por conta do projeto do SUV.

Produção do novo Tera impactou gerou quase 3 mil novos empregos (Imagem: Divulgação/Volkswagen)

Tera “revolucionou” fábrica da VW

Além da abertura de quase 3 mil novos postos de empregos diretos e indiretos, a chegada do Tera também promoveu uma verdadeira revolução na fábrica de Taubaté. A planta precisou ser modernizada para começar a produzir o inédito SUV.

Em um post no LinkedIn, a montadora confirmou alguns dados que envolvem a fabricação do Tera, tais como a estreia de 347 novos robôs na linha de montagem e a alteração da área de pintura, que foi atualizada para poder fazer o acabamento bi-tone (teto preto).

A área de montagem final também sofreu ajustes e, assim, poderá incorporar de forma automatizada recursos do pacote ADAS ao Tera, como ACC (Controle de Cruzeiro Adaptativo) e frenagem automática de emergência.

Sucessor do Gol chega para “democratizar os SUVs de entrada” (Imagem: Divulgação/Volkswagen)

E quando o Volkswagen Tera chega de vez ao mercado? A marca ainda não cravou uma data exata para o lançamento, mas adiantou que o evento acontecerá “entre abril e junho”, ou seja, no 1º semestre. Os preços também não foram divulgados, mas é certo que ele se posicionará abaixo do Nivus e do T-Cross.

Leia também:

Vídeo: Como funcionam os carros que dão multa?

 

Leia a matéria no Canaltech.

Continue lendo...

Apple prepara iPhone 17 Ultra como novidade para este ano; conheça

A Apple deve implementar uma mudança de nomenclatura em seus celulares neste ano, com a chegada do iPhone 17 Ultra. O aparelho viria para substituir o iPhone 16 Pro Max, segundo publicação na plataforma coreana Naver. 

O novo nome teria como objetivo alinhar os celulares com outros produtos da marca, como o Apple Watch Ultra. Além disso, a empresa também usa o Ultra para identificar seus chips mais rápidos da série Apple M, presentes nos seus notebooks. 

De forma curiosa, o nome Ultra também é utilizado pela principal rival, a Samsung, na linha Galaxy S25 Ultra de celulares avançados. 


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

iPhone 17 Pro ou Ultra
Novo iPhone 17 Ultra é esperado com visual inédito (Imagem: Divulgação/Apple)

Além do modelo Ultra, a Apple também prepara o iPhone 17 Air como outra opção inédita. O dispositivo deve se diferenciar por ter construção mais fina, entre outras novidades. 

Por enquanto, as informações publicadas são rumores ainda não confirmados. A Apple não deu declarações oficiais sobre o tema. 

Saiba o que o iPhone 17 Ultra teria de diferente

De acordo com especulações recentes, o iPhone 17 Ultra (ou 17 Pro Max) deve trazer um visual renovado, com módulo de câmeras que se estende na horizontal na parte traseira. 

Moldes iPhone 17
Moldes mostram como deve ser o visual de toda a linha iPHone 17 (Imagem: Reprodução/iDeviceHelp)

Além disso, a Ilha Dinâmica presente na tela pode ter seu tamanho reduzido, para aumentar o aproveitamento de display. Mesmo assim, a permanência de um recorte em formato de pílula é dada como certa. 

Também foi dito recentemente que o smartphone viria com tecnologia de câmara de vapor para melhorar o resfriamento. A solução dissipa o calor por uma área mais extensa, o que permite a utilização da máxima performance por mais tempo em jogos ou outros aplicativos pesados.

Seu processador deverá ser o inédito A19, com litografia de apenas dois nanômetros e um salto de desempenho significativo. 

Sua construção ainda deve ter estrutura em liga de alumínio e titânio, para torná-lo mais resistente e leve. É esperada uma tela de 6,6 polegadas, com tecnologia LTPO OLED. 

Por enquanto, não há previsão de data para o lançamento do iPhone 17 Ultra. Contudo, caso a Apple mantenha seu cronograma tradicional, o dispositivo pode chegar por volta do mês de setembro. 

Leia mais no Canaltech:

Saiba mais sobre os celulares finos da Samsung e Apple para 2025:

 

Leia a matéria no Canaltech.

Continue lendo...

Nova missão chega à ISS e astronautas “presos” se preparam para voltar à Terra

Os astronautas da missão Crew-10 chegaram à Estação Espacial Internacional no domingo (16) depois de mais de 20 horas de viagem. Após mudanças no cronograma, a missão foi lançada na sexta (14) à noite, levando os Anne McClain, Nichole Ayers, Kirill Peskov e Takuya Onishi ao laboratório orbital. Com a chegada deles, os astronautas Butch Wilmore e Sunita Wiliams estão mais próximos do tão aguardado retorno à Terra. 

As astronautas da NASA McClain e Ayers são a comandante e piloto da missão, respectivamente. Enquanto isso, Onishi, que é da agência espacial japonesa JAXA, e Peskov, são especialistas. Eles devem passar cerca de seis meses na ISS trabalhando em experimentos científicos, manutenções da estação, entre outras atividades. 

Com a chegada deles, os membros da Crew-9 podem se preparar para o retorno à Terra. Esta missão foi lançada em setembro de 2024 na cápsula Crew Dragon apelidada de Freedom, levando o astronauta Nick Hague e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov à estação. 

As cápsulas Crew Dragon costumam levar quatro astronautas, mas perceba que havia apenas dois neste lançamento. O motivo é que os outros dois assentos são para Suni Williams e Butch Wilmore, que estão a bordo da ISS desde junho do ano passado. 

Eles foram para lá com a cápsula Starliner, da Boeing. No entanto, o veículo apresentou uma série de anomalias, e a NASA decidiu que o mais seguro era que a espaçonave voltasse à Terra sem ninguém a bordo. Agora, Wilmore, Williams e os demais devem iniciar a viagem de volta para casa na terça (18), descendo ao litoral da Flórida. 

Leia também:

Vídeo: Os telescópios mais incríveis do espaço

 

Leia a matéria no Canaltech.

Continue lendo...

Entenda as principais configurações gráficas de um jogo de PC

Um PC gamer consegue jogar como jogador de console, bastando abrir um game e partir para a diversão. Mas é inegável que os jogadores de console sofrem um pouco no PC, principalmente quando se deparam com as várias configurações gráficas dos jogos.

Pensando nisso, e para explicar a você como extrair o máximo desempenho do seu PC gamer, vamos falar sobre as principais configurações presentes nos jogos e como elas afetam o desempenho e melhoraram a qualidade visual. Essas configurações variam de título para título e até mesmo de engine para engine, por isso focaremos nas mais comuns.

Resolução

Em geral, essa é uma configuração que já está ajustada por padrão, mas sempre é possível configurá-la para mais ou para menos. A resolução tem a ver com a quantidade de pixels exibida na tela. Quanto maior a resolução, maior é a qualidade da imagem e menos desempenho o PC entrega, porque precisa lidar com mais pixels.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Alguns jogos, como Resident Evil 2, oferecem muitos detalhes nas opções gráficas (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Em resoluções maiores, a exigência é especialmente maior na placa de vídeo, principalmente na memória, a chamada VRAM. Por isso, os requisitos de sistema dos desenvolvedores sempre indicam GPUs com mais VRAM para quem quer jogar em resoluções mais altas.

V-Sync (sincronização de imagem)

Existem diferentes formas de configurar o V-Sync: pelo driver de vídeo, aplicações como RivaTuner e no próprio jogo. Focaremos neste último.

Essa opção sincroniza a taxa de quadros por segundo (FPS) de um game com a taxa de atualização de imagem (medida em Hertz) do monitor, eliminando os efeitos visuais negativos que a dessincronização de imagem causa, como riscos na tela (screen tearing).

Esse problema acontece quando o PC gera mais ou menos quadros do que a taxa de atualização de imagem do monitor, fazendo com que somente uma porção de um quadro seja exibida, gerando cortes na tela. Com o V-Sync ativado, o uso do hardware é reduzido, principalmente da placa de vídeo, já que o foco é sincronizar a taxa de quadros por segundo com a taxa de atualização do monitor. Isso faz com que as peças consumam menos energia e operem com temperaturas menores.

Existe ainda uma outra forma de sincronização de imagem, mas que tem a ver com o monitor. Com as tecnologias NVIDIA G-Sync e AMD FreeSync, é possível deixar o resultado ainda melhor nas GPUs GeForce RTX e Radeon RX, respectivamente, já que a sincronização não está necessariamente nas mãos das placas de vídeo.

Anti-Aliasing (anti-serrilhamento)

Esta é uma configuração de alta impacto visual. O anti-aliasing tem a ver com aquelas bordas tremidas que vemos em qualquer canto de um jogo, especialmente em linhas finas. Existem diferentes opções disponíveis desse recurso e todas visam melhorar o serrilhamento nos jogos.

Resident Evil 2 oferece a opção FXAA+TAA, entregando um resultando um pouco borrado (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

O FXAA (Fast Approximate Anti-Aliasing) é o mais leve, mas é o que entrega o menor incremento gráfico. Já o TAA (Temporal Anti-Aliasing), que tem uma abordagem baseada em combinação de dados de pixels anteriores, entrega qualidade visual consideravelmente melhor, embora exista a chance de que sua ativação deixe as bordas embaçadas, dependendo da implementação pelos desenvolvedores.

O Multisample Anti-Aliasing (MSAA) é um dos melhores, entregando ótimo resultado visual, principalmente dependendo do nível escolhido pelo jogador (2x, 4x, 8x, e 16x). Ele é o mais pesado e que mais exige da placa de vídeo. Além disso, o serrilhamento também é impactado pela resolução: quanto maior, mais pixels preenchem a tela e menos bordas serrilhadas serão visíveis.

Texturas

Esta é aquela opção que, quanto menor a qualidade, mais o jogo parecerá feito de massa de modelar. Jogos AAA tendem a ter maior impacto visual com essa opção gráfica. Alguns lidam com esse recurso indo do baixo ao máximo, mas existem algumas exceções, como os games da Capcom feitos com a RE Engine.

Existe uma grande diferença nas texturas no máximo, algo que exige mais da VRAM (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Esses jogos contam com as opções baixa, média e alta, mas cada uma delas tem ainda uma segunda opção, que tem a ver com o tamanho das texturas, indo de poucos MB do baixo até 8 GB do alto. Isso nos dá uma ideia do quanto somente as texturas ocuparão da memória de vídeo, além das outras configurações.

Em geral, a resolução da textura tem a ver com a definição dos elementos gráficos no jogo, como paredes mais definidas, roupas dos personagens com mais detalhes, etc. Ou seja: ajuda no realismo de um jogo, algo que tem mais peso nos títulos AAA. O impacto no desempenho não é muito significativo, mas caso a memória de vídeo encha, o jogador enfrentará quedas constantes de FPS.

Filtro anisotrópico

Essa configuração gráfica está atrelada às texturas. O filtro anisotrópico ajuda na exibição de texturas através de ângulos diferentes. As superfícies mais afetadas são aquelas na horizontal, como o chão. Essa opção tem diferentes níveis (indo do 2x até 16x) e impacto mínimo na performance, embora melhore consideravelmente a visualização de superfícies.

Qualidade da sombra

Assim como a resolução das texturas, as sombras têm grande peso para a placa de vídeo, especialmente para a VRAM, já que quanto maior o nível da qualidade, mais memória precisa. E não só isso, já que a demanda de processamento da GPU é alta. Por conta disso, quanto mais bem feita as sombras de um jogo, menos FPS ele entrega.

Esse é um recurso fácil de ser entendido. Assim como todas as outras configurações gráficas, as sombras também têm diferentes níveis de qualidade. O nível mínimo costuma deixar um aspecto visual com bordas tremidas e sem detalhes. Já a qualidade máxima entrega o que se espera desse nível: sombras que beiram o realismo.

Reflexos do Espaço de Tela (Screen Space Reflection)

Como o nome sugere, o SSR é uma técnica de renderização para espelhar elementos do cenário em superfícies reflexivas, como água, metal, vidro etc. O método mais realista é através de ray tracing, mas é muito pesado para qualquer placa de vídeo. Os reflexos do espaço de tela entregam um resultado visual decente através de rasterização, embora tenha seus problemas.

Esse reflexo acontece através de texturas implementadas manualmente pelos próprios desenvolvedores nessas superfícies — bem diferente do ray tracing, que realmente reflete em tempo real qualquer objeto. O SSR, por outro lado, é relativamente leve para as placas de vídeo modernas e a ativação do recurso aumenta a imersão e realismo nos jogos, custando pouquíssimos FPS.

Apesar de aumentar a imersão, esses reflexos não são precisos (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Nível de detalhe

Essa configuração define o nível de detalhe dos elementos próximo da câmera. Quanto maior o nível, mais detalhes distantes o jogo apresenta. Dependendo do título, não existe tanto impacto sob a performance do sistema, como naqueles lineares e focados em ambientes fechados. Mas jogos de mundo aberto, ou mesmo lineares, mas com cenários amplos, é perceptível a mudança nos detalhes distantes.

Este é um recurso bem exigente na GPU, principalmente em jogos de mundo aberto, já que ela irá renderizar detalhes bem distantes, ao mesmo tempo que lida com os elementos mais próximos da câmera com muito mais detalhes.

Oclusão de ambiente

Esse é um recurso fácil de identificar nos jogos. Ele é responsável por tornar as sombras em cantos — mas não da forma como as sombras convencionais funcionam — mais perceptíveis. Com essa configuração gráfica, também é possível melhorar as sombras em gramas e folhas, por exemplo.

Existem diferentes técnicas de oclusão de ambiente. SSAO (Screen Space Ambient Occlusion) é a mais leve delas e entrega um bom resultado, enquanto a Horizon Based Ambient Occlusion (HBAO) é mais complexa, deixando as sombras de objetos menores mais realistas ao custo de mais recursos da GPU.

Iluminação volumétrica

A iluminação volumétrica é basicamente a luz que entra por frestas e brechas, geralmente vindo de fora, iluminando o interior de um local específico. Vemos muito isso em jogos de terror, como Resident Evil 2. Além desse exemplo, também é possível ver a iluminação volumétrica em ação em cenas de florestas com os raios de sol atravessando as folhas. Geralmente, esse recurso também tem a ver com neblina e a iluminação que passa por ela.

A iluminação volumétrica ajuda criar uma atmosfera mais realista (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Ray tracing

Independentemente da qualidade escolhida pelo jogador, seja para reflexos, sombras, iluminação global, oclusão de ambiente, entre outros, o ray tracing é um recurso que exige bastante do hardware de um PC gamer, principalmente da placa de vídeo. Isso acontece porque a tecnologia exige aceleradores dedicados, como os que existem nas GPUs GeForce RTX e Radeon RX, além das novas Intel Arc.

Essa técnica envolve a simulação do comportamento físico de raios de luz em todos os objetos de um cenário, gerando efeitos bastante realistas, como o que vemos em Cyberpunk 2077 com a maior implementação da tecnologia, com path tracing.

 

Abordamos aqui todas as principais e mais relevantes configurações gráficas em jogos. Alguns títulos facilitam entender como cada uma delas funciona ao adicionar descrições detalhadas, o impacto no hardware e também uma prévia em tempo real de como aquele determinado efeito se comporta. O jogo Resident Evil 2, que usamos aqui como exemplo, ajuda o jogador nessas questões.

Existem ainda outros efeitos de pós-processamento, como desfoque de movimento, incandescência, refração da lente, profundidade de campo, distorção da lente, granulado de filme, entre outros, que têm pouquíssimo impacto no desempenho e nos visuais.  

Veja mais do CTUP:

Leia a matéria no Canaltech.

Continue lendo...