Black Mirror: tudo o que sabemos sobre a 7ª temporada

Vem aí a sétima temporada de Black Mirror, série antológica de ficção científica que é um dos maiores sucessos da Netflix. Desde 2011 em exibição, o show desembarca com sua nova season em 10 de abril, novamente falando de maneira sombria e satírica da sociedade moderna e do avanço da tecnologia.

Sétima temporada volta às origens

Com um total de seis novos episódios, que chegam todos de uma vez no streaming, o novo ano de Black Mirror já teve seu trailer revelado, assim como as informações sobre o nome, elenco e tramas de seus capítulos.

 

Segundo Charlie Brooker, criador da produção, o retorno da série representa uma volta às origens do show, já que suas seis novas histórias são focadas no sci-fi (algo que havia se dissolvido no decorrer do seriado) combinadas a pitadas de elementos horripilantes.


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Além disso, durante o Geeked Week 2024 da Netflix, o roteirista também adiantou que dois desses episódios serão basicamente longa-metragens e que algumas das novas histórias serão profundamente desagradáveis, engraçadas e emocionantes.

Episódio de USS Callister ganha continuação

Outro boa notícia para os fãs da série é que, pela primeira vez, Black Mirror lança uma continuação de outro de seus capítulos, no caso o primeiro episódio da quarta temporada do show, USS Callister.

Episódio USS Callister da quarta temporada de Black Mirror é um dos mais amados pelos fãs (Imagem: Divulgação/Netflix)

Uma das tramas mais amadas pelos fãs da produção, USS Callister segue os passos de um programador de videogames (Jesse Plemons), que inventa uma realidade simulada em que ele e seus colegas de trabalho formam a tripulação de uma nave espacial.

Notavelmente inspirado na franquia Star Trek, o título ganhará uma sequência no sexto episódio da sétima temporada, trazendo de volta alguns dos nomes que participaram da trama original e mostrando mais uma aventura dos viajantes da USS Callister.

Todas as histórias da nova season

Confira abaixo as sinopses, elenco e título dos capítulos da sétima temporada.

Episódio 1 – Common People

Estrelado por Rashida Jones, a história segue os passos de Amanda, uma professora que se vê lutando por sua vida após uma emergência médica. Para salvá-la, seu marido Mike (Chris O’Dowd) a inscreve no Rivermind, um sistema de alta tecnologia que a manterá viva a um alto custo.

Common People (Pessoas Comuns, em tradução livre) também conta com Tracee Ellis Ross, Donald Sales e Nicholas Cirillo no elenco.

Rsshida Jones e Chris O’Dowd dão vida a um casal vivendo um momento difícil de saúde (Imagem: Divulgação/Netflix)

Episódio 2 – Bête Noire

Maria (Siena Kelly) é uma jovem prodígio da gastronomia, que está se dando muito bem na empresa de chocolates em que trabalha. Tudo muda, no entanto quando Verity (Rosy McEwen), que ela não vê desde a época de escola, aparece para uma sessão de degustação, propiciando um encontro que poderia ser legal para as duas, não fosse algo estranho que apenas Maria percebe em Verity.

Fazem ainda parte do elenco de Bête Noire os atores Michael Workeye, Hannah Griffiths e Ben Ashenden.

Prodígio da gastronomia tem sua vida abalada quando uma figura do passado reaparece em seu trabalho (Imagem: Divulgação/Netflix)

Episódio 3 – Hotel Reverie

Quando a estrela de Hollywood Brandy Friday (Issa Rae) é mandada para outra dimensão em meio a um remake imersivo e de alta tecnologia de um romance britânico clássico, a artista percebe que precisará seguir o roteiro da trama se quiser voltar para casa.

Hotel Reverie (Hotel Devaneio, em tradução livre) conta ainda com Emma Corrin, Awkwafina e Harriet Walter no elenco.

Remake tecnológico leva protagonista para outra dimensão na nova temporada de Black Mirror (Imagem: Divulgação/Netflix)

Episódio 4 – Plaything

Ambientado em um futuro próximo, o episódio gira em torno de Cameron (Peter Capaldi), um homem excêntrico e obcecado por um misterioso videogame dos anos 1990, que torna-se suspeito de um assassinato. Ao ser preso, Cameron é levado a interrogatório, dando um depoimento que toma rumos inesperados.

Plaything (Brinquedo, em tradução livre) é estrelado por Lewis Gribben, James Nelson Joyce, Michele Austin e Will Poulter.

Caso de assassinto e misterioso jogo de videogame estão conectados na trama do quarto episódio (Imagem: Divulgação/Netflix)

Episódio 5 – Eulogy

Phillip (Paul Giamatti) é um homem solitário, apresentado a um sistema inovador que permite aos usuários entrar literalmente em memórias fotográficas do passado. Uma invenção que dá chance para que o protagonista reexamine um período doloroso de sua vida.

Eulogy (Elogio, em tradução livre) tem Patsy Ferran e Declan Mason no elenco.

A possibilidade de revisitar memórias fotográficas se torna real na sétima temporada da série (Imagem: Divulgação/Netflix)

Episódios 6 – USS Callister: Into Infinity

Robert Daly pode até estar morto, mas a tripulação da USS Callister, agora liderada pela Capitã Nanette Cole (Cristin Milioti) continua presa na realidade simulada, lutando contra 30 milhões de jogadores para sobreviver.

USS Callister: Into Infinity (USS Callister: No Infinito, em tradução livre) é estrelado por Jimmi Simpson, Billy Magnussen, Milanka Brooks, Osy Ikhile e Paul G. Raymond.

Continuação de USS Callister traz nomes da trama original de volta (Imagem: Divulgação/Netflix)

Os seis episódios da sétima temporada de Black Mirror chegam em 10 de abril na Netflix.

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O que faz a Colossal Biosciences? Empresa de genética aposta em desextinção

Famosa por trazer de volta os lobos-terríveis e pelos planos de ressuscitar os mamutes, a Colossal Biosciences é uma empresa de biotecnologia e engenharia genética dos Estados Unidos que aposta em usar a ciência de uma maneira inovadora: através da edição genética, seus projetos buscam des-extinguir animais.

O trabalho com biotecnologia envolve empregar sistemas e organismos vivos em inovações, e isso descreve os objetivos da companhia muito bem: segundo seu site oficial, a meta é devolver espécies extintas à natureza, buscando um equilíbrio que teria sido perdido com sua morte. Para trazer tais animais de volta à vida, é usada, então, a engenharia genética.

Edição genética e desextinção

A Colossal Biosciences foi fundada por George Church, geneticista da Universidade de Harvard, e Ben Lamm, empreendedor e atual CEO da empresa. A dupla recrutou cientistas como a bióloga molecular Beth Shapiro, atual diretora científica da companhia, para desenvolver projetos de desextinção.


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Uma das iniciativas da Colossal Biosciences foi a criação de camundongos-lanosos, mostrando que é possível trazer o pelo comprido e grosso dos mamutes, bem como seu metabolismo acelerado, para animais modernos — o próximo passo é fazer isso com elefantes (Imagem: Colossal Biosciences)
Uma das iniciativas da Colossal Biosciences foi a criação de camundongos-lanosos, mostrando que é possível trazer o pelo comprido e grosso dos mamutes, bem como seu metabolismo acelerado, para animais modernos — o próximo passo é fazer isso com elefantes (Imagem: Colossal Biosciences)

E por desextinção, a instituição não quer dizer apenas a “geração de um organismo que lembra ou é uma espécie extinta”, definição de dicionário do termo, mas sim a reintrodução desses animais no ambiente que ocupavam originalmente.

Além disso, a empresa busca usar a engenharia genética para gerar resistências naturais a ameaças, como predadores e seca, melhorando a adaptabilidade dos animais às mudanças climáticas atuais. Isso, segundo seu site, também poderá ser usado para ajudar espécies modernas ameaçadas de extinção, como os elefantes-asiáticos, ameaçados por doenças: a resistência a elas pode ser aumentada com edição genética.

Vale apontar que isso não significa clonar espécies já desaparecidas a partir de DNA antigo, mas sim avaliar suas características a partir da sequenciação de tal genoma e editar os genes de seus parentes modernos próximos — com tecnologia CRISPR Cas-9 — para trazer de volta esses traços.

A Colossal Biosciences usou essas técnicas para gerar lobos-terríveis (Aenocyon dirus) entre 2024 e 2025, e tem mais algumas desextinções planejadas. Segundo a companhia, elas são o dodô (Raphus cucullatus), o lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus) e o mamute (Mammuthus spp.), este último com expectativa de voltar ao mundo em 2028.

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VÍDEO: Robô de um animal extinto

 

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Qual açúcar é mais saudável para consumo?

O alto consumo de açúcar é uma grande preocupação na área da saúde, uma vez que pode contribuir para condições como obesidade, diabetes e doenças cardíacas. Até mesmo o adoçante artificial já foi relacionado a doenças, por isso é muito importante ter em mente qual açúcar é o mais saudável para consumo e realmente traz menos prejuízos para a saúde de quem inclui o alimento na rotina diária.

De acordo com uma publicação do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o açúcar mais saudável para consumo é aquele que tiver passado pelo menor processamento industrial, como o açúcar mascavo e o açúcar demerara. Os açúcares refinados, como o açúcar cristal, o açúcar refinado e o açúcar de confeiteiro, são os mais prejudiciais, justamente por causa dos processamentos químicos a que foram submetidos.

O relatório alerta, no entanto, que mesmo os tipos de açúcar com menor processamento devem ser utilizados com moderação, pois apresentam alto valor calórico. O açúcar demerara passa por um refinamento leve e não recebe nenhum aditivo químico, por isso seus grãos são marrom-claros. Possui valor nutricional alto, parecido com o do açúcar mascavo. A publicação aponta ainda que a melhor escolha para este tipo de açúcar é a forma orgânica, porque mantém todos os nutrientes sem a adição de defensivos agrícolas.


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A UFMG também menciona o açúcar extraído do fluido das flores da palma de coco, que não passa por refinamento e adulteração, não contém conservantes e possui elevada quantidade de potássio, magnésio, zinco e ferro, além de ser fonte natural de vitaminas B1, B2, B3 e B6.

Entretanto, o açúcar light (também conhecido como açúcar fit ou açúcar magro) é apenas uma mistura do açúcar refinado comum e de adoçantes artificiais como sucralose, ciclamato de sódio e sacarina sódica. Apesar de ser menos calórico que o açúcar comum, precisa ser consumido com cautela.

Estudos ajudam a entender qual açúcar é mais saudável para consumo (Imagem: twenty20photos/envato)

Quais são os tipos de adoçantes naturais?

Optar por adoçantes naturais também pode ser uma opção mais saudável que o açúcar refinado. Um artigo publicado na National Library of Medicine indica que a substância extraída da planta Stevia rebaudiana, que tem sido associada a benefícios para pessoas com hipertensão, uma vez que abaixa a pressão sanguínea. Em contrapartida, estudos já notaram um malefício: a estévia pode afetar negativamente o microbioma intestinal.

O eritritol (também conhecido como álcool de açúcar) é encontrado naturalmente em algumas frutas, e não aumenta tão intensamente os níveis de glicose no sangue ou insulina, tampouco afeta os níveis de gorduras, como colesterol ou triglicérides que servem como uma reserva de energia do organismo.

Outro adoçante natural é o xilitol, extraído de fibras de frutas, vegetais e cogumelos. Pode ser considerado como um álcool de açúcar mais saudável para consumo, uma vez que traz benefícios para a saúde bucal e digestiva. Cientistas conduziram experimentos em ratos e descobriram que a substância ainda pode melhorar a densidade óssea e diminuir o risco de osteoporose. O estudo foi publicado na Veterinary Clinics of North America.

Uma opção menos comum é o xarope colhido da planta Yacon, que cresce nativamente nos Andes na América do Sul. O adoçante natural é muito rico em frutooligossacarídeos, que representam benefícios para o microbioma intestinal. Pode ajudar a prevenir a constipação e promover a perda de peso.

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Mistério resolvido: para que servia o botão Turbo nos PCs antigos?

A tecnologia teve grande evolução nas últimas décadas. Nos anos 1990, por exemplo, os nostálgicos e entusiastas de computadores se lembram dos disquetes, internet discada, PCs amarelando, monitor de tubo e um botão de “Turbo”. “E isso era um nitro nos PCs antigos?”, você deve se perguntar. O Canaltech explica.

O conhecimento acerca de hardware de PC não era como hoje há 30 ou 40 anos atrás. Então, se alguém afirmasse que o botão Turbo realmente turbinava a performance de um computador, acabava virando um conhecimento (ou crença) no meio dos usuários de PC. Aqui, vamos falar sobre alguns aspectos como o motivo da adição desse recurso, o que ele fazia e mais.

O que era o botão Turbo?

O botão Turbo era comumente encontrado em PCs nas décadas de 1980 e 1990, quando a maioria dos brasileiros nem sonhava com um computador pessoal (é o que significa a sigla PC em inglês). Geralmente, ele era acompanhado de um LED indicativo de liga/desliga e, às vezes, um pequeno visor que mostrava números referentes à velocidade da CPU em MHz.


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Os modelos com LED mostravam a velocidade da CPU (Imagem: Youtube/Gaming Retro)

A função desse botão era simples: alterar a velocidade do processador através da mudança das frequências. Uma vez acionado, a CPU recebia uma espécie de overclock (na verdade um underclock, explicaremos mais adiante), alterando o clock em MHz. Essa mudança implicava diretamente na velocidade e desempenho do componente.

Ou seja, em geral, o botão Turbo deixava a CPU mais rápida ou mais lenta. Porém não imagine que era algo como hoje em dia, em que é possível definir valores de clock e tensões bem diferentes do estabelecido de fábrica. Era algo totalmente controlado pelas fabricantes de PC e hardware.

Por que o botão Turbo existia?

O recurso do botão Turbo chegou ainda na década de 1980, quando a Intel tinha CPUs da série 80 no mercado. A cada nova geração, a velocidade em MHz mudava consideravelmente — como indica a Lei de Moore. Por exemplo: do 8088 com seu clock máximo em 8 MHz em 1979, foi para 25 MHz em 1982 com o 80286, um dos mais populares da época. No fim da mesma década, com a nova geração de CPUs 32-bits, chegava em 50 MHz com o 80486DX.

A maioria das aplicações e jogos da época foram feitas para processadores com frequências menores, que operavam, por exemplo, entre 4 MHz e 8 MHz, como os Intel 8088/8086. Com a chegada de CPUs mais rápidas, como as mencionados acima, era necessário diminuir a velocidade para rodar programas e jogos normalmente.

“Os primeiros programadores de computadores usavam o clock do processador para medir o tempo de execução de cada programa e isso foi o padrão por muito tempo. Para se ter uma ideia, os processadores Intel daquela época trabalhavam próximo dos 4 MHz, ou seja, tudo era feito pensando nesta velocidade, neste padrão de tempo de reação”, explica Iuri Santos, gerente de tecnologia da Kingston, em entrevista ao Canaltech.

Caso a frequência de uma determinada CPU fosse acima do estabelecido pelo desenvolvedor ao programar aquele jogo ou software, acontecia anomalias como alta velocidade em games ou dados corrompidos em aplicações que envolviam textos, entre outros problemas.

Isso era até audível quando o teste de memória era rodado ao ligar um PC velho com o recurso, já que o som era diferente com e sem Turbo. Por isso, o botão Turbo, na verdade, tinha o objetivo de reduzir a velocidade da CPU para valores mais baixos, que garantiam o correto funcionamento do programa.

Como funcionava o botão Turbo na prática?

Diferente de como é feito hoje em dia (através da BIOS ou aplicações no sistema operacional), o under/overclock do botão Turbo acontecia através de um sinal enviado à placa-mãe com o comando para a mudança nas frequências preestabelecidas. Assim como os botões de liga/desliga e reset, até os dias de hoje, são conectados nos pinos da placa-mãe, assim era o botão turbo.

Há quem diga, como o canal VWestlife no vídeo abaixo, que a diminuição nas frequências era uma confusão causada pela forma como se encaixava o conector do botão nos pinos da placa. Ele mostra que, caso a conexão seja feita de uma forma, o botão aumenta os clocks; e da outra forma, o contrário acontecia. Mas isso era algo que mudava de fabricante para fabricante, não era padrão.

 

“A chave do turbo era física mesmo, acoplada à placa mãe. Ao apertá-la, você interrompia a frequência de operação dos processadores para que eles ficassem na velocidade do programa ou do game em questão, que era na faixa dos 4 MHz”, adiciona Iuri Santos.

Alguns PCs vinham sem o botão físico no gabinete, mas ainda era possível alterar os clocks. Para subir, era necessário usar o atalho CTRL/ALT +, e para diminuir, bastava trocar o + por -. Para que isso acontecesse, era necessário usar um jumper nos pinos da placa-mãe.

Marketing ou lógica invertida? A verdade sobre o botão Turbo

Com o propósito do botão Turbo bem estabelecido agora, porque, então, chamá-lo de “turbo” se o efeito contrário era o que acontecia? Bom, dá para imaginar que poderia ser uma jogada de marketing, já que afirmar que, ao pressionar um botão, seu PC ficava mais potente, era bastante atraente.

O botão Turbo precisava ser conectado na placa-mãe (Imagem: Youtube/VWestlife)

Como não existia um padrão a ser seguido nesse aspecto, podemos afirmar que, sim, alguns PCs até aumentavam a potência da CPU com o botão. Porém a maior finalidade era diminui-la para que a compatibilidade de novos processadores com aplicações mais antigas e sensíveis à velocidade das frequências fosse melhor.

Isso causou confusão na época, gerando até reclamações dos consumidores direcionadas às fabricantes de PCs. A coisa piorava por conta da falta de padrão, com algumas máquinas aumentando e outras diminuindo os clocks com o botão.

Declínio e fim do botão Turbo

O botão Turbo durou pouco mais de 10 anos entre as décadas de 1980 e 1990. Seu fim começou no meio dos anos 1990 com a chegada dos processadores Pentium e a evolução na forma como se programava as aplicações, entre outras melhorias, aliada à falta da necessidade de rodar programas e jogos que já eram tão antigos.

As aplicações pararam de depender do clock direto da CPU e passaram a usar timers internos, fazendo com que programas e jogos rodassem de forma adequada independentemente da velocidade do processador. Além disso, a evolução no gerenciamento de dados pelos sistemas operacionais, como o Windows, e APIs, como DirectX, também ajudou na extinção do icônico botão.

A partir de então, a BIOS dos PCs passaram a gerenciar o comportamento do processador, aumentando e diminuindo as frequências conforme a demanda do usuário. E isso também se tornou possível de ser feito manualmente com o passar dos anos.

Nas décadas de 1980 e 1990, existiam diferentes fabricantes de PCs (Imagem: Joshua Woehlke)

Conclusão

No fim das contas, o nostálgico botão de Turbo não era necessariamente responsável por aumentar a potência dos computadores, mas uma ferramenta de compatibilidade entre CPUs novas e aplicações antigas. Mesmo causando certa confusão, ele foi importante para fazer com que os usuários de PCs mais fortes continuassem a usar programas e jogos populares 30, 40 anos atrás.

Mesmo assim, o recurso foi parte importante da história dos computadores e foi um primeiro passo para chegar até a facilidade que temos hoje com literalmente tudo automatizado para quem não quer dor de cabeça, ou muito customizável para quem quer encarar o desafio com diferentes configurações.

Veja mais do CTUP:

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Armadilha fotográfica da Funai revela mistérios de indígenas isolados no Brasil

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) registrou, em fevereiro de 2024, fotos inéditas de um povo indígena isolado em Rondônia, na Terra Indígena Massaco. A população leva o nome do rio que atravessa seu território de atuação — Massaco —, mas, como nunca houve contato com eles, ninguém sabe como se chamam entre si.

Eles vivem na fronteira com a Bolívia, no primeiro território indígena demarcado exclusivamente para povos isolados, segundo contou Janete Carvalho, diretora de Proteção Territorial da Funai, à BBC News Mundo. Como a política da Funai é a de não contato, as imagens foram capturadas com armadilhas fotográficas posicionadas estrategicamente no território.

O povo Massaco e seus registros

Segundo Carvalho, a Funai descobriu os Massaco em outubro de 1988, quando foram encontradas pegadas, trilhas, pontos de coleta de alimento e de caça da população. Com observações desses vestígios e do tamanho e número de habitações deixadas para trás (já que suas atividades são nômades), a fundação chegou à estimativa de uma população entre 220 e 270 pessoas.


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A Funai compartilhou algumas imagens registradas desse povo com o Canaltech, que você pode conferir abaixo:

Povo isolado Massaco
Registro do povo Massaco feito em fevereiro de 2024, com armadilha fotográfica: todos eram homens (CGIIRC/Funai)
Povo isolado Massaco
Registro do povo Massaco feito em fevereiro de 2024, com armadilha fotográfica: todos eram homens (CGIIRC/Funai)
Povo isolado Massaco
Registro do povo Massaco feito em fevereiro de 2024, com armadilha fotográfica: todos eram homens (CGIIRC/Funai)
Povo isolado Massaco
Registro do povo Massaco feito em fevereiro de 2024, com armadilha fotográfica: todos eram homens (CGIIRC/Funai)
Habitações Tapiri Massaco
Moradias temporários dos Massaco, feitas com folha de palmeira e babaçu, chamadas tapiri (CGIIRC/Funai)
Habitações Tapiri Massaco
Moradias temporários dos Massaco, feitas com folha de palmeira e babaçu, chamadas tapiri (CGIIRC/Funai)
Habitações Tapiri Massaco
Moradias temporários dos Massaco, feitas com folha de palmeira e babaçu, chamadas tapiri (CGIIRC/Funai)

Em 1987, especialistas haviam avaliado os resultados do contato pacífico com povos isolados e concluíram que essa abordagem trazia doenças e miséria aos indígenas — isso levou a uma política de não contato, que segue até hoje. Desde então, sertanistas e indigenistas como Altair Algayer, que coordena a Funai na região de Rondônia, seguem acompanhando os povos de longe.

Segundo Algayer contou ao jornal The Guardian, as fotografias mostraram detalhes importantes, como a semelhança com o povo Sirionó, que vive na margem oposta do Rio Guaporé, na Bolívia. A primeira imagem do povo isolado Massaco surgiu em 2019, quando as armadilhas fotográficas foram movidas para o centro da reserva indígena. As novas fotos foram obtidas após a instalação de novas câmeras, em 2021.

Junto aos aparelhos, a equipe da Funai deixou machados e facões na trilha, ato que visa desencorajar a movimentação dos indígenas para fazendas e outras regiões fora da reserva em busca de ferramentas. Mesmo coletando os itens, nenhum deles se aproximou da câmera, que estava bem à vista. Foram registrados nove homens, entre 20 e 40 anos de idade.

Antes de sair, eles deixaram armadilhas cortantes chamadas estrepes para trás, lascas pontiagudas de madeira posicionadas em locais onde humanos se apoiam ou colocam o peso do corpo. Entre 1980 e 1990, segundo Carvalho, houve muita movimentação de carros e pessoas na reserva: caminhonetes da Funai, Ibama e Polícia Federal foram furados pelas armadilhas à época, bem como caminhões e até tratores dos madeireiros. 

Estrepe armadilha povo massaco
Um estrepe, armadilha feita para perfurar, com um espinho enterrado no chão (CGIIRC/Funai)
Trilha povo Massaco Funai
Nas trilhas percorridas pelo povo Massaco, especialistas da Funai encontraram diversos estrepes, capazes até de furar botas (CGIIRC/Funai)
Trilha povo Massaco Funai
Nas trilhas percorridas pelo povo Massaco, especialistas da Funai encontraram diversos estrepes, capazes até de furar botas (CGIIRC/Funai)
Estrepe armadilha povo massaco
Um estrepe, armadilha feita para perfurar, com um espinho enterrado no chão (CGIIRC/Funai)

Um dos aspectos intrigantes é o tamanho das flechas usadas pelos Massaco: mais de três metros. Embora outros povos usem arcos e flechas grandes, como os Sirionó, Carvalho não sabe dizer como seria feito o manejo em meio à selva e cerrado. Os Massaco matam antas, queixadas, macacos e veados, que não são fáceis de abater de outra forma. Algayer também não sabe resolver esse mistério.

As fotos, junto a imagens de satélite, vão ensinando os especialistas, aos poucos, como é a vida e a vivência dos povos indígenas. Já sabemos, por exemplo, que os Massaco se movem devido a mudanças sazonais, como seca e chuva, e variações na vegetação. Por enquanto, a prioridade tem sido a garantia da proteção dos recursos do território, que garante a sobrevivência desse e de outros povos.

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VÍDEO: Robô vai ajudar no reflorestamento da Amazônia

 

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BYD apela a mestre de Kung Fu ao apresentar novo sedan de luxo; entenda

Para demonstrar toda a tecnologia do novo veículo elétrico Yangwang U7, um vídeo publicado originalmente na rede social chinesa Weibo mostra que o sedan de luxo da BYD não está para brincadeira.

Na gravação, um mestre de Wing Chun — uma variação do Kung Fu — aparece em pé sobre o teto do carro, apoiado em apenas uma perna, enquanto o veículo passa por lombadas de 3 a 5 cm de altura a 15 km/h. Esse teste foi realizado no aeroporto de Zhangjiakou Ningyuan, na província de Hebei, no norte da China.

O mestre de artes marciais se mantém estável, mesmo com os diversos obstáculos dispostos aleatoriamente na pista. O feito é possível graças ao Sistema Inteligente de Controle de Carroceria, o DiSus-Z, que eleva o veículo ao passar por obstáculos, garantindo a estabilidade do Yangwang U7.


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Segundo a fabricante chinesa, o sistema identifica as condições da estrada e ajusta os parâmetros da suspensão eletromagnética linear. Isso é viabilizado pelo conjunto de quatro motores elétricos com potência combinada de 956 kW, que permite o controle independente de cada roda.

 

DiSus-Z estreia em carro elétrico da BYD

O Yangwang U7 será o primeiro carro elétrico da BYD a integrar o sistema DiSus-Z. Em uma simulação, a empresa demonstrou a estabilidade da suspensão com um copo de água apoiado dentro do veículo. Além disso, confirmou que o modelo se mantém estável mesmo ao passar por buracos.

Anunciado em abril de 2024, o sedan de luxo chegou ao mercado chinês no fim de março deste ano. O Yangwang U7, com quatro portas, conta com cinco lugares e capacidade de bateria de 135,5 kWh.

Em relação à autonomia, o veículo vem equipado com o ‘Olho de Deus’, sistema de condução autônoma que combina Light Detection and Ranging (LiDAR) de longo alcance, câmeras de alta definição e radares ultrassônicos.

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Vídeo: Baterias BYD: A Verdade por trás dos Mitos!

 

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App do Microsoft Teams será bloqueado se ficar muito tempo sem atualização

A Microsoft irá bloquear o Teams caso o aplicativo fique mais de 90 dias sem atualização. Em comunicado, a empresa pede que os setores de tecnologia das empresas se atentem à mudança e explica que a medida de segurança foi tomada pois “manter o app seguro é mais importante do que nunca”.

O app Teams é uma plataforma unificada do Microsoft 365 para reunir chamadas em vídeo, conversas e arquivos de organizações em um só lugar. É integrado também com outras aplicações da empresa como o Word, PowerPoint e Excel. 

Agora, caso o usuário utilize uma versão que não está atualizada há mais de 90 dias, aparecerá uma mensagem dizendo que o app está bloqueado e impossibilitado de ser usado, sendo necessária uma atualização para que retorne ao modo normal de uso. 


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Segundo o portal Neowin, o aviso foi enviado pela Central de Administração do Microsoft 365. O texto diz que, por padrão, o Teams atualiza seu cliente automaticamente, “garantindo a segurança e conformidade dos dispositivos”. Contudo, é possível desativar esse ajuste caso o usuário prefira.

A gigante da tecnologia pede que os administradores do app nas organizações, ou os responsáveis do TI, deixem a opção de atualizar automaticamente ativada para que não passem pelo problema.

Quando os avisos aparecerão? 

Antes dos 90 dias de limite, os usuários receberão avisos recorrentes dentro do Microsoft Teams após 30 dias sem atualizações para alertar o possível bloqueio.

Para sistemas VDI, uma infraestrutura de TI que dá acesso a computadores corporativos, a mensagem aparecerá após 60 dias do app desatualizado.

Veja a partir de quando as mensagens começarão a aparecer:

  • 11 de abril para usuários do Teams em computadores Windows;
  • 6 de maio para usuários do Teams no ambiente VDI;
  • 15 de maio para usuários do Teams em computadores Mac.

Como saber se meu Teams está atualizado

Para checar se está com a versão mais recente do app, basta:

  1. Clicar no ícone de três pontos;
  2. Ir em Configurações;
  3. Selecionar “Sobre o Microsoft Teams”;
  4. Verificar sua versão.
    capturas de tela do microsoft teams
    Cheque com sua equipe de TI se o Teams está com atualizações automáticas (Imagem: Captura de tela/Marcelo Salvatico/Canaltech)

O Teams informará em qual versão está, se ela é a mais recente e quando foi feita a última verificação.

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VÍDEO: CUIDADO ao trocar o seu CELULAR!

 

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Apple perde US$ 640 bilhões na bolsa em 3 dias após tarifas de Trump

A última segunda-feira (7) foi um tanto turbulenta para o mercado acionário global. As novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causaram uma grande crise em algumas big trechs – com destaque para a Apple, que perdeu mais de US$ 640 bilhões em apenas três dias.

Nas últimas 72 horas, a gigante norte-americana apresentou queda de 19% no valor das suas ações. O principal motivo da crise se deve à dependência da fabricante com o mercado chinês; a China foi o principal alvo das taxas de Trump, recebendo uma tarifação de 54% em exportações para os EUA.

A Apple também conta com linhas de produções em países como Vietnã, Tailândia e Índiatodos afetados pelas novas taxas. Essa nova realidade aumentará consideravelmente os custos da empresa na fabricação de qualquer um dos seus produtos, podendo levar a grandes prejuízos a longo prazo.


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Para os analistas de mercado, a única alternativa viável para a Apple seria aumentar os preços dos seus produtos, a fim de cobrir os custos adicionais. No cenário atual, a expectativa é que os iPhones e outros dispositivos da marca sofram um aumento de aproximadamente 30% – do contrário, a fabricante poderia sofrer um prejuízo de cerca de 15% para cada produto vendido.

Apesar dessas previsões se referirem especificamente ao mercado norte-americano, a decisão também afetaria outros países, como o Brasil. Por se tratar de algo recente, a Apple ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas existe a possibilidade de vermos o reflexo disso nos seus próximos lançamentos.   

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Anatel libera Elon Musk para operar 7.500 satélites da Starlink no Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou nesta terça-feira (08) uma autorização para que a Starlink possa acrescentar 7.500 satélites em sua operação no Brasil, além de ampliar as faixas de frequência disponíveis. A alteração no direito de exploração tem vigência até o ano de 2027. 

A decisão foi acompanhada por um alerta regulatório, que visa destacar a atualização em curso do marco normativo vigente. A agência identifica riscos em áreas como a concorrência no setor, a sustentabilidade espacial e a soberania digital do país — pontos que não estão contemplados na legislação atual. 

O relator, Alexandre Freire, destacou que a finalidade é “preservar a coerência, a previsibilidade e a legitimidade das deliberações administrativas, ao mesmo tempo em que assegura transparência no diálogo com o setor regulado e com a sociedade em geral”


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Antena Starlink
Starlink ganhou autorização para uso de 7.500 satélites (Imagem: Divulgação/Amazon)

A alteração foi deferida por unanimidade, mas o processo refletiu “as limitações da regulamentação atual”, segundo Freire. 

Segundo a Anatel, as mudanças visam identificar “riscos ou insuficiência decorrentes de inovações tecnológicas ou dinâmicas de mercado”. Elas ainda pretendem “preservar a segurança jurídica, a confiança legítima, a competitividade e a sustentabilidade do ambiente regulatório”. 

Starlink pode ganhar rivais

Embora a Starlink seja a principal operadora de internet via satélite do planeta no momento, a empresa deve ver o setor crescer em competitividade ao longo dos próximos meses. 

A Amazon, por exemplo, agendou o lançamento de seus primeiros satélites definitivos do Project Kuiper para esta quarta (09). No total, estima-se que a companhia terá uma rede com mais de 3,2 mil satélites, e a operação deve começar ainda neste ano. 

O Brasil também tem um acordo com a companhia SpaceSail, que é baseada na China e tem operação privada. A empresa pretende lançar até 15 mil satélites até o ano de 2030.

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