Nintendo mantém tradição e Switch 2 não terá troféus nem conquistas

Sendo apresentado ao público no Xbox 360 e PS3, o sistema de troféus e conquistas é algo que já nos acompanha em diversos jogos por quase 20 anos. Além de gerar pontos, que podem ser comparados aos de seus amigos e rivais, eles também servem como “comprovante” de que passou por um desafio difícil ou venceu aquele chefão que todos sofrem para encarar. 

Porém, a Nintendo seguiu fora desta abordagem no Wii. Ele também não foi implementado no Wii U nem no Switch, mesmo sendo um pedido que volta e meia era citado pelos fãs nas redes sociais. E, de acordo com a própria companhia, a tradição de 20 anos será mantida e não veremos troféus e conquistas também no Nintendo Switch 2

A informação foi obtida pelo Polygon em conversa com o vice-presidente de Experiência do Jogador e de Produtos da Big N, Bill Trinen. Ao ser questionado se podemos esperar pelo sistema no novo videogame, a resposta foi direta, clara e bem simples: “não”. 


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Troféus isolados no Nintendo Switch 2

Como visto no primeiro console híbrido, o Nintendo Switch 2 deve contar com conquistas dentro das próprias experiências – caso os desenvolvedores quiserem implementá-las. Isso já foi visto em algumas circunstâncias como na franquia Disgaea, Xenoblade Chronicles, Astral Chain e alguns poucos títulos.

Imagem de Astral Chain
Astral Chain e alguns poucos títulos possuem sistema próprio de conquistas (Imagem: Divulgação/PlatinumGames)

Outros migram suas vitórias para outros sistemas, como é o caso dos jogos da Ubisoft. Vinculando sua conta Nintendo ao Ubisoft Connect, os usuários podem obter troféus e pontos (que podem ser trocados por itens in-game, papel de parede e outros colecionáveis) — porém, isso aparece apenas dentro do app da produtora, não ficando disponível para visualizar no próprio sistema operacional do videogame.

Leve tentativa

Mesmo com o Nintendo Switch 2 se mantendo distante do sistema de troféus e conquistas, isso não significa que a companhia não está observando como implementar ele de algum modo. Com The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Tears of the Kingdom, os jogadores poderão conquistar medalhas no app do Nintendo Switch por viajar por longas distâncias, coletar uma grande quantia de rupees e outros. 

O sistema será acrescentado ao Zelda Notes, que estará disponível para os jogadores que fizerem o upgrade para a versão destes games no Nintendo Switch 2. Porém, é o mais próximo que verá do sistema no console da companhia neste primeiro momento de seu lançamento. 

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Nova geração de celulares da Motorola vaza completamente; veja imagens

Nesta terça-feira (08), surgiram novos vazamentos do Motorola Edge 60, próximo celular da Motorola. O intermediário conhecido pelo design deve receber sua nova geração em breve e, desta vez, o site YTECHB revelou novas imagens promocionais do smartphone, além de destacar prováveis especificações.

Motorola deve manter design tradicional da linha Edge

Nos últimos anos, a linha Edge, da Motorola, acostumou os fãs da marca a um design com tela curva e traseira marcante com as cores Pantone — tons certificados pelo instituto Pantone e tendências do ano em questão.

No Motorola Edge 60, isso não será diferente. Conforme as novas imagens promocionais vazadas, o aparelho conta com material de couro vegano:


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Imagem promocional do Motorola Edge 60
Cor Pantone Shamrock Green (Reprodução/YTECHB)
Imagem promocional do Motorola Edge 60
Cor Pantone Gibraltar Sea (Reprodução/YTECHB)
Imagem promocional do Motorola Edge 60
Cor Pantone Plumperfect (Reprodução/YTECHB)

As cores Pantone deste ano no celular serão: 

  • Shamrock Green;
  • Gibraltar Sea;
  • Plumperfect (será lançada posteriormente).

Especificações do Motorola Edge 60 

Quanto às especificações, o portal aponta para especificações que prometem colocar o celular como um dos mais competitivos no segmento intermediário.

Nesta geração, a Motorola deve investir em diversos recursos de IA, como resumo de notificações com o Catch Me Up, geração de imagens via Magic Canvas e buscas inteligentes com o AI Search.

Conforme o vazamento, as demais características do Motorola Edge 60 são:

  • Tela curva pOLED de 6,67 polegadas e taxa de atualização de120 Hz;
  • Resistência contra água e poeira com as certificações IP68 e IP69;
  • Chipset MediaTek Dimensity 7300 ou Dimensity 7400;
  • Bateria de 5.500 mAh com suporte a carregamento rápido de 68 W;
  • Sistema de câmera dupla com uma lente principal de 50 MP e uma ultra grande angular de 13 MP;
  • Android 15 de fábrica.
motorola edge 60
O Motorola Edge 60 deve expandir as funções de IA nos celulares da Motorola (Imagem: Reprodução/xpertpick)

Quando o Motorola Edge 60 será lançado?

Com o Motorola Edge 60 Fusion lançado oficialmente e o celular com caneta stylus da linha Edge 60 perto de ser lançado, a previsão é de que o Motorola Edge 60 também chegue às lojas em breve.

Vale destacar que a linha Motorola Edge, assim como nos anos anteriores, deve ser lançada no Brasil.

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VÍDEO: Motorola Edge 50 Pro: Desempenho e elegância, mas tem seu preço [ANÁLISE/REVIEW]

 

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OpenAI adia lançamento do GPT-5, futuro modelo de IA do ChatGPT

O GPT-5, futuro modelo de IA do ChatGPT, teve o lançamento adiado, informou o CEO da OpenAI, Sam Altman, neste fim de semana em seu perfil do X. Por outro lado, outros modelos, como o o3 e o4-mini, estão previstos para serem anunciados nas próximas semanas.

De acordo com Altman, a OpenAI identificou que o desenvolvimento do novo modelo “é mais difícil” do que o esperado por conta da promessa de integração com outros modelos do ChatGPT. Por isso, o GPT-5 sairá somente nos próximos meses.

“Queremos ter certeza de que temos capacidade suficiente para suportar o que esperamos ser uma demanda sem precedentes”, disse o executivo na publicação.


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Em fevereiro, o CEO entregou alguns detalhes do GPT-5 e falou que a novidade seria uma forma de “descomplicar” o ChatGPT, que conta com diversos modelos para diferentes tipos de tarefas.

A intenção da OpenAI é que a IA “trabalhe para você”, sem necessidade de escolher o melhor tipo de inteligência artificial para isso.

Neste mesmo anúncio de fevereiro, o executivo também informou que as séries de modelos “o” e “GPT” seriam unificadas, e que o o3 não seria lançado como um modelo único.

O o3 foi anunciado em dezembro de 2024 como sucessor do o1, sendo um modelo com maior capacidade de raciocínio e de realização de tarefas complexas do que seu antecessor.

No entanto, no comunicado atual, Altman informou que as versões o3 e o4-mini serão lançadas nas próximas semanas, possivelmente como modelos separados.

O que são os modelos “o”?

O nome vem de “omni”, e modelos com “o”, como o o1 e o3-mini, são menores e mais leves que os tradicionais da OpenAI, como o GPT-4.5. Eles são indicados para tarefas menos complexas, e funcionam melhor em apps para celular e para resumos de textos.

Possuem uma maior velocidade, mas limitação quanto à capacidade de raciocínio mais profundo. Também guardam menos informações sobre o contexto das conversas do que outros modelos.

Os mdoelos estão disponíveis apenas para usuários dos planos Plus e Pro do ChatGPT.

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Chengdu J-36: China exibe caça de 6ª geração rival do F-47

A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) apresentaram recentemente o F-47, 1º caça de 6ª geração do mundo e, assim, abriu oficialmente a “corrida militar” para ver qual nação tem o maior poder de combate aéreo do planeta.

Nesta terça-feira (8), a China, que está com as relações estremecidas com o país da América do Norte por conta das últimas decisões do presidente Donald Trump, deu a resposta e mostrou que não quer ficar para trás na disputa.

Um vídeo publicado no X (antigo Twitter) mostrou um caça chinês de 6ª geração em testes na província de Sichuan. Identificado na postagem como Chengdu J-36, o avião de combate é um dos principais projetos desenvolvidos em um programa militar secreto pela Chengdu Aircraft Industry Group.


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No vídeo, é possível observar o Chengdu J-36 realizando manobras de procedimento de pouso, e nada mais, já que a filmagem publicada nas redes sociais tem apenas poucos segundos de duração. Mesmo curto, porém, o vídeo gerou curiosidade.

Como é o caça de 6ª geração da China?

Embora a China não tenha divulgado qualquer informação oficial a respeito do Chengdu J-36, algo comum em se tratando do país asiático, a mídia especializada revelou algumas das principais características do caça de 6ª geração que fará companhia ao F-47 na prateleira mais alta dos aviões de combate no mundo.

A aeronave chinesa aparenta não ter estabilizadores verticais, destacando, assim, sua aparência stealth, com design em forma de diamante. O Chengdu J-36 conta ainda com três motores e autonomia operacional expandida, além de estar preparado para receber novas e modernas tecnologias.

As primeiras informações colhidas, embora extra-oficiais, também apontam que o caça chinês de 6ª geração terá excelência no que diz respeito à manobrabilidade e, claro, na missão de fugir dos radares inimigos, exaltando sua capacidade furtiva.

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Tarifas dos EUA não devem impactar lançamento do Switch 2 no Brasil

O presidente da Nintendo of America, Doug Bowser, afirmou que o lançamento do Nintendo Switch 2 no Brasil não deve sofrer grandes impactos com a implementação das tarifas dos Estados Unidos. Ou seja, as taxas impostas por Donald Trump não causarão mudanças expressivas no preço previsto do console para o nosso país.

Para a Folha de S. Paulo, o executivo tranquilizou ao afirmar que uma análise já foi realizada no território brasileiro e nos demais países da América Latina. 

“Quanto ao nosso negócio na América Latina e no Brasil, com base nas decisões do dia 2, esses serão menos impactados e esperamos que continue assim”. 


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Com o lançamento do Nintendo Switch 2 marcado para o início de junho, muitos fãs estão preocupados com as tarifas dos EUA. O alarde se tornou ainda maior com o adiamento das pré-vendas, o que pode indicar que a companhia mexerá no preço do videogame — que já é o mais caro de todos os que produziu nos últimos 30 anos

Imagem do Nintendo Switch 2
A chegada do Nintendo Switch 2 no Brasil não sofrerá grandes impactos (Imagem: Divulgação/Nintendo)

No entanto, Bowser (o executivo, não o vilão do Mario) reforça que eles estão de olho no Brasil e que a Nintendo está levando a região como uma de suas prioridades de negócio neste momento.

“Temos foco em duas áreas: crescimento orgânico no Sudeste Asiático e na América Latina. Como parte da América Latina, acredito que o Brasil seja nossa maior oportunidade do ponto de vista de crescimento. A população do Brasil é muito grande e queremos agradar o máximo possível da população. Então, é uma prioridade”, reforça o presidente da Nintendo of America.

Tarifas impactam Nintendo Switch 2

Os Nintendistas dos EUA serão os mais impactados pelas tarifas de Donald Trump, com uma alta possibilidade do preço do novo console híbrido escalonar de forma expressiva. De seu valor inicial de US$ 449, com a implementação das tarifas poderíamos ver um aumento para até US$ 600 (variando de seu valor declarado de custo, lugar de origem e flutuações do dólar). 

Imagem do Nintendo Switch 2
O preço do Nintendo Switch 2 pode chegar perto dos US$ 600 nos EUA (Imagem: Canaltech)

O mesmo valeria para os jogos, que podem partir de US$ 80 (em casos como de Mario Kart World) para até US$ 120 dependendo do lugar que iniciará sua distribuição para o resto do planeta. Apesar de ser uma situação preocupante, Doug Bowser reforçou que isso provocará um impacto reduzido no Brasil e isso pode significar que sairá do que previram, mas não de forma que traga um diferencial tão distante.

Valor do Switch 2 segue indefinido

Tanto para os Estados Unidos, Brasil e demais países da América Latina, o preço do Nintendo Switch 2 segue indefinido. De acordo com nossos cálculos, levando em consideração o valor declarado de US$ 449, ele chegará ao nosso país entre R$ 3.600 e R$ 4.000. Porém, as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump pode impactar (mesmo que seja pouco) este resultado.

Levando em consideração que o console chegará no Brasil até o 2º fim de semana de junho, logo a companhia deve revelar o valor que o console terá no mercado nacional. As expectativas para seu lançamento são altas, já que foi declarado por desenvolvedores que ele terá um desempenho de PC intermediário

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Vanguard 1 | Missão pode trazer de volta antigo satélite dos EUA

Foi no fim da década de 1950 que o Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos (NRL) lançou o satélite Vanguard 1. A espaçonave, que foi a primeira a produzir energia com painéis solares, orbita nosso planeta há 7 anos, mas agora cientistas pensam em trazê-la de volta para a Terra. 

Atualmente, o Vanguard 1 está em uma órbita elíptica que o deixa de 660 km a 3.822 km do nosso planeta. Hoje, ele ainda pertence ao NRL, e ostenta o título de segundo satélite norte-americano enviado ao espaço — o primeiro foi o Explorer 1, lançado em janeiro de 1958 pelo exército do país. 

Lançamento do satélite Vanguard 1 (Reprodução/Naval Research Laboratory)

Aquela época foi marcada pela Corrida Espacial, nome dado à rivalidade travada entre a antiga União Soviética e os Estados Unidos. Os soviéticos saíram na frente com o lançamento de Sputnik I em 1957, o primeiro satélite artificial enviado à órbita da Terra. 


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Considerando a importância do Vanguard 1, engenheiros aeroespaciais e historiadores estão tentando encontrar uma forma de estudar de perto e até recuperá-lo. Não seria fácil trazer de volta um satélite tão antigo, mas eles acreditam que vale a pena — afinal, descrevem o objeto como uma “cápsula do tempo da Era Espacial”. 

Matt Bille, analista e pesquisador aeroespacial na Booz Allen, liderou o estudo que descreve a proposta de resgate. “Não somos os primeiros a ter a ideia e esperamos não ser os últimos. Mas vamos precisar esperar para ver se alguma entidade com as capacidades necessárias vai decidir valorizá-las e se vale o esforço”, disse ao Space.com. 

Resgate do satélite

Segundo ele, o satélite está em silêncio desde 1964, quando suas reservas energéticas se esgotaram. Mesmo assim, dados públicos de monitoramento mostram o local e órbita do objeto, permitindo que sensores de alta resolução o encontrem. Para Bille, novas análises devem revelar como está a estrutura do satélite, bem como se ele está girando ou tombando. 

Instrumentos do satélite Vanguard 1 (Reprodução/Naval Research Laboratory)

Caso esteja em boas condições para estudos, o que o Vanguard 1 poderia revelar? “Nossa pesquisa indicou um possível interesse na condição das células solares, baterias e metais, juntamente com o registro de impactos de micrometeoritos ou detritos durante um período tão longo”, sugeriu Bille. “Seria um recorde para a recuperação de uma espaçonave exposta [ao espaço]”. 

Além disso, uma missão do tipo seria uma boa oportunidade para o desenvolvimento de tecnologias para serviços de recuperação. “Para os engenheiros de materiais e historiadores espaciais, seria uma oportunidade de aprendizado como nenhuma outra”, argumentam Bille e os membros do estudo. “Recuperar a Vanguard 1 seria um desafio, mas um passo à frente inestimável e viável para toda a comunidade espacial dos EUA”, finalizou.  

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Vídeo: Os telescópios mais incríveis do espaço 

 

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Famoso por GoT e extinto há 12 mil anos, lobo-terrível é recriado geneticamente

Pela primeira vez na história, os humanos trouxeram uma espécie extinta de volta à vida — ou, pelo menos, com as mesmas características. É o lobo-terrível (Aenocyon dirus), extinto há 12.000 anos, habitante das Américas. A empresa Colossal Biosciences, responsável pela criação dos camundongos-lanosos, com características de mamutes, foi a responsável por trazer os grandes canídeos de volta.

Chegando a 80 kg e até 1,80 m de comprimento e 97 cm de altura, os lobos-terríveis estavam vivos apenas na cultura pop, famosos por sua representação na série televisiva Game of Thrones, da HBO. 

Nesta segunda-feira (7), a Colossal Biosciences anunciou que dois espécimes criados por eles, nomeados Rômulo e Remo (nome dos fundadores mitológicos de Roma, que foram amamentados por uma loba), já têm seis meses de idade, e uma fêmea chamada Khaleesi (um dos nomes de Daenerys Targaryen, de Game of Thrones), três meses. Mas eles não são clones


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A recriação dos lobos-terríveis

Quando falamos de trazer animais de volta à vida, é comum pensar em Jurassic Park e na coleta de DNA antigo para a clonagem. A técnica da empresa, no entanto, foi bem diferente: dentes de 12 mil anos e um crânio de 72 mil anos de fato foram usados para estudar a genética dos lobos-terríveis, mas o passo seguinte consistiu no uso de edição genética (via CRISPR Cas-9) para reescrever o DNA de uma espécie próxima, os lobos-cinzentos (Canis lupus), e inserir a informação em óvulos.

 

Os óvulos foram, então, desenvolvidos até o estágio embrionário e implantados em barrigas de aluguel de cães domésticos. As características dos lobos-terríveis estão todas lá: pelos brancos e compridos, musculatura avantajada, ombros e cabeças mais largos, corpo grande. Eles não são idênticos geneticamente aos seus “parentes” extintos, mas retêm as características mais importantes deles.

O trio é mantido em uma reserva com 8 km² nos Estados Unidos, em localização desconhecida, para evitar curiosos. Eles são alimentados diariamente e estão sendo estudados pelos cientistas, e não devem ser soltos na natureza, já que não possuem a expertise necessária para sobreviver. Além disso, é preciso saber se a edição genética não trouxe problemas de saúde incidentais.

A abordagem da Colossal Biosciences é semelhante com os outros animais que a empresa planeja “trazer de volta”: o experimento com os camundongos-lanosos, por exemplo, demonstrou a capacidade de ativar os genes responsáveis pela pelagem comprida e grossa e o metabolismo acelerado dos mamutes-lanosos, o que deve ser feito em elefantes-asiáticos até 2028 — não será um mamute geneticamente idêntico aos antigos mastodontes.

Os lobos-terríveis já têm seis meses, no caso dos dois primeiros espécies, e três meses, no caso da fêmea mais nova — eles são ariscos e se comportam como caçadores, como os lobos selvagens (Imagem: Colossal Biosciences/Divulgação)
Os lobos-terríveis já têm seis meses, no caso dos dois primeiros espécies, e três meses, no caso da fêmea mais nova — eles são ariscos e se comportam como caçadores, como os lobos selvagens (Imagem: Colossal Biosciences/Divulgação)

Quanto às motivações da companhia, a justificativa é ajudar a mitigar o impacto negativo dos seres humanos na natureza. Nos Estados Unidos, a população de veados cresce com poucas limitações, então devolver uma espécie como o lobo-terrível ajudaria a manter seu espalhamento em cheque.

O mesmo raciocínio se aplica ao tilacino (ou tigre-da-tasmânia), marsupial extinto cujo retorno ajudaria a população de quolls da Oceania, que a empresa planeja também ressuscitar. No caso dos mamutes, o esforço busca reocupar o nicho ecológico deixado pela sua extinção — a espécie derrubava árvores e controlava o crescimento de gramíneas, deixando o ambiente do norte mais gelado, ajudando no clima.

Há controvérsias, já que os lobos-terríveis se extinguiram provavelmente pela sua especialização na cadeia alimentar, caçando mamutes e bisões-de-cornos-longos, que, ao sumirem do planeta, deixaram pouco alimento no nicho da espécie. Por serem mais generalistas, os lobos-cinzentos sobreviveram melhor. Não se sabe o futuro dos lobos-terríveis no mundo, mas sua existência já está fazendo história — e controvérsia — na ciência.

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