Jogar com SSD ou HDD? Veja se tem diferença de desempenho

O SSD tomou de supetão o mercado nos últimos anos e já domina o assunto sobre o custo-benefício para games. No entanto, você ainda possui dúvidas se ele ainda é a melhor opção para jogar ou se o seu HDD ainda tem algum fôlego, certo?

Essa discussão sobre SSDs vs. HDDs já tem cercado o meio gamer há algum tempo e é importante saber a diferença entre eles para estar com seu setup atualizado. A verdade é que o SSD tem se tornado uma exigência cada vez maior em jogos, com títulos como Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão e Starfield exigindo o componente como uma opção melhor de armazenamento rápido e de alta performance. 

Neste artigo você verá quais são as principais diferenças entre os dois, assim como as vantagens e desvantagens no uso de cada um. Desta forma, poderá decidir se já está ou não na hora de se atualizar ou se ainda resta tempo para deixar essa opção para uma futura compra. 


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O que são SSDs e HDDs?

De forma direta e sem muitos rodeios, um HDD (Hard Disk Drive) são componentes que usam discos magnéticos giratórios e braço mecânico para gravar informações. Estas peças são móveis, então em termos mais simples, é como se você escrevesse algo com lápis à mão.

Imagem de um HDD
Os HDDs usam agulha magnética para escrever as informações no disco (MH Rhee/Pixabay)

Já os SSDs (Solid Slate Drive) utilizam a memória flash, não exigindo nenhum tipo de componente mecânico para armazenar o mesmo tipo de informações. Já que não utilizam peças móveis, esse processo é encurtado e, em comparação ao que fizemos acima com a escrita, é como se você estivesse digitando algo em seu smartphone ou teclado do PC.

Esse detalhe faz toda a diferença na hora do desempenho, já que a inexistência de partes móveis encurta por completo todo o processo. Para funcionar, o disco interno do HDD tem de estar girando enquanto a agulha magnética escreve as informações. Isso exige tempo para a locomoção de todos os componentes para este fim. O SSD, no entanto, pula esta etapa ao estar diretamente conectado à memória flash. 

Imagem do SSD Kingston NV3
SSDs escrevem seus dados diretamente na memória flash (Imagem: Divulgação/Kingston)

Qual é o impacto no desempenho dos jogos?

Isso se traduz nos jogos na velocidade em as ações são realizadas. Um notebook com SSD inicia seu sistema operacional e aplicativos de forma mais veloz do que aqueles que usam um HDD e o mesmo vale para os games. É como se comparássemos a agilidade do PS4 e Xbox One com o PS5 e Xbox Series. Os novos, que utilizam SSDs, são mais velozes e tudo está em funcionamento pleno em questão de segundos.

Uma das principais vantagens que temos dos SSDs é o tempo de carregamento: ele reduz drasticamente a sua espera para carregar os níveis dos games, dados salvos e permite que o recurso de viagem rápida de alguns títulos realmente se apresente de forma ágil. Para ter uma ideia, um SSD básico pode ser até 10 vezes mais rápido que um HDD. 

Desta forma, vemos experiências colossais como Cyberpunk 2077 e Starfield se apresentarem em instantes. Você mal sente a tela de carregamento, pode fazer viagens rápidas dentro do mapa que não há demora para estar em outros lugares e vê o cenário “completo”, sem aqueles travamentos para carregar mais texturas, prédios, personagens, itens e outros. 

Isso te impacta diretamente na experiência, já que o uso de HDDs em determinadas experiências traria o infame stuttering (também chamado de “engasgos”) e até problemas de pop-in. Games de mundo aberto ou com um altíssimo número de elementos, como é o caso de Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão e Marvel’s Spider-Man 2, exigem que o usuário tenha um SSD para fazer um rápido streaming de assets e garantir uma fluidez maior.

Já outros casos, como do próprio Starfield, mostram que alguns jogos se tornam praticamente injogáveis com o uso de HDDs. Pela alta quantidade de assets, mapas absurdamente grandes e texturas aprimoradas em todo o cenário, um SSD é essencial para que possa executar tudo destes em tempo hábil, sem longas esperas e com mais qualidade. 

O mesmo vale para a instalação de jogos em SSDs, que ocorre em uma velocidade impressionante. Ou seja, chega de esperar mais de uma hora para ver o processo ser finalizado após o download (que são coisas distintas, com este dependendo apenas do tipo e velocidade de sua conexão na rede doméstica). 

Imagem de Starfield
Não precisa de mais telas de carregamento longas para os maiores jogos da indústria (Imagem: Divulgação/Bethesda)

Porém, é importante ressaltar que os HDDs e SSDs não influenciam diretamente e de forma significativa nos FPS (quadros por segundo). Eles são gerados através da placa de vídeo e de seu processador, o que é diferente daquilo que os componentes de armazenamento se propõem a trazer ao mercado. 

Quando dizemos que eles não impactam de forma significativa, é porque o uso dos SSDs ao menos te garante uma maior fluidez nos jogos: eliminando os stuttering causados pelo carregamento lento e te dando a impressão de um melhor desempenho. Porém, na hora de escolher um, não existem modelos que tragam mais FPS ou coisas do tipo: então é um detalhe que vale prestar atenção para não cair em golpes ou comprar produtos que não cumprirão esta promessa. 

Vantagens e desvantagens dos SSDs e HDDs

Veja abaixo quais são as maiores vantagens e desvantagens de ter um SSD para jogos:

Vantagens

  • Maior velocidade de leitura e escrita
  • Redução no tempo de carregamento de assets e texturas
  • Jogabilidade mais fluída, com menos stuttering e pop-in
  • Consumo energético menor
  • Mais silencioso
  • Mais resistente a impactos físicos como quedas

Desvantagens

Imagem de um SSD Lexar
Um SSD pode ser muito bom, mas não é livre de problemas (Imagem: Divulgação/Lexar)

Agora veja quais são as maiores vantagens e desvantagens de ter um HDD para jogos:

Vantagens

  • Custo por gigabyte mais baixo
  • Capacidade de armazenamento geralmente maior por preços menores

Desvantagens

  • Menor velocidade de leitura e escrita
  • Tempos de carregamento mais longos
  • Há mais potencial para surgimento de stuttering e pop-in
  • Por usar partes mecânicas, ele provoca mais ruídos
  • Maior consumo de energia
  • Mais frágil

Jogos que se beneficiam dos SSDs

Veja como os principais jogos lançados nesta década se beneficiam do uso de SSDs para trazer um bom desempenho e experiências melhores ao público:

4. Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão

Lançado pela Sony e pela Insomniac Games para os PCs em 2023, Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão é uma aventura que explora uma troca rápida de cenários e conteúdo que aparece em tela. Através da troca de dimensões, o usuário está em um lugar e pode parar em outro de forma rápida e sem travamentos graças ao uso das SSDs.

Os requisitos mínimos apontam que a experiência também roda em HDDs, mas isso compromete por completo o que os usuários veem e é recomendável que tenha em seu setup o componente mais veloz para garantir uma fluidez maior dentro da aventura.  

 

3. Starfield

Produzido pela Bethesda, que também trouxe ao público experiências grandiosas como The Elder Scrolls V: Skyrim e Fallout 4, Starfield leva os jogadores para o espaço e para toda a magnitude de viajar pelas estrelas dentro do game. Se você não tem noção da quantidade de assets e recursos em tela simultâneos que isso exige, diria para você que é muito mais do que poderia contar em um dia.

Por isso é exigido um SSD para fazer o game rodar sem problemas, impedindo que tenha um longo carregamento, problemas de áudio, texturas e até mesmo travamentos. Jogar em HDD até é possível, como alguns testes mostraram, mas isso torna a experiência bem pior e não é recomendável que passe este sufoco com o uso do componente. 

 

2. Cyberpunk 2077

Após alguns anos trabalhando em melhorias para Cyberpunk 2077, a CD Projekt Red trouxe com a atualização 2.0 e a expansão Phantom Liberty a exigência de um SSD para jogar a experiência da forma como ela foi imaginada. 

Assim como Starfield, como jogo de mundo aberto, um HDD pode trazer tempos de carregamento muito mais longos, texturas que vão demorar a aparecer dentro do jogo, pop-in de objetos e NPCs e até travamentos. Mesmo que em quantidade menor do que a vista no jogo da Bethesda, ainda assim o uso de HDD não é recomendável para jogar este título. 

 

1. Helldivers 2

Helldivers 2 foi lançado no início de 2024 e trouxe muita ação, que acabou se tornando uma febre intensa e que continua atraindo milhões de jogadores. Como o título usa diversos elementos na tela, o uso de SSDs é essencial para ter um carregamento mais veloz e não ver engasgos enquanto troca tiros com os sinistros extraterrestres.

Ainda que o componente seja apenas uma “recomendação”, vale notar que por ser um jogo de tiro, é necessária uma velocidade acima para não perder o ritmo e garantir que suas habilidades não “esfriem” entre as partidas no PC. Desta forma o carregamento não te trará problemas. 

 

Invista em um SSD

Os HDDs ainda são opções interessantes, tanto para quem deseja um armazenamento de menor custo e com maiores capacidades. No entanto, está cada vez mais frequente a exigência de SSDs para jogos que trazem mais elementos e se tornou “inevitável” a aquisição de um caso queira continuar jogando os principais games lançados. 

Dito isso, ainda é bacana manter seu HDD, mas como opção secundária: para gravar arquivos, jogos e emuladores mais antigos ou até para fazer o backup de informações. Nestes casos, ele ainda segue como viável e atenderá às suas necessidades sem exigir um alto custo.

Porém, caso queira se manter atualizado com os jogos modernos e que possuem gráficos e recursos cada vez mais elevados, mais cedo ou mais tarde terá de adquirir um SSD. Pela tendência que seguimos das exigências, um “mais cedo” impactará positivamente nas experiências que você já tem e pode te preparar para títulos de mais qualidade no futuro. 

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Tiktoker exibe último Golf GTI com câmbio manual produzido no mundo

O Golf GTI é um dos carros mais icônicos da marca e, pelo que representou na história da Volkswagen, se tornou merecedor de todas as homenagens possíveis, certo? Bom, pelo menos no que diz respeito à última unidade do hatch produzida com câmbio manual, a resposta é “não”.

Ao contrário do que fez com o Gol, que ganhou até edição especial de despedida quando se aposentou, a Volkswagen optou por ignorar um momento marcante na história do hatch, que completou 50 anos de vida em 2024: o fim da produção das versões equipadas com câmbio manual.

Preferência dos mais puristas, especialmente em carros esportivos, o último Volkswagen Golf GTI com transmissão manual foi entregue ao feliz comprador sem qualquer pompa ou menção nas redes sociais da marca, e o fato só foi exaltado pelo próprio cliente, o tiktoker Jamie Orr, que é um fã incondicional da marca alemã.


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Famoso por ser um “Volkswagen Lover”, Orr, que conta com mais de 100 mil seguidores na rede social, viajou da Pensilvânia até Montana para garantir que o histórico exemplar fosse parar na sua garagem. “Esse Golf GTI é diferente de todos os produzidos desde 1976, pois é o último feito no mundo”, celebrou.

@xjamiexoe

The final manual Golf GTi, the final GTi 380.

♬ original sound – Jamie Orr

Como é o último Golf GTI manual do mundo?

O último Volkswagen Golf GTI com câmbio manual produzido no mundo é de uma série que foi lançada somente nos Estados Unidos e no Canadá, e faz parte da edição GTI 380, lançada pela marca alemã em 2023.

Inspirado no Golf R 20th Anniversary, o GTI 380 que marcou o fim da era dos Golf com câmbio manual tem bancos em couro, rodas pretas de 19 polegadas, calçadas com pneus de alta performance, suspensão adaptativa e, claro, manopla de câmbio que faz alusão a uma bola de golfe, DNA da família.

A carroceria, na cor preta, não tem qualquer indicativo à icônica unidade de despedida, nem sequer uma plaquinha indicando que aquele Golf GTI 380 é, de fato, “the last one” da família Volkswagen com transmissão manual de 6 velocidades.

Manopla de câmbio em formato de bola de golfe é marca registrada dos Golf GTI (Imagem: Reprodução/Marc Urbain, Car&Driver)

O que faltou de atenção da Volkswagen, porém, sobrou na publicação do famoso tiktoker, que detalhou a verdadeira “epopeia” a que se submeteu até conseguir comprar o que, segundo ele, hoje é a peça mais valiosa de sua coleção.

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Qual é a melhor máquina lava e seca? 5 opções para comprar em 2025

Comprar uma lava e seca nem sempre é um processo simples – afinal, são tantas características e opções disponíveis que acaba sendo perfeitamente comum se perder no processo. Avaliar fatores como tamanho, funções e tecnologias implementadas acaba sendo fundamental, pois quanto mais avançada for a sua máquina, mais satisfatório tende a ser tudo que ela oferece.

Para ajudar na sua escolha, separamos aqui cinco máquinas lava e seca que se destacam em 2025 e certamente merecem uma chance. Confira:

  1. Brastemp 11 kg BNO11AB;
  2. LG 11kg VC5 CV3011WG4;
  3. Electrolux 11 kg LSP11;
  4. Samsung WD18T;
  5. Midea HealthGuard MF200D105WB.

1. Brastemp 11 kg BNO11AB

Para quem busca máxima agilidade no cotidiano, a recém-lançada Brastemp BNO11AB vai dar conta do recado. O modelo se destaca por oferecer um ciclo completo em apenas 99 minutos: 59 para lavar e 40 para secar. O produto tem capacidade para 11 kg de lavagem e 6 kg de secagem, contando com um processo de vaporização para secar de forma segura e eficiente.


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A lava e seca da Brastemp conclui um ciclo completo em 99 minutos (Divulgação/Brastemp)

O modelo também conta com funções inteligentes, incluindo um modo que permite ao usuário programar a hora em que deseja retirar a roupa da máquina; nesse período, o aparelho utiliza o vapor para manter as peças sem amassados, deixando-as pronta para uso ao serem retiradas. O produto se encontra por R$ 4.499 na versão branca e R$ 4.649 em aço inox.

2. LG 11kg VC5 CV3011WG4

Em termos de custo-benefício, a VC5 da LG se destaca – especialmente pelo preço, sendo uma das poucas lava e seca por menos de R$ 3.000 a entregar um pacote de recursos tão interessante. O modelo possui uma inteligência artificial capaz de reconhecer tecidos e adaptar o programa utilizado, função que certamente lhe será bem útil.

São 11 kg para lavagem e 7 kg para secagem, além de uma velocidade de centrifugação de 1400 rpm. Mesmo sendo considerada básica, é um modelo que vale muito a pena para quem não deseja gastar tanto.

3. Electrolux 11 kg LSP11

A LSP11 da Electrolux é uma boa alternativa para quem prioriza desempenho energético acima de tudo – afinal, as lava e seca inevitavelmente utilizam mais energia elétrica que uma máquina de lavar comum. Ela possui diversos sensores capazes de identificar a quantidade de peças inseridas e ajustar automaticamente o programa e o consumo.

São 11 kg de lavagem e 7 kg de secagem, além de 15 programas diferentes e motor com tecnologia Inverter. O custo-benefício também é interessante, podendo ser encontrada por valores entre R$ 3.000 e R$ 4.000.

4. Samsung WD18T

Para quem busca uma capacidade elevada, a Samsung WD18T é um modelo mais robusto, ideal para famílias grandes. Ela oferece 18 kg de lavagem e 25 programas diferentes, um número consideravelmente acima da média.

A WD18T é um modelo com alta capacidade, ideal para famílias grandes (Divulgação/Samsung)

Por utilizar o mesmo ecossistema da Samsung, o modelo também é inteligente e pode ser controlado remotamente, além de possuir diversos sensores automatizados. É uma máquina completa assim como a WD11T, mas que sai por um valor bem mais alto, entre os R$ 8.000 e R$ 10.000.

5. Midea HealthGuard MF200D105WB

Para equilibrar todas as características das demais em um único produto, temos a HealthGuard MF200D105WB da Midea. Essa lava e seca oferece funções inteligentes e automatizadas semelhantes às vistas nos modelos da Samsung, contando com controle remoto via app, comandos de voz por assistente virtual e motor Inverter.

A combinação de tecnologias avançadas com sofisticação é coroada com o revestimento em aço inox, que deixa o produto bem elegante. O custo-benefício também é ótimo, saindo por a partir de R$ 2.500 e chegando a no máximo R$ 3.500

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Samsung estreia One UI 7 com Android 15, IA e novo visual; confira as novidades

A Samsung deu o sinal verde para distribuir a One UI 7 para mais celulares e tablets a partir desta segunda-feira (7). Depois do Galaxy S25, a fabricante oficializou a estreia global da atualização baseada no Android 15 para outros modelos, como o Galaxy S24. Por outro lado, ainda não há previsão de lançamento da nova versão do sistema no Brasil.

A estreia ocorre após o anúncio do lançamento oficial da One UI 7 em março: na ocasião, a Samsung informou que a estreia da nova versão aconteceria em 7 de de abril de 2025, alguns meses após o lançamento da linha Galaxy S25, em janeiro.

O anúncio contemplava, até então, apenas uma perspectiva global, sem revelar os países receberiam a geração mais recente ainda nesta semana. Por outro lado, a Samsung chegou a listar os seguintes dispositivos que tendem a ser os primeiros da fila:


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Cabe ressaltar que o Galaxy A56, A36 e A26 já foram lançados com a One UI 7.

A nova geração da One UI traz mudanças significativas na parte visual dos celulares, com novos ícones e gestos de navegação, e amplia o leque de recursos gerados por inteligência artificial (IA).

A seguir, o Canaltech explica tudo sobre o lançamento:

  • Quando a One UI 7 vai chegar?
  • Quando os celulares do Brasil serão atualizados?
  • Quais celulares vão receber a One UI 7?
  • Quais são as novidades da One UI 7?

Quando a One UI 7 vai chegar?

A One UI 7 começou a ser distribuída para outros modelos da linha Galaxy a partir desta segunda-feira (7). O lançamento ocorre de forma gradual e separado por regiões, então nem todos os aparelhos serão atualizados de uma vez.

One UI 7 conta com novo visual no painel de controle (Imagem: Bruno De Blasi/Canaltech)

Quando os celulares do Brasil serão atualizados?

Até o momento, não existe um cronograma oficial de distribuição da One UI 7 com Android 15 no Brasil.

Quais celulares vão receber a One UI 7?

A Samsung não publicou uma lista oficial de celulares compatíveis até o momento, mas os seguintes modelos seguem o prazo de atualizações de sistema da empresa:

Quais são as novidades da One UI 7?

A mudança mais fácil de identificar na One UI 7 é o novo padrão visual: os ícones de apps nativos da Samsung receberam novas cores mais vibrantes, a porcentagem da bateria é exibida dentro do respectivo ícone e a barra de navegação conta com itens em formato de pílulas.

A atualização também traz novos atalhos e gestos de comando, como deslizar a partir do canto direito da tela para abrir o painel de controle. Já o atalho de manter a tecla de bloqueio pressionada deixa de abrir a Bixby e dá lugar ao assistente do Google Gemini.

Há também muita novidade de IA. A Now Bar, por exemplo, funciona como um assistente na tela de bloqueio, enquanto o Now Brief cria um resumo diário personalizado com informações importantes. Os recursos, no entanto, não são distribuídos para todos os celulares compatíveis com a atualização.

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Galaxy S25 x Galaxy S25 Plus: qual vale mais a pena comprar?

A Samsung lançou o Galaxy S25 e 25 Plus em janeiro de 2025 e os celulares estão bem parecidos entre si, com poucas especificações que diferenciam um do outro. Assim, fica difícil escolher qual o melhor, então, neste comparativo, listamos as diferenças e semelhanças entre eles, para te ajudar a comprar seu próximo celular.

Design, construção e tela 

Em relação ao design e a construção, os dois aparelhos são iguais — exceto pelo tamanho, é claro. Ambos contam com acabamento em alumínio nas laterais e trazem o vidro Gorilla Glass Victus 2 para proteção na traseira e na tela. Na prática, isso quer dizer que eles aguentam mais impactos do dia-a-dia, apesar de não serem totalmente à prova de quebras. 

O visual também é o mesmo, com três câmeras “soltas” na parte de trás do aparelho, algo que já é adotado há gerações na Samsung. Nesse ano, porém, a Samsung mudou um pouco a estética da moldura das lentes e trouxe um “anel flutuante” ao redor dos sensores. 


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No entanto, apesar de conferir um visual mais moderno, este anel deixa um vão considerável na parte de trás do aparelho, e pode acumular um pouco de sujeira com o passar dos meses. 

Ainda em construção, ambos possuem certificação IP68 de resistência à poeira e água, então podem ser submersos em água doce por até 30 minutos em uma profundidade de um metro e meio. 

A tela é o principal diferencial entre os dois modelos. Os celulares contam com as mesmas tecnologias: display Dynamic AMOLED 2x, taxa de atualização de 120 Hz, reprodução em HDR10+, recurso Always On e brilho máximo de 2.600 nits. 

Gaalxy S25 tem o mesmo design do S25 Plus, porém com um corpo mais compacto (Imagem: Matheus Melo/Canaltech)

O tamanho, porém, pode fazer a diferença para quem gosta de telas pequenas ou grandes. O Galaxy S25 normal tem um painel de 6,2 polegadas, com resolução de 1080 x 2340 pixels. Já a versão Plus conta com um display de 6,7 polegadas, com resolução de 1440 x 3120 pixels. 

Configurações e desempenho 

Enquanto as principais diferenças estão na tela, o desempenho geral dos dois são mais parecidos. Isso porque eles têm, basicamente, as mesmas configurações.

Isso vai desde a adoção do mesmo chipset — o Snapdragon 8 Elite for Galaxy — até a mesma quantidade de memória RAM: 12 GB. A única diferença é que a versão base oferece uma opção a mais de armazenamento, com versões de 128 GB, 256 GB e 512 GB. O Plus, por sua vez, só tem as duas maiores alternativas. 

Desempenho do Galaxy S25 é igual ao do S25 Plus (Imagem: Matheus Melo/Canaltech)

Na prática, isso quer dizer que eles terão basicamente o mesmo desempenho gráfico ou do processador. Eles são capazes de executar praticamente qualquer tarefa sem lentidão, travamento ou engasgos. 

Mas é importante destacar a ligeira vantagem do S25 Plus em relação ao S25 quanto ao resultado em plataformas de benchmark. No AnTuTu, o modelo maior chegou a 2.353.127 pontos, enquanto o menor marcou 2.015.466. Como efeito de comparação, o S25 Ultra chega a 2.397.597 — pouca coisa a mais que o Plus.

Resultados de Benchmark do Galaxy S25 e Galaxy S25 Plus (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)

Câmeras 

O conjunto de câmeras dos dois celulares também é exatamente o mesmo, então não tem um vencedor nessa disputa. Ambos trazem uma configuração traseira tripla, com sensores auxiliares para fotos ultrawide e telefoto. 

Para filmagem, os dois também permitem fazer vídeos em 4K a 120 fps na traseira e frontal, mas podem chegar a 8K a 30 fps com a câmera principal. 

  • Câmera traseira: 50 MP + 12 MP ultrawide + 10 MP telefoto
  • Câmera frontal: 12 MP 
  • Gravação de vídeo: até 4K a 60 fps ou 8K a 30 fps na traseira / 4K a 60 fps na frontal. Tecnologia Super Steady Video para estabilização

Veja, abaixo, alguns exemplos de imagens tiradas com os dois celulares. 

Fotos tiradas com o Galaxy S25:

Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera principal
Galaxy S25 – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Câmera ultrawide
Galaxy S25 – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Modo macro
Galaxy S25 – Modo macro (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Modo macro
Galaxy S25 – Modo macro (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Modo noturno
Galaxy S25 – Modo noturno (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 - Modo noturno
Galaxy S25 – Modo noturno (Bruno Bertonzin/Canaltech)

Fotos tiradas com o Galaxy S25 Plus:

Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera Frontal / modo retrato
Galaxy S25 Plus – Câmera Frontal / modo retrato (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera Frontal
Galaxy S25 Plus – Câmera Frontal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal/zoom
Galaxy S25 Plus – Câmera principal/zoom (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera telefoto
Galaxy S25 Plus – Câmera telefoto (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera telefoto
Galaxy S25 Plus – Câmera telefoto (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera telefoto
Galaxy S25 Plus – Câmera telefoto (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera principal
Galaxy S25 Plus – Câmera principal (Bruno Bertonzin/Canaltech)
Galaxy S25 Plus - Câmera ultrawide
Galaxy S25 Plus – Câmera ultrawide (Bruno Bertonzin/Canaltech)

Bateria e carregamento 

Outra diferença importante é em relação à bateria. Por ser menor, o Galaxy S25 “normal” também traz menos capacidade de carga, com 4.000 mAh. O Galaxy S25 Plus, por sua vez, possui um componente de 4.900 mAh. 

Na prática, porém, a estimativa de autonomia não é tão diferente, e isso pode ser justificado pelo tamanho da tela, que é bem maior no modelo Plus. No nosso teste padrão — que testa os dois celulares no mesmo cenário — o Galaxy S25 Plus teve com um consumo de 25% — apenas 1% a menos que o Galaxy S25. 

Já em carregamento, eles levam o mesmo tempo para ir de 0 a 100%: aproximadamente uma hora e 15 minutos. Eles contam com suporte para carregamento sem fio de 15W com protocolo Qi2 e 25 W no cabo. Ambos trazem carregador incluso no kit vendido oficialmente no Brasil. 

Autonomia do Galaxy S25 e S25 Plus  (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)

Preço de lançamento e faixa atual 

O Galaxy S25 e S25 Plus foram lançados com um preço bem alto:

Galaxy S25:

  • 128 GB: R$ 6.999;
  • 256 GB: R$ 7.499;
  • 512 GB: R$ 8.499.

Galaxy S25 Plus:

  • 256 GB: R$ 8.499;
  • 512 GB: R$ 9.499.

Atualmente, porém, já é possível encontrá-los com uma média menor no varejo:

Galaxy S25:

  • 128 GB: aproximadamente R$ 6.000;
  • 256 GB: aproximadamente R$ 5.000;
  • 512 GB: aproximadamente R$ 6.400.

Galaxy S25 Plus:

  • 256 GB: aproximadamente R$ 5.600;
  • 512 GB: aproximadamente R$ 6.400.

Desde as últimas gerações, é comum ver que a versão de 256 GB de seus topos de linha apareçam com ofertas melhores que a opção de 128 GB, e isso explica porque o Galaxy S25 de 256 GB é mais barato do que o S25 com menor capacidade. 

De qualquer forma, o preço de qualquer variante já está bem menor do que quando foram lançados, o que indica ser um bom momento para comprar um flagship da Samsung.

Imagens do Galaxy S25:

Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25
Samsung Galaxy S25 (Matheus Melo/ Canaltech)

Imagens do Galaxy S25 Plus:

Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)
Samsung Galaxy S25+
Samsung Galaxy S25+ (Brenno Barreira/ Canaltech)

Afinal, qual é melhor comprar, Galaxy S25 ou Galaxy S25 Plus? 

Se você não se importa em pagar um pouco mais e prefere celulares com tela maior, o Galaxy S25 Plus é, sem dúvidas, bem mais vantajoso do que o modelo mais simples. Em suas versões de 256 GB, ele está apenas R$ 600 mais caro, e já pode ser encontrado em no mesmo preço para a opção de 512 GB. 

Porém, se você só quer um flagship e quanto menos gastar, melhor, o Galaxy S25 de 256 GB deve ser a sua escolha. Da mesma forma, ele é o modelo ideal para quem gosta de celulares mais compactos.

Mas é importante destacar que os celulares são basicamente iguais em quase todos os outros aspectos, com o mesmo conjunto de câmeras e hardware. E, apesar da diferença no papel, até a bateria dos dois são equivalentes.

Leia mais no Canaltech:

ASSISTA: Galaxy S25 Ultra vs 24 Ultra vs S23 Ultra | Comparativo de câmeras e fotografia dos melhores Samsung

 

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50 anos da Microsoft: como a empresa ficou milionária antes mesmo do Windows

Quando falamos de Microsoft, a primeira imagem que vem à cabeça da maioria das pessoas é o familiar ícone do Windows e seu característico som de inicialização. No entanto, a história de como a companhia, que completa 50 anos em 2025, se tornou um dos impérios da tecnologia mais valiosos do mundo começa muito antes da popularização do sistema operacional que todo mundo conhece.

Fundada oficialmente em 4 de abril de 1975 por Bill Gates e Paul Allen, dois jovens apaixonados por tecnologia, a Microsoft surgiu em um momento em que computadores pessoais eram raridades e a ideia de que um dia teríamos máquinas mais poderosas que mainframes em nossas casas parecia ficção científica. O que poucos sabem é que a empresa já havia se tornado um negócio milionário muitos anos antes de o Windows se tornar bem-sucedido e popular, contrariando o senso comum sobre sua trajetória.

A verdadeira história por trás do sucesso da Microsoft é uma masterclass de visão estratégica, oportunismo e, principalmente, de um modelo de negócios revolucionário que transformou para sempre a indústria da tecnologia. Longe de ser apenas uma desenvolvedora de sistemas operacionais, a companhia que hoje vale mais de US$ 3 trilhões e emprega cerca de 220 mil pessoas em todo o mujndo estabeleceu sua fortuna ao compreender, antes de qualquer concorrente, que o futuro não estava no hardware, mas no software — mais especificamente em como licenciá-lo.


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Parceria revolucionária entre Paul Allen e Bill Gates

A história da Microsoft começa antes mesmo de sua fundação oficial, quando dois estudantes da Lakeside School, em Seattle, uniram forças para explorar seu fascínio por computadores. Em 1968, Bill Gates, então com 13 anos, e Paul Allen, com 15, conseguiram um acordo inusitado com sua escola: desenvolveriam um software para automatizar a distribuição de turmas e aulas dos professores em troca de acesso ilimitado aos computadores da instituição e alguns royalties.

Paul Allen e Bill Gates usando um teletipo na Lakeside School. Acesso ilimitado à máquina foi concedido após a dupla desenvolver um programa para distribuir as turmas e aulas dos professores (Imagem: Reprodução/Bruce Burgess, Ancestry)

O projeto foi um sucesso e mostrou aos jovens que havia um mercado enorme para soluções de software. A experiência levou à fundação da Traf-O-Data em 1972, empresa que criava sistemas para analisar dados de tráfego de veículos. Embora não tenha sido um sucesso comercial, a Traf-O-Data foi um laboratório crucial onde Gates e Allen aprimoraram suas habilidades técnicas e de negócios, estabelecendo as bases para o que viria a se tornar a Microsoft.

“Nosso fracasso com a Traf-O-Data foi uma das melhores coisas que nos aconteceu”, escreveria Allen anos depois em sua autobiografia. “Aprendemos que precisávamos ser melhores programadores e, principalmente, melhores empresários”. Essa lição seria decisiva quando, três anos depois, uma oportunidade única surgiu na forma de um pequeno computador chamado Altair 8800.

A oportunidade com a MITS e o Altair 8800

Em janeiro de 1975, a capa da revista Popular Electronics exibia o que foi anunciado como o “primeiro kit de microcomputador do mundo”: o Altair 8800. Para contextualizar, estamos falando de uma época em que computadores ocupavam salas inteiras, custavam milhões de dólares e eram acessíveis apenas a grandes universidades, governos e corporações.

O Altair 8800, criado pela MITS (Micro Instrumentation and Telemetry Systems), era revolucionário não por sua potência — tinha apenas 256 bytes de memória, milhões de vezes menos que um smartphone atual —, mas por seu preço: US$ 397 em forma de kit ou US$ 498 montado, equivalente a cerca de US$ 2.950 nos valores atuais.

Quando viram a revista, Gates e Allen perceberam imediatamente o potencial daquele pequeno computador. O Altair não vinha com software — apenas interruptores e luzes para programação manual. Era primitivo mesmo para os padrões da época, mas representava o início de uma nova era: a dos computadores pessoais. A dupla enxergou ali a oportunidade perfeita para implementar sua visão de que o futuro da computação seria definido pelo software.

Capa da  Popular Electronics de janeiro de 1975, que levou Gates e Allen a darem o primeiro passo rumo à fundação da Microsoft (Imagem: Reprodução/Vintage Computer)

Desenvolvendo o Altair BASIC sem ter um Altair

Em um dos episódios mais emblemáticos e ousados da história da computação, Gates e Allen contataram a MITS afirmando que estavam desenvolvendo uma linguagem BASIC para o Altair 8800. A verdade? Eles não tinham sequer acesso à máquina, muito menos um programa pronto.

Em um esforço frenético, Allen desenvolveu um emulador do processador Intel 8080 (usado no Altair) que rodava no computador PDP-10 da Universidade de Harvard, onde Gates estudava. Em apenas oito semanas, eles criaram do zero uma versão da linguagem BASIC especificamente para o Altair — e que cujo código-fonte foi compartilhado publicamente por Bill Gates recentemente. O trabalho foi tão meticuloso que, quando Allen viajou para Albuquerque para demonstrar o programa, ele nunca tinha sido testado em um Altair real.

O Altair BASIC era uma implementação da linguagem de programação BASIC que permitia que os usuários criassem seus próprios programas para o computador. Sua importância ia além da funcionalidade: era a primeira linguagem de programação de alto nível para um microcomputador, tornando a programação acessível a entusiastas sem conhecimentos aprofundados de Assembly, linguagem de máquina de baixíssimo nível utilizada até hoje.

Trecho do código-fonte de 157 do Altair BASIC escrito por Gates e Allen em dois meses em um teletipo modelo 33 (Imagem: Reprodução/Microsoft)

O acordo fechado com a MITS previa o pagamento de royalties (US$ 30 por cópia vendida) e uma taxa de licenciamento inicial de US$ 3.000. A partir dali, Gates e Allen não apenas se mudaram para Albuquerque para fundar a Micro-Soft (assim mesmo, com hífen), como estabeleceram um modelo que seria a base do império Microsoft e que mudaria para sempre a indústria da tecnologia.

Quanto vale um software?

Até a chegada da Microsoft, o software era geralmente considerado um complemento do hardware, frequentemente distribuído gratuitamente ou incluído no preço da máquina. Gates e Allen, no entanto, enxergaram o software como um produto valioso por si só.

Carta aberta escrita por Bill Gates aos membros do Homebrew Computer Club, que à época compartilhavam código-fonte aberto e proprietário livremente entre si. Curiosamente, Steve Jobs fazia parte desse clube (Imagem: Reprodução)

O modelo de código proprietário licenciável é exatamente o que o nome sugere: o código-fonte do software permanece propriedade exclusiva da empresa desenvolvedora, que cobra pelo direito de uso. Os clientes pagam apenas pelo direito de utilizar o software, não de possuí-lo ou modificá-lo.

Em fevereiro de 1976, Gates publicou sua famosa “Carta Aberta aos Hobbistas”, criticando a pirataria de software entre entusiastas que compartilhavam cópias do Altair BASIC sem pagar por ele. “Quem pode arcar com o trabalho profissional de graça?”, questionou Gates, estabelecendo os princípios que guiariam a empresa nas décadas seguintes.

Este modelo de negócio permitiu à Microsoft uma escalabilidade sem precedentes: o custo de desenvolvimento era fixo, mas o software podia ser vendido milhares ou milhões de vezes, gerando receitas crescentes a cada nova cópia. Com essa visão, o pequeno escritório no Novo México, que tinha apenas três funcionários em 1975, conseguiu faturar mais de US$ 1 milhão em 1978, apenas três anos após sua fundação.

IBM PC: o contrato que mudou tudo

Em 1980, a IBM, então a maior empresa de computadores do mundo, decidiu entrar no mercado de computadores pessoais em resposta ao crescente sucesso de máquinas como o Apple II. Precisando de um sistema operacional para seu novo IBM PC, a gigante azul inicialmente contatou a Digital Research, criadora do popular CP/M.

Após negociações frustradas com a DR — que relutou em assinar um acordo de confidencialidade —, a IBM voltou-se para a jovem Microsoft, então conhecida principalmente por suas linguagens de programação. Gates e sua equipe conseguiram convencer a IBM de que poderiam fornecer o sistema operacional necessário, embora na verdade a Microsoft não tivesse um sistema operacional pronto.

Inicialmente, Gates buscou a Seattle Computer Products para licenciar o então chamado QDOS, depois rebatizado para 86-DOS. Como ele atendia perfeitamente aos requisitos do IBM PC e funcionava com o processador Intel 8088, a Microsoft achou mais vantajoso comprar todos os direitos do sistema. E assim o fez por apenas US$ 50 mil — equivalente a cerca de US$ 193 mil em valores atuais. Posteriormente, o 86-DOS foi adaptado para se tornar o PC-DOS, entregue à IBM.

Paul Allen e Bill Gates em 1981, logo após fecharem contrato com a IBM e redefinir a história da Microsoft e da indústria da tecnologia (Imagem: Reprodução/Microsoft)

O verdadeiro golpe de mestre, no entanto, foi nos termos do contrato: a Microsoft manteve o direito de licenciar sua própria versão do sistema — o MS-DOS — para outros fabricantes. A IBM, acreditando que seu nome seria suficiente para dominar o mercado, não viu problema nessa cláusula. Foi um erro que custaria bilhões.

MS-DOS: a galinha dos ovos de ouro

Enquanto o PC-DOS era exclusivo para computadores IBM, o MS-DOS podia ser licenciado para qualquer fabricante disposto a pagar os royalties. Quando o IBM PC se tornou um sucesso estrondoso, surgiu uma indústria inteira de “clones” — computadores compatíveis com o IBM PC, mas fabricados por outras empresas. Todos precisavam de um sistema operacional, e a Microsoft estava pronta para fornecê-lo.

O MS-DOS rapidamente se tornou o sistema operacional dominante para computadores pessoais baseados na arquitetura x86 por várias razões. Primeiro, era relativamente leve e eficiente mesmo em hardware limitado. Segundo, a compatibilidade com o IBM PC garantia acesso a um ecossistema crescente de software. Terceiro, o modelo de licenciamento da Microsoft era mais atraente para fabricantes do que desenvolver seus próprios sistemas.

Para dimensionar o impacto financeiro: em 1981, a Microsoft tinha receitas de US$ 16 milhões. Em 1984, esse valor saltou para US$ 97 milhões, e em 1988, já passava dos US$ 590 milhões. Tudo isso antes do Windows se tornar um produto realmente popular. Em 1986, quando a empresa abriu seu capital, Gates se tornou um bilionário aos 31 anos.

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Outros produtos que ajudaram na jornada

Embora o MS-DOS tenha sido o grande propulsor do crescimento inicial da Microsoft, diversos outros produtos contribuíram para a expansão da empresa antes mesmo do Windows ganhar relevância.

As linguagens de programação foram um pilar fundamental: além do BASIC, a Microsoft desenvolveu implementações de Fortran, Cobol, Pascal e C, consolidando-se como principal fornecedora de ferramentas para desenvolvedores. O preço dessas linguagens variava entre US$ 150 e US$ 500 na época (equivalente a US$ 550 a US$ 2.000 atuais).

No setor de aplicativos, o Multiplan — predecessor do Excel — foi lançado em 1982 e se tornou um competidor sério do então dominante VisiCalc e do Lotus 1-2-3. O Microsoft Word estreou em 1983, custando US$ 375 (cerca de US$ 1.200 atuais), valor similar a quase 17 anos de assinatura do Microsoft 365 no plano Personal nos EUA (US$ 70/ano).

Microsoft Word e Microsoft Mouse: a primeira versão do famoso processador de textos e o primeiro hardware foram lançados pela companhia em 1983 (Imagem: Reprodução/Microsoft)

A empresa também fez incursões no hardware: o Microsoft Mouse, lançado em 1983 por US$ 195, e o Z-80 SoftCard, uma placa de expansão que permitia que computadores Apple II rodassem o sistema operacional CP/M, vendendo mais de 100 mil unidades a US$ 345 cada.

Gigante antes do Windows

Quando o Windows 3.0 — a primeira versão realmente bem-sucedida da interface gráfica da Microsoft — foi lançado em 1990, a empresa já era uma gigante do setor, com mais de 5.600 funcionários e receita anual de US$ 1,18 bilhão. O Windows 95, frequentemente citado como o momento decisivo na história da empresa, chegou quando a Microsoft já valia dezenas de bilhões de dólares.

A lição mais valiosa dessa história é que o verdadeiro gênio de Gates e Allen não estava apenas na criação de software, mas em como transformar software em produto, em criar um modelo de negócios onde o licenciamento em massa geraria receitas recorrentes e escaláveis.

50 anos depois de sua fundação, em um mundo onde a Microsoft é uma empresa trilionária e sua nuvem Azure e serviços de IA representam tanto quanto o Windows para seus negócios, vale lembrar que o DNA da empresa sempre foi o mesmo: identificar tendências emergentes e criar soluções que se tornarão padrões da indústria.

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6 erros decepcionantes do Nintendo Switch 2

Apesar do anúncio do Nintendo Switch 2 empolgar uma grande parte dos jogadores, algumas informações reveladas no Direct e após sua apresentação deixaram muitos desapontados. Seja por confirmar os pontos negativos ou a ausência de alguns que seriam muito positivos, nem tudo impressionou.

Não entendam errado, o videogame é incrível. Porém, isso é muito diferente de apontar algo como perfeito e que não tem pontos a serem melhorados: seja na sua chegada em junho ou neste primeiro ano de vida útil.

Dito isso, o Canaltech listou os 6 aspectos que mais desapontaram os fãs sobre o Nintendo Switch 2 que vieram durante e após o Direct de abril. Ainda que alguns até já tenham sido corrigidos, vamos deixar claro os pontos para que você compreenda melhor os impactos que causaram na comunidade.


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6. Ausência de Mario 3D no Nintendo Switch 2

Quem não se empolgou com os jogos do Nintendo Switch 2? Pois é, a lineup inicial trouxe muita animação e expectativas sobre os principais jogos que chegarão na plataforma em 2025. Mario Kart World, Donkey Kong Bananza e The Duskbloods saltaram aos olhos e representam o trabalho árduo que fizeram nos últimos anos. 

 

Porém, vamos ser honestos, cadê o Mario? Super Mario Odyssey foi lançado em 2017, logo após o primeiro Switch e desde então tudo o que recebemos foram versões remasterizadas e jogos retrô. Certo que Donkey Kong esperou mais (11 anos sem títulos inéditos), mas levando em consideração que Mario é o mascote da companhia e uma aventura 3D dele é aguardada com muitas expectativas, a ausência de sequer um pequeno teaser desaponta. 

Óbvio que Mario Kart World reforça a imagem do personagem e mantém seu status quo, mas os fãs que amaram Super Mario Galaxy, Super Mario 3D World e Super Mario Odyssey sabem o quanto faz falta uma nova aventura de plataforma tridimensional com o herói. Sabe quando isso deverá ocorrer? 2026, junto ao lançamento do próximo filme do personagem, já que representaria uma estratégia conjunta de marketing atrativa demais para a Nintendo deixar passar. 

Imagem de Super Mario Odyssey
Vai demorar para vermos um novo jogo de plataforma 3D do Mario (Imagem: Divulgação/Nintendo)

5. Upgrade pago para jogos de Switch

Durante o Nintendo Direct, a companhia revelou que alguns títulos serão relançados com uma versão “Switch 2”. Ela trará mais conteúdo, interação com app e visual e desempenho aprimorados para alguns games de sucesso como The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Tears of the Kingdom, Kirby and the Forgotten Land e Super Mario Party Jamboree.

Obviamente que estes “extras” serão pagos e isso causou uma grande comoção entre os fãs nas redes sociais. Ainda que seja melhor do que vemos nos consoles da Sony (cujo upgrade pago garante apenas as melhorias visuais e quase sempre não há conteúdo atrelado às versões atualizadas), a estratégia não é muito bem-vista e provocou revolta.

 

Entre as reclamações, muitos clamam que o upgrade grátis no quesito visual deveria ser oferecido para todos e o conteúdo poderia ser vendido como uma expansão à parte. O anúncio de que apenas a versão Nintendo Switch 2 dos dois principais The Legend of Zelda receberá localização em português inflamou ainda mais o debate em nosso país.

Enquanto tudo isso acontecia, no entanto, a Nintendo revelou de forma mais tímida que diversos jogos receberão a versão nova por atualização gratuita. Pokémon Scarlet & Violet, Super Mario Odyssey, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom, ARMS e alguns outros terão isso sem custo extra — o que equilibra um pouco mais a situação. No entanto, muitos ainda não compreenderam como isso funcionará e a estratégia do marketing pode manter este público distante do console por algum tempo. 

Vale lembrar que todos os anúncios iniciais são extremamente importantes e devem ser realizados da forma mais clara possível, vide o que aprendemos com o Xbox One. Mesmo voltando atrás de tudo que anunciou e revertendo a revolta que provocou no público, até hoje suas ideias problemáticas e o pânico que a Microsoft causou são lembrados. Pode anotar: o mesmo ocorrerá com a Nintendo em relação ao Switch 2. 

 

4. Retorno da trava de região

Primeiro de tudo, o que é a trava de região? Ela bloqueia que cartuchos produzidos no Japão rodem em videogames dos Estados Unidos (e região das Américas) e vice-versa. Há uma grande divisão que separa determinadas áreas como Oriente, Américas, Europa entre outras. Com videogames como o Nintendo DS e 3DS, por exemplo, se você comprasse um destes portáteis no Brasil, ele apenas rodaria títulos que eram distribuídos oficialmente por aqui ou importados dos EUA.

Com o Nintendo Switch isso desapareceu. Um usuário poderia ter um console comprado diretamente da Europa, importar um jogo do Japão (seja pela arte da capa, por algum extra ou algo do tipo) e rodar ele aqui no Brasil que não existiam impedimentos. Isso permitiu que o público iniciasse uma grande busca que dura desde 2017 pelas melhores artes de capa, preços e até curiosos brindes para compor suas coleções.

Imagem do Nintendo Switch
O Nintendo Switch atual não tem trava de região (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Com o Switch 2, no entanto, a trava de região pode retornar. Isso significa que, se você comprar um console híbrido nos Estados Unidos (por exemplo), ele rodará apenas os jogos que são produzidos para o mercado das Américas. O mesmo título, produzido na Europa ou Japão, não funcionará no seu aparelho. 

A trava irá além e também se restringirá às contas. Quem comprar um Nintendo Switch 2 no Japão, poderá acessar contas localizadas dentro da região. Se sua conta é brasileira, por exemplo, ela não será permitida. O mesmo vale para a linguagem disponível no sistema operacional, o que pode dificultar a vida até de quem está ciente destes riscos. 

Isso retornará por causa das diferenças de preço que veremos no Nintendo Switch 2. A ideia é impedir que alguém dos EUA, Brasil e outros países tente importar o console ou seus jogos com preço mais barato do que o visto nas demais regiões ao invés de comprar em seu próprio mercado. Uma estratégia polêmica, mas que será adotada e já tem gerado certo receio entre os consumidores.

Imagem da bandeira do Brasil
A trava de região sugere que no Brasil só poderemos ter jogos da região das Américas (Imagem: Jorono/Pixabay)

3. Nintendo Switch 2 Welcome Tour

Quando o PlayStation 5 foi lançado, a Sony trouxe em conjunto a experiência gratuita Astro’s Playroom. Ela permitia acompanhar o simpático robôzinho (que ganhou seu próprio game em Astro Bot em 2024) por todos os recursos e hardwares presentes no console e apresentar, de forma mais amigável, como ele funciona. 

O videogame da Big N terá algo similar com o jogo Nintendo Switch 2 Welcome Tour. Ele é uma experiência que mostrará diversos detalhes sobre os recursos do novo console híbrido, através de mini-games e atividades que vão expandir o conhecimento daquilo que poderemos fazer com ele nos jogos que virão no lançamento e em momento posterior. Qual a principal diferença aqui? Ele será pago. 

Ainda que traga muitos recursos bacanas e seu desenvolvimento tenha custos, o Nintendo Switch 2 Welcome Tour nada mais é do que uma “tech demo”. De acordo com o trailer, ele servirá apenas para demonstrar as capacidades do console híbrido na prática, como um manual de instruções interativo. É como se você comprasse uma air fryer ou um smartphone e a fabricante vendesse seu manual de uso separadamente. Simplesmente não faz sentido algum.

 

2. Cadê o suporte aos apps?

O Nintendo Switch foi lançado em 2017 e, durante oito anos, recebeu um suporte mínimo em relação a plataformas de streaming e apps de outras naturezas. Tivemos uma Crunchyroll aqui, um izneo ali, uma presença tímida e temporária da Twitch, mas não saiu disso. Ao contrário do PlayStation e Xbox, nunca foi visto suporte aos gigantes de conteúdo como Netflix, Disney+, Prime Video e outros que permitem acompanhar os principais filmes e séries. 

Isso já existe nos smartphones e Smart TVs, eu sei, mas a portabilidade do Nintendo Switch permitiria alçar “voos maiores”. Chegamos ao anúncio do Nintendo Switch 2 na última quarta-feira (2) e continuamos sem saber se o console expandirá este suporte ou manterá seu sistema livre destas plataformas. Não que desejo que se torne um dispositivo Android, mas é inegável que a ausência destes é sentida e seria uma adição muito bem-vinda.

Imagine ler seus mangás no Manga Plus nele? No intervalo entre uma partida ou outra, abrir a Netflix para assistir um episódio daquela série ou desenho animado que tanto aguardou? Inclusive, com a chegada da Nintendo Switch Camera, a companhia tem nas suas mãos “a faca e o queijo” para permitir streaming nativo dos seus jogos em serviços como a Twitch e outros. Porém, isso não foi esclarecido e é bom não ter muitas expectativas sobre o suporte em um breve futuro.

Imagem da Twitch
A Nintendo não se pronunciou sobre a Twitch ou outros apps no Switch 2 (Imagem: Divulgação/Twitch)

1. Preço do console e dos jogos

Entrando em um campo bem delicado, temos a revelação do preço do Nintendo Switch 2 e de seus jogos. Isso tem gerado um debate muito “acalorado” entre os fãs e muitos já clamam que se manterão distantes do videogame neste lançamento por conta disto. 

O videogame será lançado por US$ 449, que analisado lado-a-lado com seus antigos consoles de mesa com correção inflacionária, revela que ele será o mais caro da companhia nestes últimos 30 anos. Aqui no Brasil, as estimativas apontam que ele deve chegar entre R$ 3.600 e R$ 4.000 (muito próximo ao valor do PS5 e Xbox Series em nosso território). 

Já os games são um debate à parte. A versão digital dos principais títulos será vendida por US$ 80 (US$ 10 a mais do que os preços vistos nos maiores lançamentos de PS5 e Xbox Series atualmente), enquanto suas versões físicas chegarão a até US$ 90. Se isso tem gerado uma grande revolta no público e diversas reações nos Estados Unidos e na Europa, imagine aqui no Brasil onde os principais jogos chegam a até R$ 350? Pois é, caros leitores, será um desafio e tanto.

 

Ainda que estejamos apontando dedos para a Nintendo e julgando esses valores orbitais, é importante reforçar que a culpa pode não ser dela. Vivemos um cenário político e econômico muito sensível e que possuem nuances que sequer caberiam nessa lista. 

Só para citar um exemplo, temos o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicando grandes tarifas a todo mercado internacional — o que tem tirado o sono de muita gente e causado grande impacto na economia. Todos sabíamos que isso ocorreria, afinal de contas, ele está ameaçando fazer essa movimentação desde que foi eleito no início de 2025. E quando digo “todos”, incluo a Nintendo nessa.

É impossível que uma companhia do tamanho, importância e que traz tantas estratégias quanto a Big N não estivesse ciente desta situação. Não querendo agir como o “advogado do diabo” por aqui, mas é bem possível que eles tivessem anunciado o preço do Nintendo Switch 2 já considerando o aumento que os eletrônicos terão nos próximos meses. 

Nintendo Switch 2 Experience
Nintendo Switch 2 com dock (Gabriel Rimi/Canaltech)
Nintendo Switch 2 Experience
Nintendo Switch 2 com suporte vertical e Joy-Con 2 (Gabriel Rimi/Canaltech)
Nintendo Switch 2 Experience
Caixa do Nintendo Switch 2 (Gabriel Rimi/Canaltech)
Nintendo Switch 2 Experience
Acessórios do Nintendo Switch 2 na caixa (Gabriel Rimi/Canaltech)
Nintendo Switch 2 Experience
Acessórios adicionais do Nintendo Switch 2 (Gabriel Rimi/Canaltech)
Nintendo Switch 2 Experience
Romina Whitlock, diretora de marketing da Nintendo da América Latina (Gabriel Rimi/Canaltech)
Nintendo Switch 2 Experience
Nintendo Switch 2 à mostra (Gabriel Rimi/Canaltech)
Nintendo Switch 2 Experience
Nintendo Switch 2 portátil (Gabriel Rimi/Canaltech)

Ainda que discorde que o valor seja bom (eu também não acho que é), temos de concordar que é melhor eles anunciarem o preço dele “mais caro” e poder abaixar com a economia se estabilizando do que fazer justamente o contrário: anunciar com preço baixo e serem obrigados a aumentar. Imagine eles trocando o valor para mais antes do lançamento? A polêmica e a revolta que iam causar talvez fosse uma das maiores da indústria gaming.

Não acho que tenha alguém fora do comércio ou que trabalhe na cadeia produtiva que acredite que este aumento é positivo. Para os consumidores, não é. Porém, ele chega ao “justificável”. Quem não garante que, nos próximos meses, estes mesmos títulos que chegam a US$ 70 também não subirão de valor por conta das tarifas? Ou que os consoles, no geral, também terão um aumento? 

O debate é longo e cheio de nuances, mas ainda que dê para justificar o movimento da Nintendo, o preço do Switch 2 e de seus jogos foram uma das informações que mais desapontaram o público nesta semana. Eles, inclusive, mudaram toda a reação dos fãs sobre o console híbrido e se vimos uma grande empolgação antes e durante o anúncio, após ele o clima estava de “peguem suas tochas” contra a Big N. 

Imagem do Nintendo Switch 2
O Nintendo Switch 2 terá problemas com o preço atual (Imagem: Canaltech)

O Nintendo Switch 2 terá nova chance?

O anúncio do Nintendo Switch 2 pode ter sido repleto de acertos e problemas, mas estamos discutindo apenas o primeiro momento de contato com o videogame, seus recursos e tecnologia. O mais importante é que todos os pontos citados na lista podem ser revertidos pela companhia futuramente. Antes ter erros que podem ser revistos do que situações permanentes que causariam mais estresse, não é?

Entre os principais erros decepcionantes do Switch 2, temos:

  1. Preço do console e dos jogos
  2. Cadê o suporte aos apps?
  3. Retorno da trava de região
  4. Nintendo Switch 2 Welcome Tour
  5. Upgrade pago para jogos do Switch
  6. Ausência de Mario 3D no Nintendo Switch 2

Leia também no Canaltech:

Video: nossa equipe esteve na Nintendo Switch 2 Experience e conta como será a experiência com o novo console e as novidades que ele trará ao mercado

 

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6 filmes para entender o conflito entre Israel e Palestina

Os conflitos entre Israel e Palestina tiveram origem na primeira metade do século XX e, atualmente, são considerados um dos confrontos mais longos e violentos do mundo. As tensões entre israelenses e palestinos têm raízes históricas, políticas e territoriais bastante complexas, e continuam impactando milhões de vidas.

Produções cinematográficas que retratam algumas dessas tensões podem ajudar a compreender certas nuances e perspectivas desses conflitos. Pensando nisso, o Canaltech reuniu, a seguir, algumas opções de filmes que tratam sobre o tema. 

Filmes para entender os conflitos israelo-palestinos

Abaixo, confira uma lista com seis recomendações de filmes para entender os confrontos entre Israel e Palestina. A seguir, veja sobre o que falam os seguintes títulos e onde assisti-los:


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  • Paradise Now
  • Ó Jerusalém
  • Limoeiro
  • Checkpoint
  • Omar
  • O Filho do Outro

Paradise Now

 

Paradise Now narra a história de dois amigos palestinos de longa data que vivem na Cisjordânia, Said (Kais Nashef) e Khaled (Ali Suliman). Os dois são recrutados para realizar um ataque suicida em Tel Aviv, em Israel, e o filme foca no que seriam as horas dos dois juntos, nos momentos que antecedem a missão. 

O título, lançado em 2005, foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e está disponível no Prime Video. Ele é avaliado com nota 7,4 no IMDb, e tem aprovação de 89% da audiência do Rotten Tomatoes. 

Ó Jerusalém

 

Ó Jerusalém é um filme de 2006 que narra a criação do Estado de Israel, em 1948 sob o olhar de dois amigos americanos, um de origem judaica e, outro, de origem árabe. Eles se mudam de Nova York, nos Estados Unidos, para a Terra Santa, onde arriscam a vida para lutar por aquilo que acreditam. 

O filme é avaliado com nota 6,0 de 10 no IMDb e tem aprovação de cerca de 36% da crítica do Rotten Tomatoes. É possível assistir ao título gratuitamente pelo JustWatch. 

Limoeiro

 

Limoeiro é baseado em fatos reais. O filme narra a história de Salma (Hiam Abbass), uma viúva palestina que vê sua plantação de limões ameaçada quando o Ministro da Defesa de Israel se muda para uma casa ao lado da sua. Segundo as autoridades, as árvores poderiam servir como um esconderijo para bombas e, por isso, precisam ser derrubadas. 

Salma, determinada a proteger a plantação, leva o caso para a Suprema Corte com a ajuda do advogado Ziad Daud (Ali Suliman).  Limoeiro foi lançado em 2008 e é avaliado com nota 7,3 de 10 e está disponível no streaming pelo Reserva Imovision. É possível fazer a assinatura da plataforma pelo Prime Video ou testá-la por 7 dias grátis. 

Checkpoint

 

Checkpoint é um documentário que mostra a dificuldade e as limitações enfrentadas pelos palestinos nos bloqueios das estradas que são controladas por Israel. O filme documenta as interações entre os civis palestinos e os militares israelenses. 

A produção foi gravada por Yoav Shamir, de origem israelense, entre os anos de 2001 e 2003. O título, que é avaliado com nota 7,8 de 10 no IMDb, pode ser encontrado gratuitamente no YouTube através do canal do cineasta. 

Omar 

 

Omar é outro título que aborda os confrontos entre israelenses e palestinos que foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, em 2014. O filme narra a história de Omar, um jovem palestino que atravessa o muro que divide Israel dos territórios palestinos para encontrar o seu amor, Nadia, até que é capturado por militares israelenses. 

O filme não está em cartaz em nenhum streaming atualmente, apesar de já ter feito parte do catálogo do Prime Video e Mubi. Ele é avaliado com nota 7,5 de 10 no IMDb e tem aprovação de 90% da audiência do Rotten Tomatoes.

O Filho do Outro

 

O Filho do Outro é um filme de drama de 2012 que narra a história de Joseph (Jules Sitruk), um jovem que está prestes a entrar para o exército israelense quando descobre que foi trocado por Yacine (Mehdi Dehbi), um jovem de origem palestina, no nascimento. 

A descoberta faz com que a vida dos dois rapazes mude radicalmente, e eles são forçados a reconsiderar seus valores. O título, avaliado com nota 7,3 de 10 no IMDb, está disponível através da plataforma Reserva Imovision.

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O que é um jogo 4X?

Os jogos 4X pertencem a um subgênero dentro do gênero de estratégia, com seu significado girando em torno das quatro principais ações do jogo: explorar, expandir, explorar e exterminar. Por literalmente formar quatro “X” (com pronúncia “ex”, em inglês), o público acabou adotando esta nomenclatura para definir esses games. 

Independentemente se são jogos de estratégia em tempo real ou em turnos, o maior objetivo de seu gameplay geralmente é construir um império. A partir disso, o jogador terá de gerenciar elementos básicos como economia, desenvolvimento tecnológico e militar, acordos comerciais com outros líderes e outras ações que garantam a sua supremacia (assim como a segurança dos cidadãos).

Misturando ideias daqueles games de texto lançados nos computadores nos anos 1970 com jogos de tabuleiro, os títulos que pertencem ao gênero 4X são extremamente aclamados e têm um lugar especial no coração dos fãs. Porém, você conhece suas origens e o que o tornou tão grande atualmente?


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O que é um jogo 4X?

Os jogos 4X começaram a surgir ainda nos anos 1980, mas se tornaram populares de verdade quando uma franquia chegou aos PCs: Civilization. Com ele, não bastava o jogador reunir o exército mais forte e ter a melhor estratégia em batalha, mas também usar subterfúgios diplomáticos para atingir seus objetivos. Isso criou um verdadeiro padrão para o subgênero e muitos deles ainda podem ser vistos, mesmo nos lançamentos mais recentes. 

Ter todo esse controle em mãos, das decisões políticas até as relacionadas à cultura e economia, que encantou uma grande parcela dos fãs. Enquanto alguns títulos de estratégia têm seu gameplay mais focado em combates, esse traça parâmetros mais complexos que vão exigir uma verdadeira mente afiada para resolver e levar a sociedade para o sucesso definitivo. 

Inspirados em games de tabuleiro e em experiências interativas de texto produzidas para PC, os jogos 4X viram a luz do dia no ano de 1983. Ali foram vistos os lançamentos de três games que seriam os pioneiros na estrutura como a conhecemos: Cosmic Balance II, Andromeda Conquest e Reach for the Stars. 

Porém, era notável que estes foram apenas os primeiros passos e muito ainda deveria ser estabelecido. Andromeda Conquest, por exemplo, é focado estritamente na expansão do seu império. Já Reach for the Stars trabalhou elementos mais complexos ao interconectar o crescimento da economia com fatores como o progresso tecnológico e conquistas. 

Imagem de Cosmic Balance II
E pensar que era desta forma que os jogos 4X eram nos anos 80, não é? (Imagem: Reprodução/Strategic Simulations)

Alguns anos se passaram, com a chegada de outros jogos 4X como Trade Wars (1984), mas a verdadeira joia do subgênero chegou apenas em 1991: Civilization, de Sid Meier. O autor se inspirou em jogos de tabuleiro como Risk e Civilization (da Avalon Hill), trazendo muitos de seus elementos para os PCs. 

É importante notar que a popularidade e complexidade de Civilization eram tão grandes que se tornaram grandes influências não apenas entre os jogos 4X. A Maxis explorou parte disso para trazer ao público o icônico SimCity, por exemplo, que impulsionou eles diretamente a uma estrada de sucesso que se mantém até os dias recentes.

Outras grandes influências para a indústria gamer também surgiram em 1991: VGA Planets e Spaceward Ho!. Ambos se tornaram notáveis servindo como base para diversas outras experiências de jogos 4X que se passam no espaço. 

Mais títulos famosos e que se tornaram os pilares para o que temos hoje em dia vieram nos anos que se seguiram: Master of Orion (1993), por exemplo, estabeleceu diversos padrões assim como foi visto em Reach for the Stars na década anterior. Os anos 90 também trouxeram pérolas como Stardock, Space Empires, Ascendancy, Stars!, Colonization e diversos outros (sejam sequências ou não).

Imagem de Master of Orion
O Master of Orion original foi lançado em 1993, mas ganhou um remake em 2016 (Imagem: Divulgação/Wargaming Labs)

Falando em continuações, Civilization II foi lançado em 1996 e também fez um estrondoso sucesso. Isso impulsionou Sid Meier e a Firaxis a trabalhar em Alpha Centauri (1999), que também foi muito bem-visto pelos críticos. Nos anos 2000, poucos sobreviveram: como a franquia Civilization (que chegou recentemente ao sétimo título), Total War e mais alguns que mantêm a atenção do público.

Os pilares do subgênero 4X

Para um jogo pertencer ao subgênero de jogos 4X, ele tem de seguir alguns passos para atender aos padrões que já forma estabelecidos. Estes são:

4. Explorar

Nesta etapa dos jogos 4X, os jogadores têm de se aventurar pelo mapa, seja para encontrar locais seguros para seu povo como para observar os detalhes como ambiente, recursos naturais e o que há ao seu redor.

Apesar de soar simples, essa é uma etapa imprescindível para dar seu primeiro passo em direção ao sucesso. Aqueles que a menosprezam logo de cara acabam sofrendo problemas em sua experiência, seja mais cedo ou mais tarde.

Imagem de Civilization VII
Isso só pode ser alcançado com muita exploração e expansão (Imagem: Divulgação/Firaxis Games)

3. Expandir

Com um lugar escolhido cautelosamente, agora resta ao jogador ampliar seu império. Nesta etapa a preocupação é usar de forma cuidadosa tudo o que obteve para atrair mais pessoas e tornar o seu nome conhecido: seja entre aliados ou oponentes.

Em grande parte dos jogos 4X, as pessoas têm algumas opções para fazer isso adequadamente: seja construir o seu do zero, colonizar os territórios próximos ou o que estiver em suas mãos para se tornar um líder notável. 

2. Explorar

Nem tudo é para sempre, meus caros leitores. Impérios crescem e se expandem, territórios são tomados e passam a fazer parte do seu comando e há cada vez mais pessoas vivendo em suas muralhas. Porém, água, materiais como madeira, rochas e outros podem estar em níveis críticos.

Depois de se estabelecer e realizar suas primeiras ações, resta observar e gerenciar melhor todos os seus recursos. Lidar melhor com a captação e a forma como tudo está sendo consumido, ver onde está investindo menos e reavaliar, é essencial para seu progresso. Nesse estágio, os jogos 4X apresentam o desenvolvimento de tecnologias. 

1. Exterminar

Chegou a hora de ir à guerra. Reunir suas forças militares, ver as provisões e analisar bem com quem comprará briga e o que pretende com elas. Afinal de contas, não dá para sair derrubando tudo sem motivo algum, não é mesmo? Para isso existe a diplomacia. 

Nesta etapa, os jogadores precisam botar em prática as suas melhores estratégias de combate para atacar ou se defender. Administrar os seus recursos, a direção das tropas, implementação de armadilhas, mover os maquinários e outros fazem parte de toda a infraestrutura que te levará para uma grande vitória ou em uma derrota daquelas.

4X vs. outros gêneros de estratégia

O subgênero de jogos 4X geralmente conta com uma grande imersão que guia os jogadores a se focarem na expansão de sua base, reino ou o que quer que a experiência te apresente. Apesar de “exterminar” ser uma das principais normas, o combate não é o foco destes títulos.

O conceito gira em torno da ideia de que você terá um espaço vazio, onde poderá construir e expandir seu império. Seja Civilizaton, Stellaris ou qualquer outro, você sempre começa de “mãos vazias” e passará a crescer gradativamente (com o passar das eras e dos passos evolutivos). 

Imagem de Stellaris
Stellaris te joga no meio do espaço para expandir seu império galáctico (Imagem: Divulgação/Paradox Interactive)

Já os demais títulos de estratégia, sejam eles em tempo real ou em turnos, possuem características bem distintas: nos RTS, por exemplo, os jogadores têm de construir bases, estabelecer sua economia em torno da extração de recursos e se fortalecer a ponto de subjugar seus adversários. Grandes exemplos deles são títulos como Starcraft, Warcraft, Dune 2 e Age of Empires.

Enquanto isso, os jogos de estratégia por turno preenchem um espaço mais amplo em sua categoria e não se prendem a muitas limitações. Worms: Armageddon, por exemplo é um jogo de estratégia que utiliza turnos para a ação desenrolar. Porém Civilization, apesar de pertencer ao subgênero 4X, também utiliza o sistema para seu avanço. Se você conhece ambas as franquias, dá para notar claramente as diferenças e o abismo que existe entre ambas, certo? 

Pelos jogos 4X te levarem do zero à glória, eles tendem a ser extremamente longos e complexos. O jogador tem de se preocupar com recursos, forças militares, expansão do território, diplomacia e economia desde o fundo do poço até o momento em que sua nação está prestes a se consagrar como a maior de todas. Seja por turnos ou em tempo real, seu objetivo é alcançar uma prosperidade a longo prazo (independentemente dos conflitos, problemas e coisas do gênero). 

4 franquias de jogos 4X mais famosas

Conheça os principais títulos e franquias de jogos 4X da indústria gaming: 

4. Age of Wonders

A franquia de jogos Age of Wonders se tornou consagrada por apresentar um conceito diferente de jogo 4X: ao invés de você liderar nações comuns e progredir junto à humanidade, você teria um cenário de fantasia com monstros mágicos e muitas aventuras.

Além deste ambiente diferenciado dos demais, também apresenta uma grande variedade de opções personalizáveis: o que se tornou um grande atrativo para os fãs e novos jogadores. Atualmente a linha já conta com quatro games, sendo Age of Wonders 4 (2023) o mais recente dela. 

 

3. Endless Space

Falando em cenários diferentes, temos Endless Space da Amplitude Studios. Nela o jogador seleciona entre várias civilizações únicas (e pode criar a sua do zero) e expandi-la através da galáxia. A vitória é obtida quando atinge certos requisitos sobre economia, diplomacia, expansividade e supremacia. 

O título se consolidou com o público pelos seus recursos de acessibilidade, a sua interface e também pelo alto fator replay. Além de prêmios, ele se expandiu para Space Legends (2014) e uma sequência em 2017. Porém, com a venda do estúdio para a SEGA, o último projeto em que eles trabalharam foi em outro jogo 4X: Humankind. 

 

2. Stellaris

Lançado em 2016, Stellaris leva o público para se expandir além das estrelas. Em uma determinada região da galáxia, você deverá explorar, gerenciar e colonizar enquanto negocia com outras civilizações: seja pela força ou pela diplomacia. 

A franquia se tornou uma das queridinhas entre o público, por trazer grandes eventos e uma hierarquia de poder que se alterna conforme o tempo avança. Imagine viver no mundo de Star Wars, com a democracia em um momento, o império em outro e por aí se segue. De crises galácticas a eventos que contam a história sobre impérios que já caíram, ele chegou de forma avassaladora e conquistou muitos fãs. 

 

1. Civilization

Com sete jogos e um grande legado, a Firaxis traz com Civilization um dos jogos 4X mais famosos de todos os tempos. Ainda que seja visto muitos estúdios mudando parâmetros e trazendo novidades, os seus lançamentos costumam ditar o caminho para onde o gênero seguirá e quais recursos novos farão parte da nova geração de games do gênero.

O último grande capítulo da franquia foi lançado em fevereiro de 2025, sendo o primeiro a chegar simultaneamente nos PCs e nos consoles de mesa (como PlayStation, Xbox e Nintendo). Na experiência você assume o papel de grandes líderes da História, que podem ser alocados em diferentes regiões (com bônus em certos cenários) para desenvolver não apenas aquela região, mas eles como personagens também. 

 

Dicas para iniciantes em jogos 4X

Se você está começando agora com os jogos 4X, algumas dicas são valiosas para não se sentir perdido ou já levar uma sacudida da IA dos games. A primeira é: tudo tem a sua primeira vez, então não se cobre ao extremo. Você pode ser um mestre dos soulslike, enfrentar qualquer chefão em qualquer jogo sem perder 1 ponto de HP sequer. Porém, nada disso tem valor algum por aqui.

Dito isso, comece em um mapa de tamanho médio e com uma dificuldade abaixo da que está acostumado. O “Normal” de quem joga os games do gênero não é o seu normal. Conforme descobre como as coisas funcionam, começa a dominar o ritmo e cresce, aí sim a experiência se torna mais prazerosa e permite que teste outros níveis. 

Segundo e não menos importante: dê a devida importância para explorar. Desta forma, muitos fatores ficam ainda mais claros para você: como os recursos que podem ser obtidos em determinadas áreas, os seus principais inimigos e passa a pensar quais serão suas primeiras decisões baseadas nisso. Não conhecer significa derrota logo de cara.

Atualmente alguns jogos 4X também oferecem missões e campanhas, que ajudam os jogadores a se manter no trilho para os seus próximos passos. Isso é uma ajuda e tanto, então preste bastante atenção nelas para te guiar dentro do que o game está preparando. Isso pode auxiliar bastante a avançar e dominar melhor o gênero. 

Imagem de Civilization VI
Civilization VI ainda é uma excelente porta de entrada para o público (Imagem: Divulgação/Firaxis Games)

Alguns títulos são amigáveis para os novatos: Civilization V e VI, Endless Space e Sins of a Solar Empire: Rebellion, por exemplo, são excelentes portas de entrada para quem está começando agora e quer aprender mais sobre este universo. Dominando algum deles (ou todos), você saberá que está com a preparação em dia para encarar outros.

Futuro dos jogos 4X

Com as tecnologias mais atuais e como uma forma de atrair ainda mais jogadores, os estúdios têm trabalhado em formas diferentes de introduzir jogos 4X aos fãs. Uma delas é através da narrativa: se antes você construía sua própria história, agora alguns deles te fornecem um caminho a seguir, facilitando o trajeto até pontos mais avançados.

O multiplayer online também tem sido a saída de outros, que veem na interação do público um grande ponto de atenção. Ara: History Untold, lançado em 2024, tem suporte a até 36 jogadores simultaneamente em seu maior mapa. Um número gigantesco, mas também extremamente competitivo e que gera diversos conflitos e alianças. 

Imagem de Ara: History Untold
Ara: History Untold é um jogo 4X que comporta até 36 jogadores (Imagem: Divulgação/Oxide Games)

O avanço da tecnologia tem auxiliado bastante a estes estúdios a trazerem gráficos e recursos cada vez mais robustos, mas o que realmente tem chamado a atenção do público são as iniciativas vistas de forma paralela. 

Desenvolvedores independentes estão recebendo bastante espaço, principalmente em plataformas como o PC e Nintendo Switch. Isso sem contar nas opções de software aberto como Freeciv, FreeCol, Freeorion, C-evo e Golden Age of Civilizations (todos com nomes inspirados em grandes franquias, para maior adesão entre os fãs).

Vindos de uma longa linhagem e crescendo cada vez mais no coração dos fãs, os jogos 4X trazem muita diversão para aqueles mais pacientes e que enxergam o universo ao seu redor como um tabuleiro de xadrez: visualizando sempre várias jogadas à frente, se posicionando de acordo com o que é apresentado em seus planos e pelas forças externas. 

Mesmo que não pense desta forma, não desanime: sempre é um bom momento para dar um primeiro passo e conhecer mais das experiências diferentes das que temos em abundância no mercado. Apesar de muito populares, os games FPS, battle royale, de esportes, mundo aberto e RPGs não são tudo que existem e dar a chance a outros pode te abrir um novo horizonte. Que tal experimentar um jogo 4X?

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