Como funciona a abertura variável em câmeras de celulares

Alguns celulares mais avançados da atualidade possuem câmeras com abertura variável para melhorar a qualidade de fotos e vídeos. Embora seja um recurso muito específico e normalmente exclusivo de modelos mais caros, seu funcionamento é relativamente simples.

Para entender melhor, primeiro é preciso saber o que é a “abertura”. Quando alguém tira uma foto, o sensor da câmera capta a luz que entra em suas diferentes cores, e então transforma essas informações em um arquivo digital — portanto, a abertura é justamente esse espaço pelo qual a luz passa.

As aberturas de câmeras de smartphones costumam ser listadas juntamente com a quantidade de MP do sensor. Elas são medidas no formato f/stops, em que os stops aparecem em um número com um decimal — f/1.5, f/2.4 e assim por diante — quanto maior o número que acompanha o “f”, menor é a abertura.


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  • Aberturas maiores permitem mais entrada de luz, o que é uma vantagem para obter imagens mais bonitas durante a noite ou em ambientes escuros. Além disso, elas dão uma profundidade de campo mais estreita, o que gera um efeito natural de desfoque mais forte em elementos que não estejam no foco principal da imagem.
  • Aberturas menores têm menos entrada de luz, o que pode evitar a superexposição (ou excesso de claridade) da imagem em ambientes mais iluminados. A maior profundidade de campo aumenta o foco em todos os elementos da cena ao mesmo tempo, o que tende a reduzir o valor artístico da foto, mas pode ser útil em alguns casos.
Xiaomi 14 Ultra
Celulares com abertura variável podem oferecer maior versatilidade (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

Portanto, celulares com abertura variável serão capazes de alternar entre esses diferentes configurações, para obter as características de imagem mais adequadas para cada caso. Além disso, a possibilidade de realizar ajustes manuais dá maiores opções criativas para quem deseja usar os modos “Pro” da câmera, embora esse não seja o objetivo de grande parte dos consumidores.

Tipos de abertura variável

Alguns celulares com abertura variável terá o recurso por meio de dois ou mais stops definidos, sem possibilidade de alternar entre pontos intermediários entre eles. Embora ainda se enquadrem como modelos que trazem a tecnologia, eles ainda entregarão possibilidades limitadas para mexer com as características de imagem.

No entanto, outras opções trazem a abertura variável contínua, que dá total flexibilidade para ajustar a exposição e profundidade de campo das imagens. É o caso do Xiaomi 14 Ultra, que permite mudar em qualquer ponto entre f/1.6 e f/4.0.

Celular com abertura variável na câmera é melhor?

Mesmo que seja considerado um recurso extra em celulares de câmeras avançadas, a presença da abertura variável não é suficiente para definir se as fotos e vídeos sairão com alta qualidade. Afinal, esse julgamento deve ser feito com base em diferentes fatores em conjunto, incluindo o tamanho e resolução do sensor, abertura máxima e capacidade de processamento de imagem do smartphone.

Samsung Galaxy S10
Recurso não costuma ser prioridade das grandes marcas (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)

Além disso, a inclusão do recurso em celulares não costuma estar entre as prioridades das principais marcas, o que reforça a possibilidade de as câmeras serem boas sem ele. A Samsung usou a abertura variável pela última vez no Galaxy S10 de 2019, enquanto a Apple sequer implementa esse tipo de controle em seus modelos de iPhone.

Em geral, o foco das fabricantes está em fazer câmeras com melhor precisão de cores e nitidez, além de versatilidade para funcionar em diferentes ambientes por meio de múltiplos sensores. Portanto, esses são os fatores a serem levados em consideração na hora de escolher um celular com base em seus conjuntos ópticos.

Quais celulares têm câmera com abertura variável?

Embora seja uma funcionalidade considerada rara, e cada vez menos usada pelas principais marcas, é possível listar alguns dispositivos que contam com a abertura variável:

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Ranking de séries mais vistas da semana segue com Adolescência no topo

Além de Adolescência, série que já é uma das mais populares da história da Netflix, o ranking de shows mais vistos da semana trouxe muitas estreias e season finales que repercutiram entre o público.

Entre os destaques do período estão títulos como Ruptura, que embora tenha transmitido seu último episódio já há alguns dias continua reverberando entre a audiência, curiosa para descobrir todos os mistérios que cercam a Lumon.

Além dele, O Estúdio, nova comédia de Seth Rogen que acaba de chegar ao Apple TV+, e Paradise, que terminou sua primeira temporada com bastante audiência para o Disney+, também seguem dando o que falar. Isso sem falar de títulos como Demolidor: Renascido, Reacher e The White Lotus.


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Séries mais vistas da semana

Para ver em detalhes tudo o que bombou ao longo da última semana (período compreendido entre 24 a 30 de março), o Canaltech traz abaixo a lista das 10 séries mais vistas do momento feita com base na busca dos usuários do Justwatch. Confira!

1. Adolescência

Minissérie fenômeno que entrou para o top 10 de produções mais vistas da história da Netflix, Adolescência é uma produção britânica de drama policial co-criada e estrelada por Stephen Graham. Com quatro episódios gravados em plano sequência (técnica em que a tomada é contínua e não há nenhum corte na gravação), o show trata de temas como perigos das redes sociais, masculinidade tóxica, bullying e pressão social.

 

Protagonizada pelo jovem ator Owen Cooper, a série gira em torno de um garoto de 13 anos acusado de assassinar uma colega de classe. Enquanto sua família e a polícia buscam entender o que aconteceu, o garoto, outros alunos e uma psicóloga forense ajudam a elucidar para o público o quadro tenebroso que culminou em sua prisão

Adolescência está disponível na Netflix.

2. Ruptura

 

Série mais popular da história do Apple TV+, Ruptura é uma produção de ficção científica e suspense psicológico que acaba de encerrar sua segunda temporada. Já renovada para a terceira season, a série criada por Dan Erickson e produzida por Ben Stiller levantou diversas teorias entre os fãs, graças às reviravoltas, “estranhezas” e mistérios de sua narrativa.

Ambientada na Lumon Industries, uma corporação de biotecnologia cujos funcionários têm sua memórias divididas entre suas versões dentro e fora do escritório, a trama segue os passos de Mark, um funcionário da empresa que passou pelo procedimento, mas começa a desconfiar de que há algo de errado com o local.

Ruptura pode ser vista no Apple TV+.

3. Reacher

 

Uma das obras de porradaria mais queridinhas da atualidade, Reacher é uma série de ação original do Prime Video baseada nos livros de Lee Child. Estrelada por Alan Ritchson, a produção teve sua terceira temporada lançada recentemente na plataforma e já foi renovada para um quarta season, ainda sem data oficial de lançamento.

Com um terceiro ano que detém o posto de season mais assistida da história do Prime Video, o show acompanha as aventuras de Reacher, um ex-policial militar que tem uma mente tão desenvolvida quanto seus músculos e enfrenta criminosos perigosos ao longo de suas viagens pelos Estados Unidos.

Reacher faz parte do catálogo do Prime Video.

4. O Estúdio

 

Comédia satírica co-criada e estrelada por Seth Rogen, O Estúdio é uma série que mal chegou no Apple TV+ e já vem dando o que falar. Contando com um elenco estrelado que passa por nomes como o de Catherine O’Hara, Bryan Cranston, Martin Scorsese, Charlize Theron, Greta Lee e Ron Howard, a produção tem liberado episódios semanalmente no streaming.

Seguindo o rastro de shows como A Franquia – que também expunha bastidores e tirava sarro de Hollywood – o título segue os passos de Matt Remick, um apaixonada por cinema, recém-nomeado chefe do Continental Studios, que toma um choque de realidade ao ver como a indústria de filmes de fato funciona.

O Estúdio faz parte do catálogo do Apple TV+.

5. Demolidor: Renascido

Ainda em exibição no Disney+, Demolidor: Renascido é uma série baseada no personagem de mesmo nome dos quadrinhos, integrante do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês). Um dos títulos mais aguardados do ano na plataforma, a produção estrelada por Charlie Cox funciona como um revival/continuação da série Demolidor, exibida pela Netflix entre 2015 e 2018.

 

Já com uma segunda temporada em desenvolvimento, a série se passa vários anos após a história original e um ano após Matt Murdock, o advogado cego que se esconde sob o manto do vigilante mascarado, ter deixado seus dias de herói para trás. Nesse cenário, Murdock continua a buscar justiça por meio da profissão ao mesmo tempo em que o ex-chefe do crime Wilson Fisk é eleito prefeito da cidade de Nova York.

Demolidor: Renascido está disponível no Disney+.

E mais:

6. Uma Família Perfeita
7. The White Lotus
8. Paradise
9. Solo Leveling
10. A Roda do Tempo

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5 filmes e séries com Jonathan Bailey, de Wicked e Bridgerton

Jonathan Bailey é conhecido por suas atuações no cinema, teatro e televisão. Mais recentemente, ele interpretou Fiyero em Wicked (2025), filme adaptado do famoso musical da Broadway. Ainda em 2025, ele também entra em cartaz com Jurassic World: Recomeço, previsto para estrear em julho. A seguir, confira cinco sugestões de filmes e séries com o ator para assistir no streaming.

Filmes e séries com Jonathan Bailey para maratonar

Abaixo, o Canaltech reúne cinco títulos com o ator no elenco para assistir. Confira mais detalhes sobre os seguintes filmes e séries, e onde assisti-los, a seguir:

  • Wicked  
  • Companheiros de Viagem
  • Crashing 
  • Bridgerton
  • Jurassic World: Recomeço

Wicked 

 

Wicked é uma adaptação do musical de mesmo nome para os cinemas que, por sua vez, é baseado no romance Maligna A História Não Contada Das Bruxas De Oz, uma versão alternativa do romance infantil O Maravilhoso Mágico de Oz. O filme foi dividido em duas partes, e conta com a participação de Ariana Grande no papel de Galinda, que se torna Glinda, a Bruxa Boa do Sul, e Cynthia Erivo como Elphaba, que acaba se tornando a Bruxa Má do Oeste.


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Na trama, Jonathan Bailey é Fiyero, um príncipe que atrai os olhares de Galinda e Elphaba e que mais tarde, vira o Espantalho. Wicked estreou em novembro de 2024 no Brasil, e já pode ser alugado no streaming. O título está disponível no Prime Video, Apple TV e YouTube, e está disponível por preços a partir de R$ 14,90. 

Companheiros de Viagem

 

Em Companheiros de Viagem, Jonathan Bailey interpreta Tim Laughlin, um jovem que encanta Hawkins Fuller (Matt Bomer), um político discreto e bem-sucedido. Os dois se envolvem em um romance nos anos 1950 que atravessa as décadas, passando pelos protestos contra a Guerra do Vietnã, nos anos 1960, a era do disco e das drogas, nos anos 1970 e a pandemia de AIDS, na década de 1980.

A minissérie, de 8 episódios, lançada em 2023, está disponível no streaming pelo Paramount+. Ela é avaliada com nota 8,2 de 10 no IMDb e tem aprovação de 90% da audiência do Rotten Tomatoes. 

Crashing 

 

Crashing é uma série britânica de comédia escrita por Phoebe Waller-Bridge (Fleabag). Na trama, ela interpreta Lulu, uma jovem que, com mais cinco amigos, se muda para um hospital abandonado para economizar dinheiro. Na série, Jonathan Bailey é Sam, um rapaz viciado em sexo. 

Crashing foi lançada em 2016. A série, que tem seis episódios, está disponível no streaming pela Netflix. Ela é avaliada com nota 7,6 de 10 no IMDb e tem aprovação de 83% no Rotten Tomatoes. 

Bridgerton

 

Bridgerton é uma série de época ambientada na Londres de 1800. A trama foca na família Bridgerton, composta por oito irmãs. Daphne, a mais velha das meninas, está à procura de um homem respeitoso para se casar, até que Simon Basset (Regé-Jean Page) aparece. Na série, Jonathan Bailey interpreta Anthony Bridgerton, o filho mais velho. 

A série tem três temporadas, e já foi renovada para a quarta. Ela está disponível no streaming pela Netflix e é avaliada com nota 7,4 de 10 no IMDb, além de ter aprovação de 84% pelo Rotten Tomatoes.

Jurassic World: Recomeço

 

Jurassic World: Recomeço é o novo título da franquia de filmes Jurassic Park. O longa estreia em julho de 2025, e traz Jonathan Bailey no papel do paleontólogo Dr. Henry Loomis. A trama se passa cinco anos após o último filme da franquia, Jurassic World: Domínio, lançado em 2022. 

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Switch 2 é o console mais caro da Nintendo nos últimos 30 anos

O Nintendo Switch 2 foi anunciado com o preço sugerido de US$ 449 e é, por uma extensa margem, o videogame mais caro da companhia nos últimos 30 anos. Dados mostram que o salto tecnológico entre gerações não foi possível sem custos mais elevados, estes que foram deixados para o bolso dos consumidores e causaram diversas reclamações.

O fundador da página Polygon, Christopher Grant, revelou que, ao analisar a inflação nas últimas décadas e o preço de lançamento de cada console da Nintendo, o Switch 2 tem o maior preço entre todos os consoles da Nintendo desde o Nintendo 64. 

Para isso, ele colocou o novo console híbrido ao lado de todos os videogames de mesa lançados pela companhia. Ao trazer os preços de cada um em seu lançamento, é possível definir como a inflação acompanhou os preços no passar dos anos e como cada um seria representado atualmente.


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E para a surpresa de muitos, o Nintendo Switch 2 supera o preço (mesmo com adicional de inflação) de quase todos os videogames lançados pela corporação desde 1996. Confira a tabela:

Preço de todos os consoles Nintendo
Console Lançamento Preço Preço ajustado à inflação (jan/2025)
NES Outubro de 1985 US$ 179 US$ 519,72
SNES Agosto de 1991 US$ 199 US$ 459,78
Nintendo 64 Setembro de 1996 US$ 199 US$ 398,01
GameCube Novembro de 2001 US$ 199 US$ 354,03
Wii Novembro de 2006 US$ 249 US$ 390
Wii U Novembro de 2012 US$ 299 US$ 409,89
Switch Abril de 2017 US$ 299 US$ 387,06
Switch 2 Junho de 2025 US$ 449 ————

Ele só perde para os dois primeiros consoles de mesa da companhia: o Nintendinho e o Super Nintendo. E nota-se que, por apenas US$ 10, ele não supera o SNES neste ranking.

Vale reforçar que os preços da inflação são baseados nos dados apresentados no mês de janeiro. Isso deve ser atualizado novamente no mês de junho de 2025 (mesmo mês de lançamento do Nintendo Switch 2) e pode trazer mudanças neste “ranking”.

Nintendo Switch 2 e preços

Se já não bastasse o preço do Nintendo Switch 2 sendo o principal motivo de discussão desde a última quarta-feira, vale notar que o valor dos jogos também terá um salto. Se no PS5 e Xbox Series vemos os principais games chegando a até US$ 70, a companhia aumentará o padrão e cobrará US$ 80 pela versão digital de suas experiências. A mídia física terá o preço de US$ 90.

Imagem de Donkey Kong Bananza
Os jogos do Nintendo Switch 2 chegarão a partir de US$ 80 (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Enquanto muitos acreditaram que este “novo padrão” seria apresentado apenas pela Take-Two Interactive e pela Rockstar para o novo GTA 6, a Nintendo saiu na frente e já está praticando valores acima dos rivais. A mudança tem causado diversas reações por toda a internet, com muitos clamando que isso desmotiva a adquirir o novo console e que manterá a base conquistada pelo primeiro Switch afastada da nova geração.  

O que aconteceu com os US$ 399?

Diversas análises de mercado e insiders clamaram, antes do anúncio, que o Nintendo Switch 2 chegaria nas lojas por US$ 399. O valor foi bem-recebido pela comunidade, representando um aumento de US$ 100 em comparação ao valor atual da primeira versão.

No entanto, as informações apresentadas após o Nintendo Direct foram bem claras: ele seria vendido por US$ 449 na sua versão mais simples, ao lado de um bundle com Mario Kart World por US$ 499. Isso causou um impacto no público, que poderá comprar o console e o seu principal jogo no lançamento por US$ 200 de diferença em comparação ao valor do seu antecessor.

 

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Recondicionado ou seminovo? Saiba a diferença e qual vale mais a pena

Você provavelmente já se deparou com produtos categorizados como seminovos ou recondicionados no marketplace. Essas variações podem causar uma certa confusão e, muitas vezes, o risco de se fazer uma compra que não atinja suas reais expectativas é alto – especialmente porque essas alternativas costumam ser mais baratas.

Por isso, é importante saber diferenciar essas categorias para evitar frustrações. A seguir, separamos as principais características de cada uma, visando sanar qualquer dúvida a respeito. Confira:

O que é um produto seminovo?

O termo “seminovo” é apenas um sinônimo de “usado”, então sempre que você ver um anúncio especificado dessa forma, tenha em mente que aquele item não é de primeira mão. É raro ver esse tipo de produto em marketplaces de grandes redes varejistas, sendo bem mais comum em plataformas direcionadas para vendas do público geral.


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Esses produtos são mais baratos justamente porque já foram usados – e não precisa de muito para entrar na categoria de seminovo, basta romper o lacre e retirar o item da caixa.

Muitas vezes, é possível encontrar mercadorias em estado de novo, que nem sequer foram utilizadas pelo primeiro dono, mas rotuladas como usadas simplesmente pelo fato de não estarem mais lacradas de fábrica.

Produtos usados podem ser vantajosos nos preços, mas fique atento aos detalhes (Robin Worral/Unsplash)

Ludmila Brait, responsável pelos projetos especiais do Enjoei (plataforma dedicada à venda de produtos usados), explica mais sobre os seminovos:

“É fundamental que os vendedores descrevam de maneira detalhada em sua loja o estado de cada peça, incluindo possíveis marcas de uso e fotos que mostrem de maneira nítida a condição real do produto.

Para garantir que essas transações ocorram de maneira segura, reforçamos em nossas comunicações que toda compra e venda deve ser conduzida dentro da plataforma e que, caso o produto não corresponda à descrição do vendedor, a nossa política interna garante que o comprador devolva o item”.

O que é um produto recondicionado?

Apesar de serem duas categorias diferentes, os recondicionados não estão tão distantes dos seminovos.

Trata-se de um produto usado que foi devolvido ao fabricante dentro do período de garantia; dessa forma, eles foram reparados e higienizados, voltando ao mercado em plenas condições de uso.

Os recondicionados costumam ser mais comuns em dispositivos eletrônicos. Na maioria dos casos, o indivíduo recebe um item com defeito e faz a devolução; como ainda está novo, o fabricante apenas substitui as peças defeituosas e volta a vendê-lo

Por ser um produto que já foi aberto e modificado, ele retorna ao mercado com um preço mais baixo, visando garantir um negócio mais vantajoso ao cliente.

A Dell é uma das adeptas desta prática, disponibilizando notebooks recondicionados em seu site. Cesar Lovato, gerente de vendas e líder da Dell Outlet Latam, explicou ao Canaltech como funciona esse processo:

“Nossos produtos recondicionados oferecem uma excelente oportunidade para a aquisição de tecnologia de ponta a um preço mais acessível.

Originários de devoluções por troca, restituição de valor ou cancelamentos de compra dentro dos períodos permitidos pelas políticas de garantia da Dell, esses produtos podem ter sido previamente utilizados ou abertos.

Embora possam apresentar pequenas imperfeições estéticas, eles passam por um rigoroso processo de revisão e recondicionamento, seguindo os mesmos padrões de teste da nossa linha de produção original, garantindo total funcionalidade e confiabilidade”.

Qual vale mais a pena?

De uma forma objetiva, não existe uma opção mais vantajosa do que outra. Em ambas as categorias, o custo-benefício sempre será o fator que deve ser priorizado – e para isso, é necessário considerar alguns pontos.

Os recondicionados são vendidos pelos próprios fabricantes e oferecem garantia (Bruno Bertonzin/Canaltech)

Em produtos usados, fique atento ao estado de conservação. Avalie bem as fotos, confira se não há avarias na parte estética e, se possível, consulte o vendedor para saber se está funcionando normalmente. Muitas vezes, é possível encontrar negócios mais vantajosos do que com um recondicionado – mas é preciso ter cautela.

Já os recondicionados têm a garantia de que estão em bom estado de conservação, pois são produtos vendidos pelos próprios fabricantes, na maioria das vezes. É por isso que eles costumam ser mais caros que os seminovos – mas para quem não quer arriscar, não deixa de ser uma boa opção. Eles também dispõem de garantia, serviço que não encontramos em itens usados.

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Será que o Galaxy A56 é o novo rei dos intermediários? Veja no vídeo abaixo:

 

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Como foram construídas as Sete Maravilhas do Mundo Antigo?

Apesar de famosas, as Sete Maravilhas do Mundo Antigo são bastante misteriosas. Muito do que sabemos sobre esses monumentos (que não existem mais) vem de mitos e tradições locais. De concreto, temos pouco sobre a construção. Contamos, entretanto, com pesquisas arqueológicas que revelam alguns segredos de partes da história humana.

A Pirâmide de Quéops

Também chamada de Grande Pirâmide de Gizé, a imponente obra é a única das maravilhas ainda em pé e majoritariamente intacta. Sendo a maior do trio de pirâmides da Necrópole de Gizé, sua construção começou em cerca de 2.560 a.C. e levou entre 10 e 20 anos. O responsável, segundo relatos, foi Hemiunu, vizir do faraó Quéops, que ordenou o projeto.

As pedras teriam sido empilhadas com facilidade, mas, à medida que foi crescendo, trabalhadores começaram a utilizar sistemas de rampas feitos com troncos e cordas.


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A Grande Pirâmide de Gizé, ou de Quéops, tinha um revestimento de pedras brancas e ouro no topo, mas foi saqueada ao longo dos milênios — ela está em pé há mais de 4.000 anos (Imagem: Ahmed ashraf/Unsplash)
A Grande Pirâmide de Gizé, ou de Quéops, tinha um revestimento de pedras brancas e ouro no topo, mas foi saqueada ao longo dos milênios — ela está em pé há mais de 4.000 anos (Imagem: Ahmed ashraf/Unsplash)

Alguns especialistas acreditam que as rampas teriam sido internas, enquanto outros creem na hipótese de estarem do lado de fora. Há, ainda, a versão que aposta em uma rampa única, em um dos lados. Sabe-se, contudo, que cem mil construtores trabalharam, pagos com comida e cerveja. Pesquisas recentes mostram que um fluxo já extinto do Rio Nilo passava próximo, indicando que os blocos de pedra (2,3 milhões), chegaram por via fluvial.

A Estátua de Zeus

Com mais de 12 metros, a Estátua de Zeus, em Olímpia, foi construída em cerca de 435 a.C. Na cidade, gregos antigos realizavam as olimpíadas. A escultura foi encomendada pelo então governante de Atenas, Péricles, ao escultor Fídias (famoso pelas suas habilidades), e era composta de madeira com placas de marfim e paineis de ouro. Reproduzia Zeus sentado num trono de cedro, com ornamentos em ébano, marfim e pedras preciosas.

A Estátua de Zeus em Olímpia é bem descrita: o deu segurava a deusa Nice, da vitória, na mão direita, e um cetro com águia no topo na esquerda (Imagem: Ubisoft/Divulgação)
A Estátua de Zeus em Olímpia é bem descrita: o deu segurava a deusa Nice, da vitória, na mão direita, e um cetro com águia no topo na esquerda (Imagem: Ubisoft/Divulgação)

Uma escada em espiral levava a uma galeria no pé-direito do templo, de onde se podia ver a águia no topo do cetro, símbolo de poder. A ostentação, contudo, teve um fim trágico: a obra, que foi levada a Constantinopla em 394 d.C., queimou em um incêndio em 462 d.C.

O Mausoléu de Halicarnasso

Pronto em 321 a.C., o Mausoléu de Halicarnasso foi tão importante que levou à criação e ao uso do próprio termo mausoléu como um grande túmulo. Com 45 metros de altura, teve a construção ordenada por Mausolo, um sátrapa (governante das províncias gregas, as também chamadas satrapias) da Cária, que escolheu a Halicarnasso como sua capital.

O Mausoléu de Halicarnasso foi um túmulo tão famoso que originou a palavra Mausoléu, já que nele foi enterrado Mausolo (Imagem: Carole Raddato/CC-BY-S.A-2.0)
O Mausoléu de Halicarnasso foi um túmulo tão famoso que originou a palavra Mausoléu, já que nele foi enterrado Mausolo (Imagem: Carole Raddato/CC-BY-S.A-2.0)

Mausolo morreu em 353 a.C., sem ver o túmulo pronto. Sua irmã e esposa Artemísia II seguiu com a construção (também morrendo dois anos depois, mas antes do término). Foram os operários que terminaram o monumento funerário, que incluía três pisos. No primeiro, havia esculturas em alto-relevo de uma batalha; no segundo, cenas cotidianas; no terceiro, de caça a animais; no topo, 36 colunas erguiam-se até o teto, com estátuas de Mausolo e Artemísia. Uma quadriga puxava os líderes acima da pirâmide com um terço da altura final.

O monumento foi sendo demolido a partir do século XV para a construção de castelos, mas já era descrito como uma ruína. Em 1522, ocorre a demolição completa, mas há restos presentes no Museu Britânico, em Londres, e em Bodrum (antiga Halicarnasso), na Turquia.

O Templo de Ártemis

Construído em Éfeso, na Grécia, no século VI a.C., o Templo de Ártemis tinha 127 colunas de mármore de 20 metros, homenageando a deusa da caça e dos animais selvagens. Na arquitrave (um grande triângulo no frontão) esculturas mostravam amazonas míticas armadas, aparentando uma invasão.

Pouco sobrou do Templo de Ártemis: esta é uma miniatura representando o monumento em seu auge, em Istambul, Turquia (Imagem: Zee Prime/CC-BY-S.A-3.0)
Pouco sobrou do Templo de Ártemis: esta é uma miniatura representando o monumento em seu auge, em Istambul, Turquia (Imagem: Zee Prime/CC-BY-S.A-3.0)

O local contava com uma estátua de Ártemis com 15 metros feita de ouro, ébano e prata, ostentando inúmeros seios em sinal de fertilidade. Reconstruído após um incêndio em 356 a.C., o templo foi destruído em 262 d.C. pelos godos (povo germânico). Atualmente, há apenas uma coluna em pé, após restauração.

O Colosso de Rodes

Com 33 metros de altura e feito de bronze, o Colosso de Rodes homenageava Hélios, o deus-titã do Sol na mitologia grega, e ficava na ilha de mesmo nome. Há controvérsias, porém, sobre a localização. Relatos contam que teria sido feita no porto, mas há quem diga que ficava sobre uma colina. A cabeça, provavelmente, tinha raios solares, mas não há muitos detalhes. A obra sobreviveu por poucas décadas, ruindo num terremoto em 226 a.C.

O Colosso de Rodes possui poucos detalhes confiáveis conhecidos: pode ter ficado no porto de Rodes ou em uma colina (Imagem: Tony Hisgett/CC BY-NC-SA)
O Colosso de Rodes possui poucos detalhes confiáveis conhecidos: pode ter ficado no porto de Rodes ou em uma colina (Imagem: Tony Hisgett/CC BY-NC-SA)

Sua construção foi iniciada em 292 a.C. (até 280 a.C) e derivou do conflito entre sucessores de Alexandre, o Grande, que herdaram satrapias do monarca. Ptolemeu I do Egito impediu uma invasão de Demétrio, um dos sátrapas, a Rodes. Em agradecimento, os moradores da ilha venderam os equipamentos militares abandonados pelos derrotados e usaram o dinheiro para financiar a obra. Feito pelo escultor Chares, o monumento foi erguido em um pedestal de mármore de três metros de altura e 18 metros de diâmetro.

O Farol de Alexandria

Construído entre 280 a.C. e 247 a.C., ficava na ilha de Faros, em frente à cidade de Alexandria. A obra foi ideia de Ptolemeu I (mesmo de Rodes), e concluída por seu filho.

O Farol de Alexandria é famoso por ter inspirado outras construções do tipo, gerando inclusive a palavra farol, vinda de Faros (Imagem: Віщун/CC-BY-S.A-4.0)
O Farol de Alexandria é famoso por ter inspirado outras construções do tipo, gerando inclusive a palavra farol, vinda de Faros (Imagem: Віщун/CC-BY-S.A-4.0)

A base do Farol de Alexandria era quadrada, com uma torre em três partes. A primeira era um grande retângulo; enquanto, a segunda, octogonal, e, a terceira, cilíndrica. Uma fogueira no topo refletia as chamas para grandes espelhos de bronze que iluminavam o porto. Com 134 metros, o alcance do farol era de 50 km. No topo, havia uma estátua – de Zeus ou de Poseidon. A massa dos blocos alvenaria levava chumbo derretido para aguentar as ondas.

Grandes terremotos registrados causaram danos nos anos de 956 d.C.,13031323. Em 1480, o restante foi usado para construir uma fortaleza e há restos no fundo do Mar Mediterrâneo. Sua importância rendeu ao local — Ilha de Faros — a origem da palavra “farol”.

Os Jardins Suspensos da Babilônia

Terminamos a lista com a mais enigmática das Sete Maravilhas do Mundo Antigo: os Jardins Suspensos da Babilônia. Não há relatos confiáveis sobre a forma ou localização.

A obra teria sido ideia de Nabucodonosor II, segundo imperador neobabilônico, no século VI a.C, para agradar a esposa Amytis, do reino da Média (atual Irã), que sentia falta de verde. Canais traziam a água do rio Eufrates, regando as plantas e refrescando o local. Teria sido feito com tijolos de argila e decorações azuis, impermeabilizado com junco, piche e chumbo

Os Jardins Suspensos da Babilônia são a maravilha do mundo antigo mais misteriosa de todas: não há certeza sequer sobre sua localização (Imagem: Ferdinand Knab/Domínio Público)
Os Jardins Suspensos da Babilônia são a maravilha do mundo antigo mais misteriosa de todas: não há certeza sequer sobre sua localização (Imagem: Ferdinand Knab/Domínio Público)

Há algumas teorias; a primeira prega que os relatos romanos e gregos seriam ficcionais; a segunda que os jardins eram na Babilônia mesmo (atual Iraque), mas foram destruídos no século I d.C; e uma terceira coloca os jardins em Nínive, conhecida como Nova Babilônia.

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VÍDEO: Passagem para o submundo Zapoteca

 

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5 apps para reconhecer plantas pelo celular

Os aplicativos de identificação de plantas entregam uma variedade de informações, como a espécie, locais onde são encontradas e até dicas de cuidados.

5 aplicativos para reconhecer plantas

Confira abaixo algumas opções de apps para reconhecimento de plantas e veja qual se encaixa melhor com sua necessidade. 

  1. PlantNet
  2. PictureThis
  3. Seek
  4. LeafSnap
  5. Plantify

1. PlantNet

É um app gratuito que utiliza inteligência artificial para reconhecer plantas a partir de fotos tiradas pelo próprio aplicativo ou enviadas pelo usuário. A partir da sua base de dados colaborativa, ele identifica qual é a planta enviada, fornecendo seu nome científico e características. 


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Basta baixar o app, escolher o país onde utilizará e enviar as fotos das plantas. Como as informações são baseadas em sua base de dados colaborativa, a depender da raridade da espécie, podem haver dificuldades na identificação.

Também é possível explorar as plantas enviadas por outros usuários, num tipo de “feed” que há no app.

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O PlantNet utiliza sua localização para mostrar as espécies locais (Imagem: Captura de tela/Marcelo Salvatico/Canaltech)

2. PictureThis

O PictureThis promete alta precisão e também utiliza IA para identificar plantas. Ele oferece dicas de cuidados para cada planta, além de informações sobre possíveis doenças e pragas, e como tratar. 

Outra vantagem deste app é a possibilidade de entrar em contato com botânicos para ter informações mais detalhadas e específicas sobre sua planta. 

O aplicativo é indicado principalmente para pessoas que cultivam plantas em casa. É possível utilizá-lo de forma gratuita por um de teste de uma semana, tendo que pagar uma assinatura ao fim deste período.

3. Seek

Outra opção gratuita, o Seek é desenvolvido por uma parceria da California Academy of Sciences e do National Geographic. Além de identificar plantas, ele utiliza IA para descrever animais e fungos

Seu diferencial é a possibilidade de baixar as informações do app e utilizá-lo offline, sendo ideal para pessoas que se aventuram em locais remotos sem conexão de internet. 

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O Seek entrega descrições completas sobre a espécie identificada (Imagem: Captura de tela/Marcelo Salvatico/Canaltech)

4. LeafSnap

O LeafSnap é um app gratuito, mas que possui versão paga com recursos adicionais. É desenvolvido pela Columbia University e é mais específico que as outras opções disponíveis por ser ideal para a identificação de árvores. 

Possui uma vasta base de dados com fotos em alta resolução de diversas espécies de árvores, e consegue identificá-las a partir de suas folhas e troncos.

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Você pode adicionar suas plantas para monitoramento no app (Imagem: Captura de tela/Marcelo Salvatico/Canaltech)

5. Plantify

O Plantify é uma outra opção gratuita para quem tem como foco o cuidado com suas plantas. O app consegue identificar as espécies de plantas e também fazer diagnósticos de possíveis doenças, indicando a possível cura.

Por lá o usuário pode criar lembretes para o cuidado com a planta e calcular a quantidade de luz e água que sua planta precisa

Há também uma versão paga do aplicativo com mais funcionalidades.

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Você encontra a quantidade exata de água que sua planta precisa no Plantify (Imagem: Captura de tela/Marcelo Salvatico/Canaltech)

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“Câmera de tubo” grava em digital 53 anos após o lançamento; veja as imagens

Os youtubers Mathieu Stan e Max Vega, especialistas em câmeras e tecnologia retrô, elevaram os limites de uma simples Sharp QC-54 a um novo patamar. Lançada em 1984, essa foi uma das primeiras e mais populares filmadoras portáteis, tendo sido projetada especificamente para uso pessoal e filmes caseiros. Através de algumas modificações, a dupla conseguiu capturar imagens digitais dentro do seu formato nostálgico.

A seguir, explicaremos essa magia através de uma breve viagem no tempo. Entenda melhor como funcionavam essas câmeras de tubo e o que foi necessário fazer para modernizá-la:

Entendendo a tecnologia retrô

Na década de 1980, a Sharp QC-54 ganhou o mercado norte-americano e europeu como uma das melhores câmeras portáteis para se ter em casa. Com uma lente f 1.9 de 10 a 30 mm, o modelo conseguia gravar vídeos em cores e trazia um design igualmente portátil e ergonômico, podendo ser segurada com uma mão só sem dificuldades.


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Assim como grande parte das câmeras retrô, ela possui apenas dois botões dedicados a suas principais funções: alterar o zoom (que tem capacidade 3:1 com visor óptico) e a temperatura das cores. O ajuste do foco se encontra no visor, bastando girá-lo até alcançar a nitidez desejada (semelhante a um binóculo).

Sharp QC-54
Sharp QC-54 original (Reprodução/Mathieu Stan)
Sharp QC-54
Sharp QC-54 modificada (Reprodução/Mathieu Stan)

Já o “tubo” fica localizado no interior do cabo, onde também se encontram todos os seus componentes. Em suma, uma filmadora analógica funciona da mesma forma que uma câmera fotográfica: elas precisam ser equipadas a uma película (que chamamos de filme) para que as imagens possam ser registradas; essa película está coberta por uma camada muito fina de cristais de prata que, ao entrar em contato com a luz, conseguem “capturar” o que está no raio de alcance da lente.

Diferente de uma câmera fotográfica, nem toda filmadora tinha um compartimento para encaixe da fita (onde ficava o filme). No caso da Sharp QC-54, a fita deveria ser acoplada a um acessório conhecido como gravador.

Trata-se de uma caixa que, no caso de uma filmadora portátil, podia ser usada como uma espécie de bolsa — o usuário a prendia no ombro por uma alça, conectava a câmera por um cabo e deixava a captura rodando.

Modificações

O processo de captura de vídeos nos anos 1980 certamente era muito mais trabalhoso que hoje em dia, mas ninguém pode negar que as gravações de câmeras retrô têm seu charme.

Hoje, a Sharp QC-54 é uma das filmadoras mais acessíveis de se encontrar no mercado de usados e, graças à sua arquitetura relativamente simples, uma das fáceis de serem modificadas.

 

No vídeo em questão, Max Vega modificou o soquete principal para fornecer energia diretamente para a câmera, além de instalar um botão de ligar e um port de saída de vídeo.

Dessa forma, tudo que Mathieu Stan fez foi conectar o dispositivo a um Mini DVR – um gravador de vídeo digital e portátil. Esse acessório permite salvar as gravações direto em um MicroSD, dispensando a necessidade de usar o gravador original.

Stan experimentou a Sharp QC-54 com diferentes lentes, incluindo olho de peixe e um adaptador anamórfico 1.5x, que possibilitou gravar imagens em aspecto muito próximo do widescreen (16:9).

Como é possível ver no vídeo, as imagens ficaram perfeitamente nítidas graças à qualidade do digital, mas sem abrir mão do seu visual retrô – que fica bem evidente em ambientes escuros, devido ao efeito “manchado” que a tecnologia de tubo cria com luzes.

Os resultados são no mínimo impressionantes, provando que a tecnologia antiga ainda tem muito a oferecer, quando combinada aos recursos modernos que dispomos hoje.

Sharp QC-54
Foto digital sem lentes especiais (Reprodução/Mathieu Stan)
Sharp QC-54
Foto digital sem lentes especiais (Reprodução/Mathieu Stan)
Sharp QC-54
Foto com lente olho de peixe (Reprodução/Mathieu Stan)
Sharp QC-54
Foto com adaptador anamórfico (Reprodução/Mathieu Stan)
Sharp QC-54
Foto com adaptador anamórfico (Reprodução/Mathieu Stan)

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