Mês: maio 2025

Left 4 Dead, Guilty Gear e mais jogos de PC em promoção no fim de semana

Comex

O mês de maio já está no fim, o cartão de muitos já virou e a dúvida que não quer calar é o que jogar neste primeiro fim de semana de junho no PC? Com diversas promoções, você poderá aproveitar bastante e curtir os melhores jogos sem pesar tanto no bolso assim.

O Canaltech buscou títulos com preço reduzido entre os dias 30 de maio e 1 de junho, abaixo dos R$ 20. Se você já estava de olho em algum deles ou em algum gênero em particular, recomendamos que corra e garanta o seu. Nem sempre vale a pena gastar, mas com bons jogos e para a sua diversão, que mal tem, não é? 

Durante este fim de semana, encontramos jogos para todos os gostos: seja alguns títulos do Festival de Zumbis x Vampiros do Steam, títulos com narrativas premiadas, passando por opções retrô e games imperdíveis. Se você quer poupar sua carteira e jogar com qualidade, confira nossa lista de jogos de PC em promoçao neste fim de semana.

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8. Left 4 Dead 2

Enfrentar e vencer hordas de mortos-vivos nunca perde a graça, principalmente quando o Steam coloca o aclamado Left 4 Dead 2 em uma promoção imperdível. Parte do Festival de Zumbis x Vampiros da plataforma, no game você se unirá aos seus amigos para enfrentar o apocalipse e sobreviver antes de se transformar em um devorador de cérebros.

Ainda que ele tenha sido lançado originalmente em 2009, seus servidores continuam cheios de jogadores e pelo preço que estão oferecendo é possível até comprar a sua unidade e uma para cada um dos amigos jogarem em cooperativo. Não que isso seja muito recomendável, mas é a diversão que mais vale no final, não é?

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7. Guilty Gear Xrd -SIGN-

Todo fã de jogos de luta conhece a franquia Guilty Gear e, gostando ou não, uma coisa é impossível de criticar: a qualidade de seu gameplay. Com personagens cativantes, animações de tirar o fôlego e combos fantásticos, toda a série é bem-vista pelo público e costuma agradar bastante quem chega no limite de quebrar os botões e analógicos em busca da vitória.

Guilty Gear Xrd -SIGN- possui um elenco de 17 personagens, diversos estágios diferentes e um modo história que pode te fazer mergulhar ainda mais dentro do universo da saga. Ainda que existam DLCs também, os jogadores podem comprar o conteúdo extra com os pontos obtidos dentro da própria experiência — o que ajudará a economizar um pouco mais.

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6. Hotline Miami

“Esta experiência é recomendada para maiores de 18 anos” é uma das melhores formas de definir Hotline Miami, clássico da Devolver Digital que não se preocupa (nem um pouco) com a quantidade de sangue que respingará em sua tela. Neste título independente de ação, violência é o que reinará absoluto e trará a glória.

Com cenários vistos de cima, você controla um misterioso anti-herói em uma Miami alternativa de 1989, que está em uma jornada brutal para assassinar todo um grupo criminoso. Instinto e reflexos te guiarão contra hordas de inimigos, enquanto busca compreender o que está acontecendo e como sair desse ciclo de pura agressividade. Ele não é icônico à toa, então se você tem idade legal para jogá-lo, vá em frente.

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5. Loop Hero

Em Loop Hero você tem um roguelite onde todos estão presos em um ciclo atemporal pelo poderoso Lich. Em busca de cards místicos, você terá de obter mais poder para enfrentá-lo e livrar a população de todo este caos que vivem através das garras do vilão.

Misturando elementos de RPG, você pode equipar diversos itens que obtém ao longo de cada partida, expandir o acampamento de sobreviventes para ter maiores facilidades dentro da experiência e ter acesso a novas classes, cards, aprimoramentos e tudo o que tem direito para vencer o desafio e libertar as pessoas.

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4. Dragon’s Dogma: Dark Arisen

Em Dragon’s Dogma: Dark Arisen você terá em mãos um dos maiores RPGs da Capcom, que traz grande interatividade com os personagens e que conta com uma aventura extremamente imersiva. Em mundo aberto, você tem de completar suas missões e ajudar as pessoas para obter mais poder e equipamentos que os ajudará na sua jornada de vingança.

Você pode contratar personagens criados por outros jogadores, explorar o vasto mundo aberto e confrontar as maiores e poderosas criaturas que a fantasia medieval já concebeu. Isso com centenas de armas e equipamentos espalhados por toda a sua extensão, apenas esperando por algum herói forte e cheio de coragem para conquistá-los. 

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3. Beyond: Two Souls

Quando falamos em qualidade narrativa em jogos, é impossível não pensar nos projetos da Quantic Dream. Beyond: Two Souls é um dos seus principais títulos e mostra a aventura de dois personagens conectados por um grande mistério — e que tem um poder decisivo sobre a vida e todo o mundo ao redor deles.

Com o elenco estelar que traz Elliot Page e Willem Dafoe, o título foi uma das grandes obras-primas do estúdio e também um dos grandes lançamentos deles na época do PlayStation 3 (o que é bem grande, já que a experiência concorre diretamente com Heavy Rain, que teve os mesmos desenvolvedores, e outros da Telltale Games).

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2. Tom Clancy’s The Division 2

Se é tiro, porrada e bomba que você busca, chegou no lugar certo. A Ubisoft e o Steam reduziram o preço de Tom Clancy’s The Division 2 e trazem uma de suas maiores aventuras em um valor mega convidativo. Em um mundo pós-apocalíptico, você terá de sobreviver ao seu unir com facções e completar tarefas que podem ou não definir a sua jornada.

Localizado em Washington e com mapa em proporção de 1:1, ele tem uma rica história e um grande multiplayer para todos curtirem juntos — claro, aqueles que continuarem de pé até o fim das partidas. Além disso, há um alto nível de personalização e a presença de expansões para quem deseja ter uma imersão ainda maior em seu universo.

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1. Legend of Heroes: Trails in the Sky

O jogo Legend of Heroes: Trails in the Sky é um dos mais grandiosos RPGs da XSEED e traz uma jornada impressionante nos PCs. Mesmo se já jogou o título no console há alguns anos, poderá contar com novos recursos como o suporte a telas widescreen, vozes em inglês e uma qualidade gráfica superior — seja no próprio gameplay ou nas belas animações.

Ao lado de Estelle e Joshua, você deve formar uma rica equipe de heróis para compreender o desaparecimento de um Bracer e entender os mistérios que o cercam. Este foi o primeiro passo de uma grande franquia, que já tem fãs no mundo inteiro e que conquista cada vez mais (o que pode trazer uma grande oportunidade para você conhecê-la a partir de agora).

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Grandes jogos em promoção

Ainda que você veja todas essas indicações de jogos em promoção, vale notar que cada plataforma possui centenas de outros — principalmente se você pode abrir um pouco mais a carteira. O importante é se divertir, independentemente do valor. 

Entre os títulos do PC que estão em oferta neste fim de semana, os destaques ficam com:

  1. Legend of Heroes: Trails in the Sky
  2. Tom Clancy’s The Division 2
  3. Beyond: Two Souls
  4. Dragon’s Dogma: Dark Arisen
  5. Loop Hero
  6. Hotline Miami
  7. Guilty Gear Xrd -SIGN-
  8. Left 4 Dead 2

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Vale a pena? Elden Ring Nightreign abandona tradição do soulslike por velocidade

Comex

Os fãs de soulslike foram pegos de surpresa com o anúncio de Elden Ring Nightreign durante o The Game Awards 2024. A princípio, mais dúvidas do que certezas surgiram por conta das mudanças e adições de outros universos, como Dark Souls. Cerca de 5 meses depois, já entendemos do que se trata e se você busca pela tradicional experiência da FromSoftware, esse jogo não é para você.

Pode parecer meio duro já de começo, mas essa é a verdade. Nightreign não chegou com a proposta dos outros títulos, como o próprio Elden Ring que serve como base. Estamos falando de um jogo roguelike de mundo aberto com o círculo que fecha o mapa como nos battle royale, com foco no multiplayer PvE e gameplay que ainda tem resquícios de soulslike, mas com mais velocidade.

Prós

  • Multiplayer muito divertido
  • Gameplay herdado de Elden Ring
  • Menus práticos que beneficiam a velocidade
  • Mundo dinâmico com eventos aleatórios

Contras

  • Mesmos problemas técnicos de Elden Ring
  • Precisa de alguns ajustes de qualidade de vida

 

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O que é Elden Ring Nightreign exatamente?

O gameplay é peça-chave nos jogos da FromSoftware. Muito do que vimos em Elden Ring ainda é mantido em Nightreign. É como se fosse Elden Ring, mas com os tênis do Sonic. Sim, porque o gameplay é mais rápido, pelo menos na movimentação, já que todos os personagens correm de forma veloz, eliminando até a necessidade do Torrent, a montaria do jogo base.

Além disso, os personagens conseguem saltar “kickando” nas paredes, sendo possível alcançar lugares mais altos como em Sekiro. E falando nele, não existe mais o agachamento em Nightreign, mecânica introduzida no game com temática japonesa, já que a velocidade agora é o foco.

Cada chefe deixa um loot com bons equipamentos (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Em termos de combate, temos a mesma receita. Eu até coloquei Elden Ring Nightreign em um PC e Elden Ring em outro para ter certeza do que realmente muda. Dá para dizer que, nesse aspecto, temos a mesma velocidade em ambos os jogos.

A noite breve de Nightreign

Diferente de Elden Ring, Nightreign não tem um mundo gigante à disposição do jogador. O jogo oferece mapas menores a cada run, com cenários que mesclam elementos e inimigos do título anterior, então tudo será familiar para quem já jogou o sucesso da FromSoftware.

O objetivo do jogo consiste em cair em um ponto predeterminado (não é possível escolher exatamente o ponto inicial como em um PUGB da vida, por exemplo), correr para coletar recursos e derrotar inimigos para ficar mais forte com a experiência adquirida.

Com o fim do primeiro dia, que acontece com o fechamento máximo do círculo, enfrentamos o primeiro chefe, que pode ser algum já conhecido de Elden Ring, ou ainda algum boss da franquia Dark Souls. Superando o desafio, seguimos para o segundo dia e repetimos tudo de novo, com a exceção de que os desafios são maiores, com chefes opcionais espalhados pelo mapa consideravelmente mais difíceis, mas com ótimas recompensas.

Sobrevivendo ao segundo dia, enfrentamos um chefe ainda mais difícil e depois seguimos para o terceiro e último, que consiste somente em um chefe principal, um Senhor da Noite. Esse, sem dúvida, é o maior desafio, mas já falo sobre os chefes.

Essas árvores chamam as águias que levam o jogador para outro local, ideal para uma fuga (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Existe recompensa em tudo. Seja limpar um acampamento, explorar uma caverna, derrotar chefes menores ou os mais fortes e, principalmente, os principais de cada noite. Por isso é bom explorar o máximo de possibilidades antes que o círculo feche e por isso Elden Ring Nightreign é sobre velocidade.

Eventos aleatórios acontecem pelo mundo e ainda é difícil saber o que causa alguns deles. Eles são difíceis, variados e sempre garantem boas recompensas. Prepare-se para algumas surpresas durante o gameplay.

Praticidade para ter velocidade

E não me canso de falar em velocidade, já que esse é o grande foco do game. Os menus são muito práticos, não tem muito o que fazer neles, a não ser mudar as armas de ordem para que você tenhas principais e as secundárias. 

Ao chegar em uma graça, a vida e o Estus já são preenchidos automaticamente. Caso queira subir de nível, é só ativar a graça e confirmar “level up”. Não é possível escolher os atributos a serem melhorados, já que isso agora está incorporado aos personagens e suas características próprias, como a aparência também.

Ao coletar itens e talismãs, tudo é equipado automaticamente no slot apropriado. Você só vai ter que se preocupar com isso caso os slots estejam cheios para fazer a substituição. Falando nisso, como em muitos roguelike e battle royale, os itens têm cores de raridade para você já saber de antemão o quão bom aquele equipamento é.

Elden Ring Nightreign permite acessar o mapa sem a necessidade de parar (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Na Mesa Redonda, que volta a ser o hub, mas agora em uma versão alternativa, existem atalhos no menu já para se teletransportar para cada área de seu interesse imediatamente. Claro, dá para explorar tudo a pé, já que não existe correria por lá. Trocar de personagem, testá-lo em uma arena, conversar com NPCs e equipar as relíquias que coletamos com o fim de cada run são outras coisas que fazemos no local.

Heróis e chefes

Elden Ring Nightreign conta com 8 personagens, 2 deles são “secretos”. Cada um conta com seus status, armas, armaduras (que podem ser alteradas ao custo da moeda do jogo, além de outras secretas que são mais difíceis de serem adquiridas) e habilidades únicas.

Em relação aos chefes, temos diversos retornos de Elden Ring, como os trailers já mostraram. Mas os destaques ficam para os chefes principais no fim de cada run, que são chefes únicos e muito difíceis. Alguns deles são os mais difíceis que a FromSoftware já criou. Todos eles são extremamente caóticos e imprevisíveis, então se prepare.

Se você jogou Dark Souls 3, vai reconhecer esse chefe na hora (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

O outro destaque fica para os chefes de Dark Souls. Não vou mencionar quais são, alguns também foram revelados em trailers, e como grande fã da franquia que sou, era (e ainda é) sempre uma nostalgia encontrar um deles. É como se estivesse jogando um remake desses jogos com os chefes mais bem feitos.

Nightreign pode ser um pesadelo sem amigos

Apesar do marketing focar no multiplayer de até 3 jogadores (um modo de 2 jogadores vem aí em algum momento), é possível jogar sozinho. Mas tenha em mente que essa é uma tarefa muito difícil, principalmente pela aleatoriedade do jogo, já que se trata de um roguelike. É muito difícil até mesmo para os veteranos e isso é proposital, já que a coisa muda bastante de figura com outros jogadores. 

Elden Ring Nightreign não tem um sistema de comunicação e oferece somente o “ping”, que é a marcação de um local para que todos da equipe vejam e sigam. Por isso, jogar com aleatórios pode ser algo bem desafiador. Ter amigos com o jogo e todos se comunicando pelo Discord é muito melhor e deixa a experiência muito mais divertida.

Alguns eventos aleatórios interessantes acontecem do nada (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Durante esse período de review, a Bandai Namco disponibilizou um canal no Discord e por lá estavam muitos jornalistas de games, youtubers e streamers de todo o mundo. Além dos representantes da publisher, que nos ajudaram muito — e aqui fica meu salve para Otto e Felipe, que sempre estavam dispostos a preencher uma equipe —, além de colegas da imprensa de games brasileira.

Problemas típicos da FromSoftware

Elden Ring Nightreign herdou muito coisa do jogo anterior, até os problemas técnicos e de otimizações. Ainda existem engasgos e quedas de frames mesmo em um PC bem melhor do que o recomendado pelos desenvolvedores. Vi outras pessoas reclamando do mesmo com diferentes níveis de hardware. Placas de vídeo mais modernas, como a RTX 5070 que tentei usar, estão com desempenho ruim e a FromSoftware já está ciente.

Se você caiu (e vai cair) os seus aliados te levantam na porrada (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Os desenvolvedores também precisam dar atenção a alguns aspectos de qualidade de vida importantes, como a possibilidade de desistir de uma run e retornar ao hub, voltar à partida em caso de desconexão, comunicação por voz ingame, modo com dois jogadores ou até a possibilidade de preencher a equipe com bot e crossplay, já que estamos falando de um jogo multiplayer. Uma melhor aleatoriedade dos eventos e na construção dos mapas em cada run também seria legal.

Elden Ring Nightreign vale a pena?

Se você espera a tradicional experiência da FromSoftware e não é muito fã de multiplayer, não. Esse jogo não é para você. O fator roguelike pode não agradá-lo, algo que influencia diretamente no gameplay, que é afetado pela aleatoriedade desse elemento.

Porém, se você busca uma experiência multiplayer com toque da FromSoftware, e também vai com a cara do fator roguelike e mapas fechando igual battle royale, pode ir sem medo. Principalmente se já tiver sua equipe formada, a experiência vai ser muito boa e pode esperar boas dezenas de horas de jogatina, fora que o preço está abaixo dos R$ 200.

Elden Ring Nightreign foi avaliado no PC com cópia cedida gentilmente pela Bandai Namco. O jogo também está disponível para PlayStation 5 e Xbox Series.

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Motos com marcha a ré existem, mas não deviam; entenda

Comex

Você já viu alguma moto dando marcha ré? Provavelmente, não. E não devia mesmo, já que o recurso, embora exista em alguns modelos, é completamente inútil — e vamos explicar o porquê nessa reportagem.

Antes, porém, vamos elencar quais são os motivos que fazem a maioria das motos não ser equipada com uma engrenagem que, efetivamente, tenha a função de dar ao veículo a capacidade de rodar para trás.

Em entrevista aos nossos colegas da coluna AutoPapo, do Uol, Bismark do Vale, engenheiro especialista do setor de Pesquisas da Honda, uma das principais fabricantes de motos do mundo, foi direto ao ponto.

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“Para ter o sistema de ré precisaríamos de um outro sistema de engrenagens e, pelo fato de a moto ser leve, a manobra (marcha a ré) é mais eficiente usando os pés”, simplificou, citando que boa parte das motos tem porte pequeno.

Motos estilo Touring, às vezes, contam com marcha ré (Imagem: Jaylee Balch/Unsplash/CC)

Preço é outro impeditivo para motos com ré

Além do fato de motos pequenas serem facilmente manobráveis para trás sem a necessidade de uma marcha específica para realizar o movimento, um outro ponto foi destacado pelo especialista da Honda ao falar sobre marcha a ré em veículos de duas rodas: o preço.

De acordo com Bismark do Vale, a engenharia necessária para desenvolver um sistema de câmbio que contasse com a marcha a ré em todas as motos tornaria os preços, hoje acessíveis especialmente para trabalhadores, bem mais “salgados”.

O engenheiro explicou que as marchas utilizam câmbios sequenciais, ou seja, os engates são feitos de forma linear (1ª para 2ª, 2ª para 3ª e assim por diante), sem a possibilidade de escolher uma específica.

Facilidade de manobrar para trás com os pés justifica ausência de marcha ré na maioria das motos (Imagem: Arseny Togulev/Unsplash/CC)

Se fosse preciso incluir a ré, porém, haveria a necessidade de acrescentar também um mecanismo específico, com engrenagens intermediárias, Isso acabaria demandando mais espaço, ocasionando um peso maior e, claro, custos extras.

Mas, afinal, há motos com marcha ré?

Diante de tudo o que foi explicado pelo engenheiro da Honda, fica, então, uma pergunta: afinal de contas, há motos com marcha ré? E a resposta, amigo canaltecher, surpreendentemente, é que SIM, há modelos com essa (inútil) tecnologia.

Pelo menos quatro motos já foram lançadas — e algumas já saíram de linha — com a tecnologia que permitia dar marcha ré. São elas:

  1. Honda Gold Wing: Muito utilizada para viagens longas, chegou a fazer um certo sucesso. O sistema de ré, porém, é elétrico, e não impacta o câmbio propriamente dito;
  2. BMW K 1600 GTL: Assim como a Gold Wing, também é voltada para o turismo, e tem na marcha ré um de seus diferenciais;
  3. Yamaha Star Venture: Mais um exemplar do segmento Touring que conta com a polêmica marcha ré, a Star Venture, da Yamaha saiu de linha em 2013;
  4. Can-Am Spyder: Talvez a única moto do quarteto que justifique, em partes, a presença de uma marcha ré seja a Cam-Am Spyder. Afinal, trata-se de um exemplar com três rodas (sim, um triciclo) e, a marcha ré, sem dúvidas tem um pouco mais de utilidade para manobras com esse tipo de veículo.

E aí: qual sua opinião sobre motos equipadas com marcha ré? Acham que valeria a pena mesmo se os custos ficassem mais altos? Comentem conosco nas redes sociais do Canaltech, e fiquem ligados no CT Auto para mais conteúdos curiosos como esse.

Can-Am Spyder é uma moto com três rodas e marcha ré (Imagem: Divulgação/BRP)

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