Por que todo mundo está gripado? Clima, vírus e vacinação influenciam cenário
Parece que está todo mundo gripado. Será que é só impressão? O Brasil registrou um aumento alarmante nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre maio e junho de 2025, conforme dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do boletim Infogripe. Antes mesmo da chegada oficial do inverno, o número de notificações já ultrapassava 103 mil, o dobro em comparação com o mesmo período de 2024.
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A SRAG engloba casos graves de infecções respiratórias que exigem hospitalização, e a notificação desses casos é obrigatória em toda a rede pública e privada de saúde.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, o cenário atual é impulsionado principalmente pelo vírus da influenza, mais presente entre adultos e idosos, e pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que afeta principalmente crianças pequenas.
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Cenário de vírus

Embora seja esperado um aumento sazonal desses vírus nos meses frios, a alta expressiva nas internações vem preocupando especialistas. A explicação mais provável envolve uma combinação de fatores:
- Condições climáticas
- Baixa cobertura vacinal
- Circulação simultânea de diversos patógenos.
Segundo a Fiocruz, até junho de 2025, mais de 5,6 mil mortes por SRAG foram registradas no país, com destaque para a influenza e a COVID-19. Apesar de o coronavírus representar menos de 2% dos casos, ele ainda é responsável por cerca de 30% das mortes:
Monitoramos principalmente os casos graves dessas doenças respiratórias porque é muito importante detectar de forma antecipada um aumento muito expressivo e emitir alertas para o governo poder se planejar na questão de alocação desses recursos hospitalares. Esse é um papel fundamental da vigilância, é o primeiro passo.
Medidas preventivas
A Fiocruz destaca as medidas preventivas como o uso de máscaras em ambientes fechados e o isolamento domiciliar em caso de sintomas de gripe, além da vacinação contra influenza, COVID-19 e VSR, especialmente para grupos vulneráveis como idosos, gestantes, crianças pequenas e profissionais de saúde.
Esses vírus são de transmissão respiratória. Então, o ideal é ficar em casa se recuperando da infecção e evitando transmitir para outras pessoas. Até porque, a criança pode infectar outras crianças na escola e, em casa, também pode infectar um avô, uma avó ou uma pessoa que tenha um problema de saúde e que pode desenvolver aí a forma mais grave da doença.
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