Como a internet 5G chega no metrô? Entenda a conectividade

Por mais que a conectividade com a internet no metrô ainda não seja perfeita, não deixa de ser impressionante o fato de termos uma conexão estável na maioria das linhas. É fato que ainda há muito espaço para melhorias, já que existem estações ou linhas completas em que a conexão não funciona – mas ainda assim, pode-se afirmar que é um sistema eficiente.

Você talvez já tenha se perguntado como a internet pode funcionar tão bem em um meio de transporte que fica embaixo da terra e ainda se move em alta velocidade. Entenda o processo:  

Desafios da conectividade subterrânea

Os túneis do metrô são construídos com concreto e aço, materiais que bloqueiam ou enfraquecem os sinais de rádio usados na telefonia. Ao contrário das ruas, onde torres de transmissão estão espalhadas, o metrô exige uma rede própria de antenas internas. Sem isso, a cobertura se torna inviável.


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Além disso, a movimentação constante dos trens e a alta concentração de usuários nos horários de pico tornam a operação ainda mais complexa. Imagine milhares de passageiros tentando assistir vídeos ou enviar mensagens ao mesmo tempo dentro de um espaço limitado; a rede precisa ser dimensionada para dar conta dessa demanda.

Antenas de Wi-Fi do sistema DAS no metrô de Nova York (Reprodução/Wikipedia)

O papel do DAS 

Para resolver esse problema, as operadoras instalam sistemas conhecidos como DAS (Distributed Antenna System). Trata-se de uma rede de antenas menores espalhadas pelos túneis e estações, todas conectadas a uma infraestrutura central. Assim, o sinal 5G é distribuído de forma contínua, de forma que acompanha o deslocamento dos trens e garante que o usuário não perceba quedas bruscas na conexão.

No caso do 5G, a importância do DAS é ainda maior. Como essa tecnologia utiliza frequências mais altas, que têm alcance menor e maior dificuldade de atravessar obstáculos, a presença de repetidores internos se torna essencial para viabilizar a cobertura subterrânea.

Backbone e fibra óptica

Outro componente crucial é a fibra óptica. Para levar o sinal até o subsolo, as operadoras constroem uma rede de cabos de alta capacidade conectada às antenas. Essa infraestrutura funciona como a rede principal que transporta grandes volumes de dados com velocidade e estabilidade. Sem ela, o desempenho do 5G seria muito limitado em ambientes de grande tráfego.

Nem todas as operadoras oferecem a mesma experiência dentro do metrô. A instalação de antenas depende de acordos com as concessionárias que administram cada linha, o que pode gerar diferenças entre regiões e operadoras. Em algumas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, já existem projetos em andamento para modernizar a rede e levar o 5G a todas as linhas até 2030.

Cabos de fibra óptica nos túneis do metrô (Reprodução/Pexgol)

Benefícios para os usuários

Com o 5G funcionando de forma plena, os passageiros terão acesso a velocidades muito superiores às do 4G, além de menor latência. Isso significa assistir vídeos em alta definição sem travar, fazer chamadas de vídeo estáveis e até usar aplicativos que exigem resposta em tempo real, como jogos online. Além disso, a rede robusta abre espaço para soluções de segurança, monitoramento em tempo real, e comunicação interna entre os sistemas metroviários.

Levar internet para o metrô exige mais do que ativar antenas tradicionais. O processo é complexo, mas promete transformar a experiência dos passageiros, para tornar a conectividade subterrânea tão eficiente quanto a da superfície.

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Qual a DIFERENÇA entre as redes 4G e 5G?

 

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Quanto custaria um Fiat Tipo da década de 1990 hoje, corrigido pela inflação?

Fiat Tipo foi um hatch que merecia ter tido mais sucesso no Brasil. Lançado na Itália em 1988, ele chegou ao mercado verde-amarelo cinco anos mais tarde, em 1993, mas saiu de linha em 1997 por uma série de razões.

Oficialmente, a montadora italiana, hoje parte do Grupo Stellantis, abreviou a trajetória do hatch por aqui para preparar o terreno para a chegada de carros mais modernos, como o Fiat Brava.

O que poucos contam, no entanto, é que o Fiat Tipo, que foi produzido na planta de Betim (MG), acumulou queixas dos clientes por conta de incêndios espontâneos que, de acordo com a marca, foram causados pelo hábito do brasileiro de lavar os cofres do motor com óleo diesel.


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Independentemente das polêmicas, fato é que o Fiat Tipo marcou época e chegou a ser o carro mais vendido do Brasil em 1995. Isso gera uma pergunta curiosa: quanto custaria um Fiat Tipo hoje, corrigido pela inflação? É isso que o CT Auto  vai revelar.

Fiat Tipo foi vendido com diversas motorizações no Brasil (Imagem: Divulgação/Fiat)

Quanto custava um Fiat Tipo em 1994?

A fórmula para saber quanto custaria um Fiat Tipo da década de 1990 hoje, com a inflação, é a mesma que utilizamos para descobrir os valores corrigidos de outros ícones da indústria nacional, como o Unoo Opala e tantos outros.

O primeiro passo é descobrir quanto ele custava em 1994. Em nossas pesquisas, levantamos que um Tipo 1.6 custava, em média, R$ 18.000,00, dependendo, claro, da versão e dos opcionais. Agora ficou fácil, né?

 

Quanto custaria um Fiat Tipo hoje, com a inflação?

Agora que temos o primeiro valor da nossa equação, está mais tranquilo descobrir o valor de um Fiat Tipo em 2025, com o preço inicial corrigido pela inflação. Para isso, vamos usar a calculadora oficial do Banco Central do Brasil.

Ao utilizar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre julho de 1994 e julho de 2025, descobrimos que a inflação acumulada no período foi de 755,25%. Assim, um Fiat Tipo 1994 custaria hoje, corrigido pela inflaçãoR$ 153.945,15.

O valor, embora alto, é compatível com o que as marcas cobram, atualmente, pelas versões topo de linha de seus hatches. O Volkswagen Polo GTS, por exemplo, custa em torno de R$ 140.915,00.

Fiat Tipo ficou pouco tempo à venda no mercado brasileiro (Imagem: Corvette 6cr/Wikipedia/CC)

Vale lembrar ainda que, no mercado de usados, ainda é possível encontrar algumas unidades do Fiat Tipo para vender. Se você é fã desse icônico hatch da marca italiana, tome os cuidados necessários e, só então, feche negócio. Segundo a Tabela Fipe, um Tipo 1995 equipado com motor 2.0 16V custa entre R$ 8.100,00  R$ 13.400,00.

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Vídeo: Parece novidade, mas carros elétricos existem há mais de cem anos

 

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7 acidentes e erros de gravação que não foram cortados dos filmes

Embora erros e acidentes de gravação normalmente atrasem ou acabem com uma cena, existem alguns tão espontâneos, que inesperadamente acrescentam algo interessante à cena ou ao personagem, que acabam sendo deixados pelo diretor.

É o caso de algumas cenas icônicas que aconteceram em títulos como Django Livre (2012) e no clássico Os Suspeitos (1995), em que um “infortúnio” nas gravações tornou uma cena ainda mais intensa para o drama, como é o caso do primeiro, e para a comédia, como é o caso do segundo, entrando na versão final do longa-metragem.

Erros e gravações deixados nos filmes

A fim de relembrar alguns desses embaraços que surgiram no cinema e ao invés de serem vistos como empecilhos transformaram-se em momentos inesquecíveis de suas tramas, o Canaltech montou uma lista de 8 acidentes e erros de gravação que não foram cortados da versão final de seus filmes. A seleção é uma ótima maneira de entender um pouco mais sobre a expressão “a magia do cinema” e, de quebra, descobrir curiosidades cinematográficas que você nem imaginava. Confira!


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1. DiCaprio cortou a mão em Django Livre

 

Uma das cenas mais lembradas quando se trata de acidentes que deram ainda mais veracidade à cena é aquela de Django Livre em que Calvin Candler, o personagem de Leonardo DiCaprio, bate com a mão na mesa de jantar durante uma crise de fúria e começa a sangrar enquanto grita com Django (Jamie Foxx) e Dr. King (Christoph Waltz).

O problema é que DiCaprio se cortou de verdade durante a gravação, devido a uma xícara de chá de porcelana que estava em cima da mesa e se espatifou com o movimento. O ator, no entanto, continuou no personagem, apesar da leve surpresa que é possível notar no resto do elenco em cena, e esbravejou um monólogo de mais de 4 minutos enquanto sua mão sangrava profusamente.

2. Anne Hathaway caiu em O Diário da Princesa

Uma queda que deu ainda mais charme à gravação é, sem dúvida, a de Anne Hathaway na arquibancada do colégio em O Diário da Princesa (2001). Embora o deslize não estivesse no roteiro, uma poça de água fez com que a atriz escorregasse enquanto Mia repassava com sua amiga Lilly (Heather Matarazzo) os prós e contras de ser uma princesa.

Na cena, é possível ver que o ator Héctor Elizondo chega a correr para amparar Hathaway, mas para no meio do caminho ao ver que a atriz havia continuado a cena. Além disso, Heather chega a perguntar “você está bem?” e enquanto gargalha pelo escorregão, Anne busca se manter fiel à personagem e responde “número 3, você estava no número 3”.

3. Ian McKellen bateu a cabeça em A Sociedade do Anel

 

A trilogia de O Senhor dos Anéis tem algumas boas cenas que não faziam parte do script, mas que mesmo acontecendo casualmente, acabaram sendo aproveitadas na edição final. Uma das mais famosas acontece logo em A Sociedade do Anel (2001), quando Gandalf vai visitar Bilbo Bolseiro e precisa se curvar para entrar na minúscula residência do hobbit.

Embora estivesse nos roteiros que Ian McKellen precisava demonstrar a pequenez da casa, chegando a quase colidir com um lustre, o ator acabou batendo a cabeça de verdade no batente da porta, chegando a soltar uma interjeição de dor e uma risada abafada na sequência. O momento engraçado acabou sendo deixado pelo diretor Peter Jackson que o achou ótimo para dar ainda mais destaque a escala da casa dos hobbits.

4. Viggo Mortensen quebrou o pé em As Duas Torres

 

Ainda na trilogia de O Senhor dos Anéis, dessa vez, porém, em As Duas Torres (2002), foi a vez de Viggo Mortensen protagonizar um momento inesperado. Na cena em que Aragorn, Legolas e Gimli chegam ao local em que os orcs sequestradores de Pippin e Merry foram atacados, o trio se mostra revoltado por achar que os amigos foram mortos. O que leva Aragorn a chutar um capacete que estava no chão.

O problema é que ao fazer isso, Mortensen acabou se machucando e quebrando o dedo do pé, o que o fez soltar um grito de dor na sequência. O ator, no entanto, aguentou firme e continuou a cena, o que levou o diretor Peter Jackson a deixar o momento registrado, já que o grito se encaixava perfeitamente no trecho raivoso do personagem.

5. DiCaprio errou a fala em Titanic

Antes de Django Livre, DiCaprio já havia protagonizado outro erro de gravação icônico que seria mantido em um filme. O caso em questão aconteceu em Titanic (1997), na cena clássica em que Rose pede para ser retratada por Jack e o personagem diz então para a jovem se deitar no sofá para que ele possa desenhá-la.

A cena foi a primeira de todas a ser gravada para Titanic, e DiCaprio, que estava nervoso, acabou errando a fala e dizendo “na cama”, antes de prontamente se corrigir e dizer “no sofá”. Apesar da confusão, tanto ele quanto Kate Winslet continuaram como se nada tivesse acontecido, e o diretor James Cameron achou a situação tão encantadora – e um reflexo do nervosismo do próprio personagem – que a manteve no filme.

6. O entregador de jornal caiu em Enquanto Você Dormia

 

Uma das cenas mais curiosas de Enquanto Você Dormia (1995), clássico das comédias românticas dos anos 1990, em que um entregador de jornal cai da bicicleta enquanto está fazendo suas entregas, sempre suscitou atenção por, aparentemente, não ter muito contexto no filme. Uma observação que faz todo sentido já que a cena de fato nunca deveria ter existido.

O momento, que deveria apenas justificar o início de um novo dia e a entrega de jornais nas residências, era a única cena do figurante na trama, que decidiu fazer um movimento muito dramático e acabou perdendo o equilíbrio. A queda foi tão feia que o ator acabou quebrando o pulso por causa do acidente, mas o momento hilário foi mantido na trama pelo diretor Jon Turteltaub.

7. Benicio del Toro soltou um pum em Os Suspeitos

 

Uma das cenas mais famosas de Os Suspeitos, título icônico de Bryan Singer, acontece quando os personagens que dão nome ao título estão enfileirados e precisam dar um passo à frente quando chamados pela polícia. Um momento que se torna cômico quando antes mesmo de chegar a vez de Fred, personagem de Benicio del Toro, todos em cena estão rindo e não conseguem parar enquanto ele repete a frase pedida pelo policial.

Acontece que Del Toro não parava de peidar enquanto as tomadas eram gravadas e nenhum dos atores conseguia se manter sério com a situação, ainda mais com Del Toro fazendo piadas na cena. Apesar de inicialmente relutante, Synger acabou incorporando o clima de descontração do elenco no filme, já que a cena ajudava a mostrar a camaradagem entre os criminosos.

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Quando vale a pena comprar uma placa de vídeo GeForce RTX xx90?

As placas de vídeo da série GeForce RTX xx90 não são apenas mais um componente: são o ápice de engenharia da NVIDIA. Essas GPUs são o objeto de desejo de PC gamers e profissionais que buscam o desempenho máximo, sem nenhuma concessão. Capazes de dominar jogos em 4K e até se aventurar no 8K, essas placas são a definição de poder bruto.

Para os profissionais, a série RTX xx90 é a ferramenta definitiva, acelerando renderizações complexas, simulações científicas e treinamento de IA em uma escala que outras placas não conseguem alcançar. Porém seu preço astronômico, principalmente no Brasil, levanta a questão: para quem é, de fato, uma placa tão poderosa?

Neste artigo, vamos mergulhar no universo das GPUs entusiastas da NVIDIA, explorar o legado da série 90 e responder à pergunta: “uma RTX xx90 é o investimento certo para mim?“.


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Legado da série 90: O ápice do desempenho e do preço

Dentro do lineup da NVIDIA, a série RTX xx90 ocupa o trono, se posicionando no segmento entusiasta, acima das RTX xx80 (link), que já são poderosas e tem ótima relação custo-benefício nesse segmento. A diferença aqui não é apenas de performance, mas de mentalidade: enquanto uma xx80 é uma escolha inteligente para alto desempenho, a xx90 é uma escolha obrigatória para quem exige o melhor que o dinheiro pode comprar.

 

O salto de preço para uma xx90 é significativo, muitas vezes custando o dobro de uma RTX xx80. Em troca, o usuário recebe mais núcleos, muito mais memória VRAM e a garantia de estar usufruindo de algo que está no topo. Dependendo da geração, como aconteceu com as RTX 30, uma xx90 pode receber uma variante Ti, adicionando ainda mais desempenho.

Gerações em foco: o passado, o presente e o futuro do desempenho máximo

Cada geração de placas de vídeo da NVIDIA conta com a GPU topo de linha. Mas como as RTX 20 (Turing) não tiveram uma RTX 2090, vamos dar uma pincelada na importância das últimas RTX xx90.

A pioneira do excesso: GeForce RTX 3090

A RTX 3090 redefiniu o que significava ser uma GPU topo de linha. Com seus impressionantes 24 GB de VRAM, ela não era apenas para gamers, mas uma ferramenta poderosa para criadores de conteúdo. Hoje, mesmo no mercado de usados, ela continua sendo uma placa extremamente capaz para jogos em 4K, embora seu desempenho em ray tracing fique aquém em relação às gerações mais novas.

A versão Ti GPU foi a primeira a exigir o famigerado e controverso conector de 16 pinos, que se tornaria o padrão para as GPUs da NVIDIA nas gerações seguintes, e daria muitas dores de cabeça aos usuários das RTX 4080 e RTX 4090.

A RTX 3090 Ti ainda é uma GPU muito poderosa em 2025 (Imagem: NVIDIA/Divulgação)

Em 2025, a RTX 3090 Ti entrega desempenho próximo da RTX 5070 (que, por sua vez, tem desempenho da RTX 4090, segundo a NVIDIA), mas consumindo quase dobro, além do desempenho inferior em ray tracing por conta da idade.

A lenda da performance: GeForce RTX 4090

Considerada por muitos um dos maiores saltos geracionais, a RTX 4090 estabeleceu um novo padrão de performance. Ela tornou o gameplay em 4K com altas taxas de quadros e ray tracing no máximo uma realidade como nunca antes. Outros aspectos que se tornaram lendários foram seu tamanho gigante e o alto consumo de energia, exigindo gabinetes e fontes de alimentação à sua altura.

Com a chegada do DLSS 3 e a geração de quadros por IA, que deu o que falar (e ainda dá), a RTX 4090 rende ainda mais. Ela não só consegue rodar jogos em 4K com ray tracing, como também a altas taxas de FPS, graças a essas tecnologias envolvendo IA (como o upscaling também), elevando muito o desempenho. Mesmo com as RTX 50, a RTX 4090 ainda é uma as melhores GPUs mais icônicas que a NVIDIA já fez.

O poder absoluto: GeForce RTX 5090

Lançada este ano, a RTX 5090 é a atual detentora da coroa. Ela pega o legado da 4090 e o eleva a um novo patamar. Com a arquitetura mais recente, memórias GDDR7 muito rápidas e núcleos RT e Tensor de nova geração, esta GPU foi projetada para uma coisa: dominar. É a primeira placa a tornar o 8K algo mais realista e oferece a experiência definitiva em 4K com path tracing, sem a necessidade de sacrificar a taxa de quadros, graças ao poder do DLSS 4.

Apesar de ser mais potente e consumir mais que a RTX 4090, a RTX 5090 conseguiu ser menor (Imagem: NVIDIA/Divulgação)

Apesar de não entregar um salto geracional grande como aconteceu entre a RTX 3090 e a RTX 4090, a RTX 5090 é o que existe de melhor hoje no mercado, seja para games ou para uso profissional. Ela corrigiu algo de sua antecessora – a necessidade por sistemas de refrigeração complexos que deixam a placa gigante, mas elevou o consumo para novos patamares: nada menos que 575W.

Quando VALE A PENA comprar uma RTX xx90?

Uma GeForce RTX xx90 é um investimento colossal. Ela só faz sentido em cenários muito específicos:

  • Para quem joga em 4K com monitores de alta taxa de atualização (120 Hz+) e que querem aproveitar os games com ray tracing e alcançar FPS altíssimos.
  • Se você é um dos poucos a possuir um monitor 8K e quer experimentar jogos nessa resolução, a RTX 5090 é a sua porta de entrada.
  • Artistas 3D que trabalham com cenas pesadíssimas, editores de vídeo que manipulam arquivos em 8K RAW, cientistas de dados e desenvolvedores de IA que precisam de muita VRAM (24 GB ou mais) para seus modelos.
  • Comprar a placa mais potente do mercado garante a melhor performance possível por mais tempo, adiando a necessidade de um upgrade por várias gerações.
  • Para quem já tem um PC topo de linha, uma RTX xx90 exige um ecossistema à sua altura. Isso significa um processador de ponta (para evitar gargalos), uma fonte de 1000W ou mais, uma placa-mãe robusta e chipset topo de linha e um gabinete com excelente fluxo de ar.

 

Quando NÃO COMPRAR uma RTX xx90?

Na grande maioria dos casos, uma RTX xx90 não é a escolha certa.

  • Comprar uma RTX xx90 para jogos em 1080p ou em 1440p é um enorme desperdício de dinheiro e potencial. Uma RTX xx70 ou xx80 entregará uma experiência fantástica por uma fração do preço.
  • Games como Valorant, CS2, League of Legends e vários outros esports não exigem tanto poder gráfico. Esse dinheiro seria muito mais bem investido em um monitor com maior taxa de atualização ou outros periféricos.
  • Nunca sacrifique componentes essenciais como CPU, memória RAM ou fonte de alimentação para comprar a GPU mais cara. É muito melhor ter um sistema equilibrado e rápido do que uma GPU de ponta sendo limitada por peças mais fracas.
  • Para edição de vídeo em 4K ou renderizações mais simples, uma RTX xx80 ou até uma RTX xx70 já oferece uma aceleração fantástica.

Conclusão

As placas da série GeForce RTX xx90 são maravilhas da tecnologia, oferecendo um nível de desempenho que era impensável há poucos anos. Elas representam o ápice do que é possível em um PC gamer ou workstation.

Vale lembrar que elas têm um público extremamente específico. Com o valor de uma única RTX 5090, é possível montar um PC high-end completo e perfeitamente capaz com uma RTX xx80. A decisão de compra deve ser fria e calculada, baseada em uma necessidade real desse poder computacional e um orçamento que o comporte confortavelmente.

Para a vasta maioria dos usuários, a série RTX xx90 continuará sendo um sonho. Para os poucos que realmente conseguem ter uma, é a possibilidade de fazer o que pouquíssimos PC gamers ou profissionais conseguem: tem o melhor desempenho possível.

Veja mais do CTUP:

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Geladeira Frost Free, Cycle Defrost e degelo manual; entenda as diferenças

Quando o assunto é geladeira, é comum se deparar com diferentes tecnologias de refrigeração, como Frost Free, Cycle Defrost e degelo manual. Embora todas tenham o mesmo objetivo de conservar os alimentos, elas oferecem experiências distintas em termos de praticidade, consumo de energia e manutenção

Entender as diferenças entre cada sistema é fundamental para escolher o modelo que mais se adequa às suas necessidades e ao seu orçamento. A seguir, explicamos como elas se diferenciam:

Geladeira Frost Free

O modelo Frost Free é o mais moderno e prático entre os três. Seu grande diferencial está no sistema, que impede a formação de gelo nas paredes do congelador. Isso significa que você nunca precisará desligar a geladeira para realizar o degelo manual. Além disso, a circulação de ar interno garante refrigeração uniforme, que mantém os alimentos frescos por mais tempo.


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Entre as vantagens, destacam-se a praticidade e a facilidade de organização, já que o espaço interno não é comprometido por placas de gelo. Porém, esse tipo de geladeira costuma ser mais caro e consome um pouco mais de energia elétrica do que os modelos convencionais

Nos modelos Frost Free, o degelo é automático (Reprodução/LG)

Geladeira Cycle Defrost

A Cycle Defrost é uma opção intermediária que une economia e praticidade. Nesse sistema, o degelo precisa ser feito manualmente, mas com muito menos frequência em comparação às geladeiras tradicionais. Em média, basta realizar o processo duas vezes ao ano, já que o acúmulo de gelo é bem mais lento.

Esse modelo consome menos energia que o Frost Free, o que pode ser uma vantagem para quem busca reduzir custos na conta de luz. No entanto, exige que o usuário reserve um tempo ocasionalmente para fazer o degelo. Na prática, é uma alternativa interessante para famílias que não querem lidar com gelo acumulado o tempo todo, mas ainda não desejam investir em um Frost Free.

Geladeira com degelo manual

As geladeiras com degelo manual são as mais tradicionais e também as mais baratas. Nesse sistema, o gelo se acumula nas paredes do congelador, e exige que o usuário desligue o eletrodoméstico periodicamente para descongelar e limpar o interior.

Apesar de terem baixo custo inicial e, em alguns casos, apresentarem consumo de energia reduzido, esses modelos demandam mais tempo e esforço para manutenção. Além disso, o espaço interno pode ficar comprometido pelo acúmulo de gelo, e reduz a praticidade no uso diário.

Em modelos mais tradicionais, o degelo precisa ser realizado manualmente de tempos em tempos (Reprodução/Shutterstock)

Qual escolher?

A decisão depende principalmente do seu perfil de consumo e do orçamento disponível. Os modelos Frost Free são ideais para quem busca praticidade e não quer se preocupar com manutenção frequente. Já o Cycle Defrost oferece um equilíbrio interessante entre economia de energia e conveniência. Por fim, o degelo manual pode ser uma opção viável para quem deseja gastar menos na compra e não se importa com a rotina de descongelamento.

No fim das contas, entender essas diferenças ajuda a investir em uma geladeira que realmente atenda às suas necessidades e atinja suas expectativas.

Leia mais no Canaltech:

Você NÃO precisa GUARDAR esses ALIMENTOS na sua GELADEIRA!

 

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Vai atualizar para o Windows 11? 5 dicas para preparar o seu computador

O suporte ao Windows 10 termina no próximo dia 14 de outubro, então é necessário atualizar para o Windows 11 para continuar recebendo correções de segurança e novos recursos para o PC. Caso você ainda não tenha trocado a versão do sistema, vale conferir algumas dicas para preparar o dispositivo no processo.

A atualização ocorre no ambiente do Windows Update e pode ser aplicada ao desligar ou reiniciar o computador — é importante reservar alguns minutos para isso, porque o processo é demorado. 

Canaltech reuniu algumas boas práticas envolvendo armazenamento e desempenho do PC para garantir uma migração tranquila ao Windows 11.


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5 dicas para atualizar para o Windows 11

Confira:

  1. Libere espaço de armazenamento
  2. Verifique se o TPM 2.0 está ativo
  3. Faça backup dos arquivos
  4. Reserve tempo para a migração
  5. Atualize drivers e apps

1. Libere espaço de armazenamento

A atualização para o Windows 11 é extensa e pode consumir bastante espaço de armazenamento — a Microsoft recomenda a instalação apenas em computadores com 64 GB ou mais de memória no HD ou SSD.

Portanto, é ideal fazer uma limpa nos arquivos antes de migrar para o novo sistema. Considere remover o que já está salvo em backup e limpar o cache de aplicativos, por exemplo.

2. Verifique se o TPM 2.0 está ativo

O componente de segurança Trusted Platform Module 2.0 (TPM 2.0) é um requisito obrigatório para instalar o Windows 11. É comum que computadores mais novos já tenham a tecnologia, mas em aparelhos antigos pode ser necessário ativá-la.

O processo de ativação ocorre a partir da BIOS do computador. Como é uma tarefa mais complexa, vale a pena consultar o manual da fabricante para receber as instruções corretas em cada máquina.

Atualização para o Windows 11 tem alguns requsiitos, como o TPM 2.0 (Imagem: Clint Patterson/Unsplash)

3. Faça backup dos arquivos

A atualização normalmente ocorre de forma fluida e preserva os arquivos salvos no PC. Porém, se você acha melhor prevenir do que remediar, vale a pena salvar documentos importantes em backup (físico ou na nuvem) para evitar qualquer problema que possa corrompê-los no processo.

Google Drive, OneDrive e Dropbox são uma alternativa para salvar na nuvem, mas também é possível usar um HD externo para armazenar o que é essencial.

4. Reserve tempo para a migração

Não adianta fazer com pressa: ao contrário de uma atualização simples do Windows, que leva poucos minutos, a troca para o Windows 11 pode ser bem mais demorada. O processo depende de vários fatores, como o próprio hardware do PC e a conexão com a internet.

Portanto, reserve um momento no dia em que você não precisará usar o computador para instalar o sistema.

Windows 11 muda a posição da barra de tarefas e do Menu Iniciar (Imagem: Divulgação/Microsoft)

5. Atualize drivers e apps

Após deixar o seu PC com o Windows 11, fique de olho no Windows Update para verificar se é necessário baixar novos drivers ou updates de aplicativos. Caso você encontre algum problema de compatibilidade, é provável que o download de um novo driver ajude a resolver.

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VÍDEO: É o fim do Windows 10! | Curiosidades

 

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Smartwatch Samsung com celular de outra marca? Entenda o que você pode perder

A compatibilidade entre aparelhos é uma dúvida comum na hora de adquirir um smartwatch. Isso não é exceção para quem compra um Galaxy Watch e fica confuso se vai perder alguma coisa por não ter um celular Samsung. A resposta curta é: quase tudo funciona, mas o que não funciona é justamente um dos recursos muito procurados. Entenda.

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Usar um smartphone de outra fabricante não é algo que estrague a experiência, mas alguns processos podem se tornar mais longos e menos intuitivos como você vai ver.


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Configuração inicial mais demorada

Enquanto em um celular Galaxy o processo de pareamento é quase mágico, com um pop-up aparecendo assim que o relógio liga, em outros aparelhos o caminho é mais longo, como nos testes de Adriano Ponte, apresentador do Canaltech.

 

Antes começar a se divertir explorando as configurações do aparelho, é preciso baixar o app Galaxy Wearable pela Play Store. Dependendo do modelo, o relógio ainda pede um segundo aplicativo específico.

Isso torna o processo mais lento e instala dois apps que precisam rodar em segundo plano. Em sistemas agressivos no gerenciamento de bateria, como o da Xiaomi, pode acontecer de um dos apps ser fechado e gerar falhas na conexão.

O vilão: Samsung Health Monitor

Samsung Health Monitor está disponível somente na Galaxy Store (Imagem: Reprodução / Samsung)

Após as instalações, quase todas as funções estarão presentes: notificações, passos, sono, exercícios, watchfaces e apps da Play Store. O problema está em um aplicativo específico: o Samsung Health Monitor, responsável por três funções avançadas de saúde:

  • Eletrocardiograma (ECG)
  • Pressão arterial
  • Detecção de apneia do sono (em algumas regiões)

O empecilho é que o app não está na Google Play Store, apenas na Galaxy Store, exclusiva dos celulares Samsung. Sem ele, essas funções ficam inacessíveis, mesmo que o hardware do relógio possa executá-las.

Barreira artificial

Ao parear o relógio com um celular Samsung, foi preciso conexão de dados móveis para validar a região e ativar o ECG. Depois, o celular foi desligado e o relógio continuou a realizar os exames de forma independente, salvando os resultados internamente.

Ele só precisa do celular para gerar o relatório em PDF, algo que poderia ser feito em qualquer smartphone. Assim, o smartphone da Samsung funciona como uma espécie de “chave de ativação”, bloqueando usuários de outras marcas.

A comunidade resolve (ou quase)

Para os aventureiros, existem soluções. Fóruns como XDA Developers e Reddit têm versões modificadas (mods), do Samsung Health Monitor que liberam os recursos em qualquer Android.

É importante lembrar que a “gambiarra” exige pesquisa, instalação de apps de fontes não oficiais, envolve riscos de segurança e pode ter configuração complexa. Portanto, esteja ciente e fique atento antes de assumir qualquer risco.

As soluções criadas pela comunidade podem ser interessantes, porém muitas vezes são temporárias. Afinal, sempre existe a possibilidade de um app modificado parar de funcionar, após empresas lançarem atualizações para suas versões oficiais.

A única perda real ao usar um Galaxy Watch fora do ecossistema Samsung são as funções avançadas do Health Monitor. Para alguns, isso pode não fazer diferença. Para outros, que compram o relógio por esses recursos, pode ser frustrante.

Agora que você conhece o recurso que não funciona da melhor maneira entre Galaxy Watch e celulares de outras marcas, pode pensar em como montar a melhor combinação de aparelhos para o seu uso.

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Uber: quais peças sofrem mais desgaste em carros de aplicativo?

A crescente procura por uma renda extra, ou mesmo como emprego fixo, em carros de aplicativo, como Uber e 99, vem acompanhada por uma dúvida na cabeça de quem está prestes a mergulhar na aventura: quais peças do carro sofrem mais desgaste?

Afinal, todos têm ciência de que a rotina intensa nas ruas, com longas jornadas e alto número de viagens diárias, acelera o desgaste de componentes automotivos que, em condições normais, teriam vida útil mais longa.

Por conta disso, a manutenção preventiva é ainda mais essencial e, ignorar os sinais de desgaste pode resultar em prejuízos elevados, além de colocar em risco a integridade do motorista e dos passageiros. Por isso, conhecer as peças que mais sofrem com o uso contínuo é o primeiro passo para evitar surpresas desagradáveis.

Confira a seguir quais são essas peças e, claro, como cuidar para evitar o desgaste excessivo em carros de aplicativo.

Verificar óleo do motor e outros fluídos é fundamental para quem trabalhar com Uber (Imagem: Tim Mossholder/Unsplash/CC)

Quais peças se desgastam mais rápido em carros de Uber?

A relação de peças que mais se desgastam em carros de aplicativo, como Uber e 99, é bastante extensa. Confira a seguir quais são elas e, claro, como cuidar de cada uma para prolongar a vida útil dos equipamentos.


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  • Pneus: o fato de rodar por longas distâncias diariamente e enfrentar todos os tipos de pavimento faz com que os pneus sejam os primeiros a sofrer com o desgaste no Uber. As dicas para manter os compostos em ordem passam por calibragem semanal, além de alinhamento e balanceamento periódicos.
  • Suspensão:  além dos pneus, quem também sofre muito com buracos, lombadas e ruas irregulares é a suspensão. Por isso, é importante revisar periodicamente amortecedores, molas e buchas para, assim, manter em dia o conforto e a dirigibilidade do veículo
  • Óleo do motor e fluídos: rodar por muitas horas faz com que o óleo lubrificante comece a perder propriedades com maior rapidez. A troca deve seguir a quilometragem recomendada pelo fabricante, e os demais fluidos — como o de freio, arrefecimento e transmissão — também precisam de atenção constante.
Atenção aos freios é fundamental para quem trabalha com Uber (Imagem: Lightfield Studios/Envato/CC)

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O que é phishing e como se proteger?

O phishing é um tipo de ataque hacker parecido com uma pescaria virtual: criminosos usam iscas na forma de e-mail ou mensagens de texto para fisgar informações preciosas, como dados bancários ou informações pessoais. O próprio nome já faz referência a essa analogia: “fishing” significa “pescar”, em inglês, então “phishing” é uma adaptação digital do termo.

O diferencial desse golpe é que ele não exige conhecimento técnico avançado de quem o pratica, se baseando apenas na engenharia social — ou manipulação psicológica da vítima. Tudo que os criminosos precisam é fazer o usuário acreditar que está acessando um site ou serviço legítimo, o que torna o phishing a ameaça cibernética mais comum e eficaz da atualidade.

Ao final deste artigo, você conhecerá todas as principais técnicas de phishing e estará preparado para identificar e se proteger dessas armadilhas virtuais, bem como saberá o que fazer se, em último caso, alguém próximo seja vítima dos golpistas.


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Como funciona o ataque de phishing?

Embora existam infinitos tipos de phishing, sendo impraticável listar todos, a linha de ação é bem consistente, se baseando em cinco passos simples. A principal diferença está na sofisticação dos ataques, que podem tentar atingir praticamente todos os internautas, sendo mais óbvios, ou mais especializados, mirando em um público específico.

Veja o passo a passo seguido pelos cibercriminosos:

  1. A isca: primeiro, é criada uma mensagem falsa, podendo ser e-mail, SMS ou mesmo em aplicativos como WhatsApp. Os hackers tentarão, ao máximo possível, fazê-la parecer legítima, como se houvesse vindo de um banco, órgão governamental, loja famosa ou rede social.
  2. O gatilho: legitimidade não é o suficiente para os golpistas, já que eles querem fazer você clicar na mensagem a todo custo. Por isso, a esmagadora maioria dos phishings tem um elemento de urgência, medo ou curiosidade — gatilhos mentais como “Sua conta será bloqueada se não clicar aqui”, “Verificamos atividade suspeita na sua conta bancária” ou “Você ganhou um prêmio em dinheiro”.
  3. A armadilha: dando continuidade ao disfarce, o clique leva a vítima para um site ou aplicativo que parece legítimo, visualmente idêntico ao original, onde você pode pensar que está inserindo os dados como sempre fez.
  4. A captura: finalmente, ao preencher suas informações pessoais, dados bancários ou senhas, os golpistas põem as mãos no que queriam. Algumas vezes, o serviço prometido até funciona — mas a alto custo.
O Phishing é uma
O Phishing é uma “pescaria virtual” onde os alvos fisgados são os seus dados e informações sensíveis — conheça a fundo as táticas de engenharia social para evitar os golpes (Imagem: Divulgação/Resecurity)

Os tipos mais comuns de phishing

Enquanto algumas tentativas de phishing são mais óbvias, há as construídas com base em vazamentos de dados e as mais direcionadas, ficando cada vez mais difíceis de se distinguir. Conheça cada tipo:

  • Phishing tradicional: o ataque em massa, definido por uma mensagem genérica enviada para milhares de pessoas, é praticamente um tiro no escuro. São, por exemplo, e-mails de cobranças da NET ou do Nubank para pessoas que sequer são clientes desses serviços, ou mensagens que não sabem o nome da vítima, dizendo apenas “Caro cliente” ou tentando pegar o nome do usuário contido no e-mail.
  • Spear phishing: também chamado de phishing direcionado, esse ataque já passa a se basear em pesquisas sobre a vítima em redes sociais e vazamentos anteriores. Com isso, a mensagem inclui nome, cargo na empresa onde se trabalha e outros possíveis detalhes para deixar a comunicação mais convincente.
  • Whaling: significando “caça às baleias”, esse tipo de spear phishing mira em alvos de alto valor, como CEOs, diretores e outras figuras importantes em empresas — o objetivo, nesse caso, é roubar dados corporativos sigilosos ou autorizar grandes transações financeiras fraudulentas.
  • Smishing: esse tipo é o phishing por SMS, trazendo links curtos com alertas de entrega de pacotes de correio, ganho de prêmios ou problemas bancários urgentes.
  • Vishing: o phishing por voz, como o nome diz, é feito por chamada telefônica, onde o criminoso se passa por funcionário bancário ou de empresa de tecnologia para pedir informações pessoais sensíveis. Casos mais sofisticados envolvem gravar a voz de vítimas e reproduzir sua fala com ajuda de IA, requisitando as informações através de familiares.
Um phishing recente replicou o site do booking.com à perfeição, mas com um detalhe: a barra lateral não era um caractere ocidental, mas sim o
Um phishing recente replicou o site do booking.com à perfeição, mas com um detalhe: a barra lateral não era um caractere ocidental, mas sim o “n” japonês. Ficar atento em detalhes sempre ajuda! (Imagem: gbhackers)

7 sinais de alerta para identificar um e-mail fraudulento

Há algumas dicas práticas para você aplicar que já podem filtrar a maioria das tentativas de phishing, sendo os pontos de atenção principais para o golpe. Fique de olho nos seguintes itens:

  1. Remetente suspeito: observe o endereço de e-mail completo de quem enviou a mensagem, não só o nome. Golpistas costumam usar variações do que seria o remetente original, como, por exemplo, atendimento@banco-itau.com ao invés de @itau.com.br, por exemplo. Na dúvida, vá atrás de saber qual é o verdadeiro.
  2. Saudações genéricas: desconfie sempre de e-mails que começam com “Prezado(a) Cliente” ao invés do seu nome — e, mesmo assim, siga atento a outras comunicações vagas.
  3. Senso de urgência e ameaça: frases como “Aja agora!”, “Sua conta será suspensa em 24h” e outros chamados à ação são feitos para você agir sem pensar. Tenha calma e acesse o aplicativo ou site do serviço em questão da maneira normal para checar se há uma notificação do tipo. Lembre-se que as empresas não se comunicam agressivamente.
  4. Erros de ortografia e gramática: é muito raro que empresas sérias contenham erros grosseiros de português nas suas comunicações. Desconfie de textos mal escritos.
  5. Links suspeitos: quando receber um link, passe o mouse sobre ele (sem clicar!) para conferir o endereço real, que deve aparecer no canto inferior esquerdo do navegador. Se parecer estranho, grande demais ou tiver um nome totalmente diferente do serviço em questão, não clique.
  6. Anexos inesperados: não baixe ou abra nenhum arquivo que você não tenha solicitado, especialmente se for das extensões .zip, .exe, .rar ou .scr.
  7. Solicitação de informações pessoais: nenhum site legítimo vai pedir sua senha, número completo do cartão ou código de segurança por e-mail ou SMS.

Como se proteger de ataques de phishing

Além da atenção às mensagens que recebe, um passo importante para evitar os golpes é se prevenir com algumas medidas de proteção, tanto as já permitidas pela tecnologia quanto a conscientização dos seus próximos. Confira:

  • Ative Autenticação de Dois Fatores (2FA/MFA): essa é a medida mais importante de todos, já que coloca um passo a mais — e um passo físico! — para acessar sua conta. Mesmo que roubem a senha, não vão conseguir receber o código no celular ou usar sua biometria.
  • Use senhas fortes e únicas: na hora de criar senha, combine letras, números e símbolos, e nada de repetir a mesma senha forte para todo lugar, ein? Isso quer dizer que, caso uma senha vaze, todos os seus serviços estarão comprometidos. Você pode usar um gerenciador de senhas para não precisar memorizar tudo, mas evite usar a extensão do navegador do serviço usado, neste caso.
  • Desconfie por padrão: se estiver na dúvida sobre a autenticidade de uma comunicação, não clique. Vá até o site oficial ou aplicativo do serviço em questão e confira a informação, sempre.
  • Mantenha softwares e antivírus atualizados: mesmo quando há vazamentos ou falhas de segurança, os aplicativos costumam corrigir esses problemas com atualizações, então sempre tenha a versão mais recente à mão.
  • Eduque amigos e família: ajude seus próximos ensinando a eles o que você aprendeu neste guia, especialmente aqueles mais vulneráveis socialmente, como os idosos e as crianças. Prevenção nunca é demais.
Use autenticação por dois fatores ou múltiplos fatores, as medidas que exigem usar biometria, mensagem de confirmação e afins: leva mais tempo para acessar serviços, mas você fica bem mais seguro. Vale a pena! (Imagem: Divulgação/Auth0)
Use autenticação por dois fatores ou múltiplos fatores, as medidas que exigem usar biometria, mensagem de confirmação e afins: leva mais tempo para acessar serviços, mas você fica bem mais seguro. Vale a pena! (Imagem: Divulgação/Auth0)

Caí no golpe, e agora? O que fazer se você clicou no link

Aconteceu: antes de você conhecer as dicas da matéria, ou apesar delas, você acabou clicando e seus dados vazaram. O que fazer?

  • Mude a senha imediatamente: entre na conta afetada o mais rápido possível e mude sua senha, se possível desconectando qualquer login feito nela, se o serviço permitir. Também troque a senha de qualquer outro lugar em que você usava a mesma credencial.
  • Monitore suas contas: fique de olho em extratos bancários, faturas de cartão de crédito e outros acessos suspeitos em contas sensíveis. Ao menor sinal de alerta, anote tudo.
  • Contate seu banco ou empresa: informe a instituição afetada sobre o ocorrido — assim as medidas cabíveis poderão ser tomadas, como bloquear o cartão ou a conta, por exemplo, garantindo, também, estornos.
  • Passe um antivírus: faça varredura completa no dispositivo afetado, buscando por qualquer malware que possa ter sido instalado pelos hackers.
  • Registre Boletim de Ocorrência: caso você tenha tido perda financeira ou teve a identidade roubada, é importante registrar a ocorrência online, pois isso não deixa de ser um crime passível de punição. Os cibercriminosos precisam ser responsabilizados.

Com todas essas informações, você tem tudo para escapar dos cibercriminosos, mas continue sempre atento: embora a tecnologia ajude, a principal defesa contra o phishing é estar bem-informado e de olhos abertos. Não confie demais e não ache que você nunca será vítima, pois é nesses momentos que ocorrem os maiores descuidos. Desconfie e verifique mesmo quando você achar que não há como roubarem seus dados.

Seja, sempre, um agente da segurança no seu círculo social, alertando familiares e amigos sobre os perigos que rondam a internet. A educação digital é muito importante para que possamos desfrutar da tecnologia sem cair nas mãos de golpistas: a proteção de dados é essencial para uma navegação segura.

Confira mais:

VÍDEO | O QUE É PHISHING? SAIBA COMO SE PROTEGER! #Shorts

 

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O que é o fenômeno KIDULT? Adultos que amam brinquedos ajudam a explicar Labubu

Você é desses que entrou no hype de Labubu? Então talvez faça parte do fenômeno KIDULT. Nos últimos anos, o mercado de brinquedos passou por uma transformação significativa, impulsionada não pelas crianças, mas sim pelos adultos. O termo kidult, junção de kid (criança) e adult (adulto), define aqueles consumidores acima dos 12 anos que mantêm o gosto por brinquedos, jogos e colecionáveis. Esse público busca, ao mesmo tempo, nostalgia, bem-estar emocional e uma forma de escapismo diante da rotina estressante.

No Reino Unido, segundo dados da Circana, os kidults já representam quase um terço de todo o dinheiro gasto em brinquedos. Só no último ano, o mercado ultrapassou a marca de £1 bilhão (R$ 7,33 bilhões, em conversão direta) em vendas, mesmo em um cenário econômico instável.

A consultoria Circana revelou que, em 2024, enquanto as vendas gerais de brinquedos caíram ligeiramente, a categoria de brinquedos voltada para adultos cresceu 8%. Isso significa que os consumidores mais velhos estão comprando cada vez mais itens como Lego, bichos de pelúcia tradicionais, cartas colecionáveis e figurinhas.


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Outro destaque são os colecionáveis em série, que já representam 23% das vendas totais de brinquedos por volume. Esse valor permite tanto compras por impulso de adultos nostálgicos quanto aquisições recorrentes para quem deseja completar coleções limitadas.

De acordo com Melissa Symonds, diretora da Circana no Reino Unido, o sucesso desse segmento está ligado ao que ela chama de “economia da alegria”: brinquedos proporcionam conforto emocional, estimulam memórias afetivas e ajudam a aliviar as tensões do cotidiano.

O papel da nostalgia e do escapismo

Boa parte da força do fenômeno está na nostalgia. Para muitos adultos, revisitar personagens e brinquedos da infância traz segurança e conexão emocional em tempos de incerteza. Brinquedos não são apenas objetos lúdicos, mas também um elo cultural entre gerações.

Esse movimento também foi intensificado pela pandemia, quando jogos e colecionáveis serviram como distração e alívio emocional durante os períodos de isolamento. Desde então, a tendência não apenas se manteve, como continua a ganhar força globalmente.

Labubu é o novo símbolo dos kidults

Labubu é o novo símbolo dos kidults (Imagem: Dushawn Jovic/Unsplash)

Entre os fenômenos recentes que ilustram a força desse mercado está Labubu, que se tornou febre em países como Canadá, EUA e, claro, no Brasil. Em plataformas como o eBay, as buscas pelo boneco figuraram entre as mais populares de 2025.

A projeção é que esse fenômeno KIDULT não é passageiro. Cada vez mais, fabricantes e varejistas ajustam suas estratégias para falar diretamente com esse público, seja por meio de campanhas nostálgicas, colaborações com artistas famosos ou lançamentos exclusivos.

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VÍDEO | Seu Labubu pode virar um “Lafufu” se você cair em golpe!

 

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