Uma nova espécie de bicho-pau, inédita à ciência, foi descrita no alto da floresta úmida da Austrália, sendo o inseto mais pesado já registrado no país. Ganhando o nome científico de Acrophylla alta, a criatura chega a ter até 40 cm de comprimento e habita o dossel das florestas tropicais da região norte do estado de Queensland, no nordeste australiano.
O novo bicho-pau gigante foi documentado na revista científica Zootaxa, em um artigo publicado no último dia 17 de junho. Apesar do tamanho avantajado, o inseto não é o maior da Austrália — ele perde para o Ctenomorpha gargantua, conhecido como bicho-pau-gigantesco, com até 22 cm. O A. alta, no entanto, é mais pesado, chegando a 44 gramas, o dobro de uma C. gargantua fêmea mesmo enquanto carrega ovos.
O bicho-pau e sua biologia
Os cientistas responsáveis pelo estudo, da Universidade James Cook, encontraram a espécie na região de Tablelands, que fica entre 500 metros e 1,2 km acima do nível do mar. O A. alta se alimenta de folhas no dossel da floresta, num local que passa despercebido dos humanos — o que pode explicar o fato de que ainda não havia sido descrito.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
A new species of stick insect weighing around the same as a golf ball has been discovered in the canopies of a remote rainforest in Australia’s northeast, an Australian university announced on Thursday.
Scientists believe the winged insect, Acrophylla alta, is the heaviest ever… pic.twitter.com/kacIxGOXNY
— CBS News (@CBSNews) July 31, 2025
O inseto só fica em uma área pequena da floresta alta elevada, então, a menos que um ciclone ou um pássaro o derrube, poucas pessoas poderão ver um espécime. Segundo os pesquisadores, o tamanho do bicho-pau pode estar relacionado à sua habilidade de sobreviver em um ambiente mais alto e frio, o que está de acordo com a Regra de Bergmann.
Ela diz que, em geral, animais ficam maiores em climas mais frios graças à evolução. Nem todo bicho segue essa regra, e pouco se sabe sobre o quanto ela se aplica aos insetos, mas a ideia parte do princípio de que o corpo maior gera uma menor taxa de área por volume de superfície, o que ajuda a reduzir a perda de calor.
Veja também:
- Cientistas recriam cabeça de extinto inseto gigante
- Nova espécie gigante de “inseto marinho” comestível recebe nome de Darth Vader
- Como este pequeno inseto do cacto deu “origem” à cor vermelha
VÍDEO | POR QUE EM DIAS/NOITES DE CALOR ESSES BICHINHOS FICAM NAS LUZES E LÂMPADAS? #Shorts
Leia a matéria no Canaltech.