A pergunta “que carro é esse?”, seguida da exclamação “mas isso não parece um Mustang!”, logo após à resposta ser dada, foi a sequência que mais se repetiu durante o período que a reportagem do CT Auto passou de posse do Mustang Mach-E, versão 100% elétrica que carrega consigo o nome do lendário muscle car da Ford.
- 5 tecnologias bacanas do Ford Mustang Mach-E
- 60 anos do Ford Mustang | Veja 5 versões de tirar o fôlego
Depois dessa experiência, que durou cerca de 7 dias, sempre com alguém mais curioso questionando o porquê de a Ford ter dado a um SUV elétrico o mesmo nome há décadas batiza o ícone a combustão, o CT Auto resolveu acabar com a polêmica (ou aumentá-la, quem sabe?).
Reunimos, em uma lista, 5 pontos que provam, sem discussão, que o Mustang Mach-E é, sim, merecedor do nome imortalizado pelos muscle cars equipados com seus possantes motores V6 ou V8, e que a Ford acertou ao mantê-lo na versão elétrica. Confira.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
5. Potência
O primeiro entre os 5 pontos que comprovam, sim, que o Mach-E é digno de pertencer à família Mustang da Ford é a potência. O SUV elétrico é um verdadeiro “foguete”, graças aos 487 cv e 87,7 kgf/m entregues por seus dois motores elétricos.

O Mustang a combustão, equipado com o motor Coyote, um 5.0 V8, por sua vez, tem 492 cv de potência (5 “cavalinhos” só a mais que o elétrico) e 57,8 kgf/m de torque. Na pista, porém, essa vantagem numérica na potência não fez efeito nenhum. Pelo contrário, como mostraremos no próximo item.
4. Aceleração
Outro ponto que prova por “A + B” que o Mach-E é, sem sombra de dúvidas, um autêntico Mustang, é a aceleração. O esportivo elétrico, embora “disfarçado” de SUV, tem DNA de corrida. Ele vai de 0 a 100 km/h, em apenas 3,7 segundos, e é capaz de fazer objetos grudarem no banco, como mostra o vídeo abaixo.

O GT Performance com gasolina “nas veias”, embora também seja excepcional, é um pouco mais lento no que tange aos números puros. O Mustang a combustão alcança os mesmos 100 km/h, saindo da inércia, em “apenas” 4,3 segundos, já que não tem o mesmo torque instantâneo do elétrico. Ponto para o Mustang Mach-E.
3. Lanternas traseiras e interior minimalista
Engana-se quem pensa que o Mustang Mach-E não tem nada a ver com os “originais”, a combustão, no quesito design. Quem garante isso é Ricardo Sugimoto, Supervisor de Design da Ford. O executivo explicou que a “sobrancelha” retilínea, o capô longo, o sharknose, o pilar C acelerado e a lanterna com três barras em LED foram inspiradas no Mach-1.

Por dentro, a característica comum é o visual minimalista. Tanto o Mach-E quanto as versões a combustão do Mustang fazem uso de poucos recursos extravagantes, exceção feita à enorme central multimídia, posicionada na vertical na versão elétrica e na horizontal, um pouco menor, na variante a combustão.
2. Nome e sobrenome
O quarto item em nossa lista de pontos que provam que o Mach-E é um digno representante da família Mustang é o mais óbvio de todos. Não bastasse o nome compartilhado, o esportivo elétrico também carrega consigo o sobrenome do modelo a combustão: GT Performance.

Dennis Rossini, Gerente de Marketing da Ford Brasil, explicou, na apresentação oficial do carro ao mercado brasileiro, o porquê dele ser merecedor do nome. Para o executivo, “o misto de esportividade e funcionalidades do Mustang Mach-E torna o crossover um carro competitivo contra esportivos puro sangue e, também, contra elétricos puro sangue, pois pode ser usado no dia-a-dia, em uma faceta que os esportivos convencionais não têm”.
1. O imortal “cavalinho”
Chegamos, enfim, ao ponto final que prova, de maneira irrefutável, que o Mustang Mach-E é um autêntico puro sangue, merecedor da alcunha que por mais de seis décadas encanta o mundo com a sinfonia de seus motores V6 e V8: o “cavalinho”.

Símbolo de força e esportividade, o cavalinho Mustang está presente no exterior e no interior do Mach-E, assim como é presença marcante nos modelos a combustão. Para ostentar o “imortal” logo, porém, só mesmo um carro digno de uma herança automotiva que seguirá viva por muitas outras gerações.
Leia também:
Vídeo: Qual foi o 1º carro elétrico do mundo?
Leia a matéria no Canaltech.