Quem conhece a história de The Sims e SimCity certamente sabe quem é Will Wright, a mente por trás do estúdio Maxis, fundado no fim dos anos 1980. Sua principal contribuição para a indústria foi oferecer experiências de simulação que eram verdadeiramente criativas e profundas.
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Wright foi responsável por transformar o gerenciamento de cidades, uma ideia esnobada na época, em algo divertido com o primeiro SimCity. O jogo foi lançado em 1989 para computadores domésticos e, mais tarde, ganhou uma versão para o Super Nintendo.
Por sua grande importância em um gênero que segue relevante até hoje, o Canaltech resolveu listar os 9 melhores jogos feitos por Will Wright, criador de The Sims, SimCity, Spore, entre outros.
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Melhores jogos já feitos por Will Wright
Apesar de estar em um momento peculiar sob o guarda-chuva da Electronic Arts, a Maxis ficou marcada por contrariar os temas mais famosos dos videogames para focar na liberdade de gameplay e em conceitos como o gerenciamento urbano. O estúdio, guiado pela mente brilhante de Will Wright, é um dos responsáveis pela fundação e pelo aprimoramento do gênero de simulação, relevante até hoje.
Confira a lista dos 9 melhores jogos criados por Will Wright:
- The Sims;
- SimCity;
- SimCity 2000;
- SimCity 3000;
- SimCopter;
- Spore;
- SimEarth: The Living Planet;
- SimAnt;
- SimLife.
9. SimLife: The Genetic Playground
Embora seja amplamente conhecido pela criação de SimCity e The Sims, Wright também desenvolveu muitos outros jogos de simulação. SimLife: The Genetic Playground, por exemplo, não “bombou” tanto quanto os títulos mais famosos da Maxis, mas se destacou por trazer a abordagem e o DNA do estúdio, embora Will Wright não o tenha dirigido diretamente.
SimLife deixava o gerenciamento urbano de lado e focava na criação de ecossistemas com animais e vegetais, permitindo observar os comportamentos dos seres vivos e como eles evoluíam. Além de uma gama de ferramentas de simulação, o jogo também tinha uma pegada educativa. Ele foi criado por Ken Karakotsios e lançado inicialmente para DOS, Windows e Macintosh em 1992; um ano depois, o simulador também chegou ao Amiga. Wright é creditado como designer assistente no projeto.
8. SimAnt
Saindo dos grandes ecossistemas para o quintal de uma casa, SimAnt é um jogo de 1991 lançado pela Maxis e criado por Will Wright em colaboração com Justin McCormick — que também participou do desenvolvimento de SimLife. Segundo o cofundador da Maxis, este foi o projeto mais rápido em que ele trabalhou, levando cerca de 10 meses para ser concluído.
SimAnt simulava a expansão das formigas pretas no jardim de uma casa. O objetivo era criar e expandir a colônia, enfrentando aranhas, lagartas e até mesmo humanos. O jogo acabava quando o jogador eliminava todos os formigueiros de formigas vermelhas e expulsava o dono da casa por conta da infestação.
Um dos pontos interessantes do jogo era sua vista lateral quando as formigas entravam no formigueiro e o gerenciamento de diferentes classes de formiga. Os jogadores precisavam se alimentar, evitar chuva e batalhar contra outros animais para sobreviver. Wright ainda revelou que gostaria de ver um remaster de SimAnt ao falar sua paixão por formigas no Reddit.
7. SimEarth: The Living Planet
SimEarth: The Living Planet foi outro jogo criado por Wright, desta vez em parceria com Fred Haslam, codiretor de SimCity 2000 — título que abordaremos mais adiante.
Voltando a uma escala macroscópica, SimEarth colocava os jogadores à frente do comando da Terra, onde era preciso guiar os habitantes do planeta rumo às estrelas — desde sua origem como seres unicelulares, em uma premissa semelhante à de Spore. Diferentemente de insetos e chuva em SimAnt, no jogo de gerenciamento da Terra os jogadores enfrentavam poluição, doenças, fome, guerras e aquecimento global, reforçando o fator educativo da série Sim.
6. Spore
Spore é um jogo de simulação desenvolvido quando a Maxis já estava sob o guarda-chuva da EA. O título foi extremamente ambicioso para a época, permitindo que os jogadores criassem microrganismos e evoluíssem até alcançar um nível interplanetário, passando pela era tribal e pela civilização.
O jogo é lembrado com carinho pelos jogadores até hoje graças a seu nível de customização e personalização dos seres vivos. Wright compartilhou que se trabalhasse em uma sequência de Spore, dividiria ela em três estilos de jogos: um de evolução, outro de civilização e por último um título com temática espacial. Outra curiosidade é que Spore é um dos poucos jogos em que Wright trabalhou diretamente a não conter ‘Sims’ no título, apesar de, inicialmente, o jogo se chamar ‘SimEverything’.
5. SimCopter
Apesar de ter uma premissa bem diferente de outros jogos da franquia Sim, SimCopter estava intimamente ligado aos jogos feitos por Will Wright. No simulador, os jogadores viviam na pele de um piloto de helicóptero novato que precisa ganhar a vida transportando passageiros, fazendo resgates e até apagando incêndios.
O grande diferencial de SimCopter foi ser um jogo de simulação em 3D que permitia importar mapas criados em SimCity 2000. Foi também neste jogo que o Simlish, a língua dos Sims, apareceu pela primeira vez, quatro anos antes da chegada de The Sims.
4. SimCity 3000
Apesar do sucesso relativo de SimCopter, a Maxis se viu em uma situação delicada no fim dos anos 1990. Parte do problema era que a empresa apostava em múltiplos lançamentos, esperando que algum deles bombasse. Naquela altura, o estúdio já estava próximo de ficar no vermelho e, por isso, precisava de um novo SimCity, série que certamente daria retorno financeiro.
Foi aí que surgiu SimCity 3000, mas os problemas só estavam começando. O estúdio fundado por Will Wright queria repetir o feito de SimCopter e trazer a série de gerenciamento de cidade para o 3D. Apesar da boa intenção de evoluir a franquia, a tecnologia da época foi um grande impeditivo para que isso acontecesse, resultando em um desenvolvimento catastrófico.
Após a aquisição pela Electronic Arts e mudanças na direção da Maxis, SimCity 3000 foi reformulado sob uma perspectiva isométrica e lançado em 1999 para PC. Apesar de uma produção conturbada, o título foi um verdadeiro sucesso comercial, com 5 milhões de cópias vendidas.
3. SimCity 2000
SimCity 2000 foi a sequência direta do jogo original de 1989. A tarefa de desenvolver a continuação foi delegada a Fred Haslam por Will Wright. O criador da Maxis havia trabalhado no primeiro título da série por cinco anos e não queria se envolver com SimCity 2000. Apesar disso, Wright se juntou a Haslam para finalizar o projeto, introduzindo arcologias, microssimulação e a visão subterrânea.
O jogo também ficou marcado pela mudança de perspectiva do 2D para isométrica, além da adição de diversos novos edifícios e construções, sistemas detalhados e cenários baseados em eventos reais. SimCity 2000 acabou servindo como a principal base de muitos jogos de construção de cidade e simulação que viriam a seguir.
2. SimCity
Voltando ao nascimento da própria Maxis e do gênero de simulação no final dos anos 80, SimCity foi um verdadeiro marco. Apesar de ter sido desenvolvido originalmente para computadores caseiros, foi no Super Nintendo que o jogo bombou, com quase 2 milhões de cópias vendidas apenas no console da Big N.
Sua inovação residia em ser um dos poucos títulos que não se baseavam em combates ou em um objetivo de vitória claro. A ideia de Will Wright era criar um jogo sobre planejamento urbano, embora muitos conhecidos dele não acreditassem no potencial do conceito. O que veio depois? História. Muitos outros jogos na mesma pegada, principalmente os de simulação, surgiram a partir dos anos 90. Se hoje podemos jogar títulos como RollerCoaster Tycoon e Cities: Skylines, devemos muito ao primeiro SimCity.
1. The Sims
The Sims foi outro grande jogo criado por Will Wright que movimenta milhões de jogadores até hoje. A ideia que deu origem ao game é bem inusitada: ela surgiu após um incêndio destruir completamente a casa de Wright, o que o levou a incorporar no jogo sua experiência de reconstruir a própria vida. Inicialmente, os conselheiros da Maxis não acharam que um “jogo de casa de bonecas” seria uma boa ideia, mas Wright conseguiu o aval da própria EA — um tiro mais que certeiro.
O fundador da Maxis tinha como objetivo focar nas interações sociais e humanas, trabalhando com arquitetura e dando liberdade para que os jogadores contassem as próprias histórias. Outra inspiração para a criação do jogo foi o livro “A Pattern Language”, de Christopher Alexander (1977), no qual Wright se baseou para guiar as funcionalidades de arquitetura do simulador.
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