Um entusiasta de hardware, conhecido online como MINT, criou um processador totalmente funcional utilizando componentes muito antigos, como chips de memória EPROM da era de 8 bits. O projeto, nomeado EPROMINT, foi desenvolvido ao longo de três meses e envolveu o design, a soldagem manual de mais de um quilômetro de fios e a programação de quase 2.000 linhas de código assembly. Um projeto realmente impressionante.
A inspiração para o EPROMINT surgiu de um experimento simples com chips de memória para controlar pequenos sistemas externos. A partir daí, MINT decidiu replicar a arquitetura de processadores clássicos, como o Zilog Z80. O resultado é uma máquina que, embora não tenha a aparência polida dos processadores modernos, já que estamos falando de algo muito mais complexo, é capaz de executar seus próprios conjuntos de instruções e responder a interrupções de hardware.
CPU caseira roda até filme
O processador foi construído em quatro placas perfuradas, pesando mais de 500g. A unidade lógica e aritmética (ALU), componente central de qualquer CPU, foi um dos maiores desafios, com o protótipo inicial sendo descartado por instabilidade. A versão final foi soqueteada para facilitar a depuração.
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Para demonstrar a capacidade de sua criação, MINT conectou o processador a uma tela VFD (Vacuum Fluorescent Display) e o programou para exibir cenas do filme Matrix, mas do jeito que um painel desse tipo consegue reproduzir.
Um dos destaques do projeto EPROMINT é sua execução totalmente exposta, permitindo a visualização e o rastreamento de cada ciclo de clock, opcode e alteração de registro, um feito notável no mundo de DIY.
Imagina o que essa pessoa não faria dentro da indústria de hardware.
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