A corrida espacial ganhou um novo capítulo com o apelo do chefe interino da NASA, Sean Duffy, para acelerar os planos de instalação de um reator nuclear na superfície lunar até o final da década. A iniciativa, que reforça a visão do governo Trump de priorizar missões tripuladas, é vista como estratégica frente ao avanço de China e Rússia na exploração do espaço.
- Único reator nuclear natural do planeta tem 2 bilhões de anos
- Rússia e China querem instalar usina nuclear na Lua até 2035
Sean Duffy, que também ocupa o cargo de secretário de Transportes, emitiu uma diretiva urgente para que a NASA acelere seus esforços no desenvolvimento de um reator nuclear lunar. A proposta é que o equipamento tenha capacidade mínima de 100 quilowatts e esteja pronto para lançamento até 2029.
De acordo com Duffy, a medida é estratégica. Ele argumenta que, caso China e Rússia sejam as primeiras a instalar um reator na Lua, poderiam estabelecer uma espécie de “zona de exclusão”, limitando a atuação dos EUA no satélite natural. Ambos os países já possuem planos para uma base lunar conjunta até meados de 2035.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–

Reator nuclear na Lua
O reator é visto como essencial para garantir a sobrevivência e operação contínua de futuras bases lunares. Uma “noite” na Lua dura aproximadamente 14 dias terrestres, período em que não há luz solar para alimentar painéis solares. Algumas regiões de interesse científico permanecem em sombra permanente.
Um sistema nuclear resolveria essa limitação energética, possibilitando a exploração de áreas antes inacessíveis e permitindo estadias humanas mais longas na Lua.
Em declarações recentes, o chefe interino da NASA foi direto: “Estamos em uma corrida com a China pela Lua. Queremos chegar primeiro e reivindicar a melhor parte para os Estados Unidos”. Ele se referia às regiões com maior incidência de gelo e luz, consideradas ideais para futuras bases humanas.
O reator nuclear, segundo Duffy, não será lançado ativo (uma preocupação recorrente quando o assunto é energia nuclear no espaço). O projeto também busca envolver empresas privadas, com a NASA planejando lançar um edital de propostas em até 60 dias e selecionar as parceiras até 2030.
Leia também:
- Branqueadas | A radiação solar danificou as bandeiras dos Estados Unidos na Lua?
- NASA ainda tenta ressuscitar sonda perdida que procuraria água na Lua
VÍDEO | COMO TIRAR FOTO DA LUA COM SEU CELULAR?
Leia a matéria no Canaltech.