Internet discada da AOL ainda existe, mas está com os dias contados

Tecnologia

Ainda é possível usar a internet discada da AOL nos Estados Unidos — pelo menos até o mês que vem. O provedor anunciou recentemente que vai encerrar a oferta da conexão discada em setembro, marcando o fim de um dos serviços mais marcantes dos anos 2000.

A medida pegou muita gente de surpresa, visto que as pessoas não sabiam que esse tipo de serviço seguia ativo. Dessa forma, residentes do Canadá e dos Estados Unidos ainda têm alguns dias para experimentar a internet dos anos 2000 com velocidade baixíssima e o tradicional barulho de conexão.

A operação discada da AOL chega ao fim após 34 anos de existência. Além disso, a empresa confirmou que vai desativar o aplicativo AOL Dialer (usado para gerenciar a conexão) e o navegador AOL Shield.


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O aviso da AOL sobre o fim da conexão discada (Imagem: Reprodução/AOL)

AOL já foi protagonista no mercado

A America Online (AOL) foi um dos primeiros grandes nomes da internet nos Estados Unidos. Além de contar com um provedor de internet discada, tinha serviços digitais como um portal de notícias e uma sala de bate-papo.

O sucesso foi tão grande que a companhia comprou a empresa de mídia Time Warner em 2001 para se tornar um conglomerado — na época, foi a fusão mais cara dos EUA. Porém, a marca perdeu força com a ascensão da internet por banda larga e enfraqueceu nos anos seguintes.

Vale lembrar que esse tipo de conexão impedia o uso do telefone e ficava mais barata em horários pouco convencionais, como madrugadas. O modem permitia chegar à velocidade de 56 Kbps (0,056 Mpbs), algo muito abaixo das opções atuais.

Internet discada marcou o Brasil

A conexão discada foi a porta de entrada à internet para muitos brasileiros entre o final da década de 1990 e o começo da década de 2000. Empresas como UOL, BOL, Terra e até Globo.com entraram no mercado digital com provedores de internet, normalmente vendidos com um CD de instalação.

Muitas dessas empresas abandonaram o formato de conexão com o crescimento da banda larga, em que o setor foi ocupado principalmente por operadoras de telefonia, mas ainda continuaram com os portais de notícias e entretenimento.

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