Qual é a história de Guerreiras do K-Pop, filme que virou sensação na Netflix

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Você não precisa ser fã de K-pop para ter ouvido falar de Guerreiras do K-Pop, animação da Sony lançada pela Netflix, que virou sensação desde que chegou à plataforma em junho.

Além de ter sido ovacionado no Rotten Tomatoes com 97% de aprovação da crítica e 91% do público, o longa até o momento não saiu da lista de mais assistidos do serviço, chegando ao top 10 de 93 países. Um sucesso que atingiu diferentes gerações e públicos, e fez com que Guerreiras do K-Pop alcançasse o posto de quarto filme em língua inglesa mais visto da história da Netflix.

Quer mais? O longa-metragem fez sucesso também na indústria musical com as duas bandas fictícias de sua história: as Huntrix e os Saja Boys. Ao todo, sete de suas canções chegaram às paradas globais, entrando para a Billboard Hot 100 e superando alguns dos maiores nomes dessa indústria como Blackpink e BTS.


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Mas, afinal, do que se trata essa animação de tamanho sucesso?

A história de Guerreiras do K-Pop

Animação musical de fantasia urbana, Guerreiras do K-Pop conta a história das Huntrix, um grupo de K-pop formado pelas jovens Rumi, Mira e Zoey, que agem também secretamente como um grupo de caçadoras de demônios.

Embora poucas pessoas saibam, em um passado distante os demônios atacaram os humanos para alimentar seu chefe, Gwi-Ma, o que fez com que ao longo dos anos diferentes trios de cantoras assumissem a função de combater as criaturas com sua voz. Uma união que visa principalmente formar o Honmoon Dourado, uma proteção que irá banir os demônios para sempre da terra.

Treinadas pela ex-caçadora Celine, as garotas Rumi, Mira e Zoey são agora as portadoras dessa missão e, às vésperas de fecharem de vez o Honmoon, se veem em apuros quando Gwi-Ma adota uma nova estratégia, mandando uma boy band demoníaca em seu encalço.

Os Saja Boys, boyband demoníaca, surge para sugar as almas dos fãs de k-pop (Imagem: Divulgação/Netflix)

Lindos, estilosos e com uma voz poderosa, os Saja Boys chegam para assumir o posto de nova sensação da música, batendo de frente com as canções das Huntrix e “roubando” não apenas seus fãs, mas as almas deles para Gwi-Ma.

Enquanto o trio busca uma forma de detê-los, Rumi vive seu próprio dilema particular, já que esconde um segredo das amigas que pode acabar com sua união. Um problema que se intensifica quando Jinu, líder dos Saja Boys, descobre esse mistério, criando ainda mais problemas para a jovem caçadora.

Longa combina visual e músicas originais

Embora Guerreiras do K-Pop seja o filme de super-heróis mais bem avaliado do ano pela crítica (ficando à frente de Superman com 83%, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos com 86% e até Thunderbolts com 88% no Rotten Tomatoes), o longa foi criado para mostrar um tipo mais relacionável de super-heroína.

“Eu só queria ver algo diferente das super-heroínas da Marvel, que eram apenas sensuais, legais e duronas”, disse Maggie Kang, que dirige o filme ao lado do ilustrador Chris Appelhans. “Eu também queria ver garotas que tivessem barrigas salientes, arrotassem, fossem grosseiras, bobas e divertidas, porque é assim que eu realmente sou. Então, eu só queria criar algo que englobasse todos esses elementos”, contou à Entertainment Weekly

Heropinas do filme usam música como proteção para os humans (Imagem: Divulgação/Netflix)

Todas essas peculiaridades, mostradas nas expressões, roupas e personalidades das personagens, ganham uma camada ainda mais especial com a estética dada à animação, que tem um visual gráfico ousado em uma versão tridimensional de anime com rostos bastante angulares e desenhos exagerados.

Um estilo que não passa despercebido em nenhuma cena do filme, que faz questão de combinar elementos tradicionais da cultura coreana, como espadas e leques – e, inclusive, reproduzir locais reais de Seul nas imagens externas – com o universo do K-Pop.

A música, aliás, é um dos principais elementos do projeto, o que fez com que a equipe do longa fosse atrás do suporte de grandes produtoras musicais, contando com o auxílio de nomes poderosos da indústria, como o compositor sul-coreano Teddy Park e as cantoras Jeongyeon, Jihyo e Chaeyoung do TWICE que gravaram a música original Takedown para o longa-metragem.

“Sou fã desses artistas incríveis e de seus trabalhos há muitos anos, então é um sonho realizado ter músicas originais escritas e produzidas para o nosso filme por talentos lendários como THEBLACKLABEL [produtora de Teddy Park]”, disse Kang ao Tudum da Netflix.

Traços são propositalmente exagerados em visual de Guerreiras do K-Pop (Imagem: Divulgação/Netflix)

Com canções como Golden da Huntrix – a primeira de um grupo exclusivamente feminino a alcançar o primeiro lugar na parada de músicas em streaming da Billboard – e Soda Pop dos Saja Boys ainda dando o que falar, a animação e as canções de Guerreiras do K-Pop parece que têm vida longa na indústria.

A Netflix, inclusive, se prepara para começar uma campanha poderosa para levar a produção ao Oscar de Melhor Animação desse ano, além da própria música Golden ao Oscar de Melhor Canção Original.

Para quem quiser assistir ao título, Guerreiras do K-Pop pode ser visto na Netflix.

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