As ferramentas de inteligência artificial se tornaram parte importante na rotina de programadores, principalmente pela habilidade de lidar com soluções complexas. No entanto, o chefe de tecnologia (CTO) da Alura, Sérgio Lopes, entende que o melhor uso da tecnologia vai além de ficar apenas no ChatGPT.
- Você está pronto para trabalhar com IA? Veja o que o mercado já espera de você
- O que os brasileiros mais fazem no ChatGPT? Veja os principais usos da IA
Em palestra durante o evento IA Conference Brasil, em São Paulo (SP), Lopes destacou o papel dos chatbots, mas ressaltou que os profissionais da área precisam dominar outras ferramentas para obter o melhor resultado possível com a tecnologia.
Vale destacar que a própria OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, revelou nesta semana que prompts sobre programação, matemática e ciência de dados estão entre os mais populares no Brasil.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Quais ferramentas usar?
Para Sérgio Lopes, um bom uso de IA para programar passa por um conjunto de aplicações e não fica limitado ao chatbot: ambientes de desenvolvimento integrado (IDE), interfaces de linha de comando (CLI) e extensões são algumas das alternativas para criar softwares do zero.
Porém, os agentes de código são o maior destaque. ”O segredo das IAs não é você pedir coisas no chatbot, são os agentes. Eles conseguem tomar decisões e caminhos de maneira autônoma”, explicou.
Após escolher as ferramentas ideais, o próximo passo envolve adotar os modelos de linguagem (LLMs) mais avançados do mercado para tarefas de programação. “Essas ferramentas só são boas de acordo com o modelo que você estiver usando. Não adianta pagar uma assinatura e ter modelos de um ano e meio atrás”, comentou Lopes.
O CTO ainda mencionou que o mercado de IA muda muito e está em constante evolução, então é sempre importante ficar de olho em lançamentos e inovações recentes de topo de linha, como o caso do GPT-5.
Quando usar o chatbot?
Para Sérgio Lopes, da Alura, chatbots de IA têm seu valor, mas não devem fazer parte de todo o processo. Ele destaca que as plataformas são interessantes para testar códigos simples, discutir soluções e tirar dúvidas gerais.
‘É demorado e é caro’, diz CTO
Ainda que a IA consiga resolver tarefas complexas na programação, o profissional reconheceu que o processo é caro e, muitas vezes, demorado.
Os melhores serviços e modelos de linguagens mais poderosos estão limitados a planos pagos de IA, enquanto as ferramentas podem levar mais tempo para entregar um resultado em comparação com uma versão gratuita.
Além disso, ele alertou para o cenário token based do mercado: as IAs cobram por tokens (fragmentos de textos usados nos prompts) e a medida pode encarecer o serviço escolhido por uma empresa.
Leia também:
- 10 cursos de IA online do nível básico à especialização
- Pronto para a IA? CEO do GitHub lista habilidades essenciais para devs
- Privacidade nas IAs: quem tem acesso ao seu histórico de conversas?
VÍDEO: Galaxy Ring 2: deu TUDO errado?
Leia a matéria no Canaltech.
