Pagou no sábado e o app do Santander diz que estornou? Bug afeta cartão do banco

Tecnologia

Abriu o app do Santander e viu que as compras feitas no último sábado foram estornadas? É o que relatam correntistas que se depararam com os registros de devolução nesta quarta-feira (13). Contudo, tudo não passou de uma falha que atingiu o cartão de débito, informou o banco. 

De acordo com um cliente ao Canaltech, a instituição financeira realizou, ao longo do dia, estornos de transações do sábado (9). Neste caso, as devoluções vieram de compras em estabelecimentos distintos, todas com o pagamento através do cartão de débito com a bandeira Visa.

Além do registro no extrato, o saldo da conta também foi atualizado.


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Compras feitas com o cartão de débito do Santander no último saldo foram estornadas repentinamente, relatam clientes (Imagem: Arquivo pessoal)
Compras feitas com o cartão de débito do Santander no último saldo foram estornadas repentinamente, relatam clientes (Imagem: Arquivo pessoal)

Comentários nas redes sociais, com relatos de usuários que abriram seus aplicativos e notaram a nova quantia na conta corrente, também mostram que o caso não foi isolado. Confira:

Falha será resolvida 

A “devolução” chamou a atenção de vários clientes da instituição financeira. O Santander, no entanto, esclareceu à reportagem que o caso está relacionado a uma falha nos processamentos dos pagamentos.

“O Santander registrou intermitência pontual no processamento dos cartões de débito Visa no sábado (9/8). O Banco fará o reprocessamento das transações até o final do dia de hoje. Ou seja, a compra será novamente debitada na conta dos clientes”, diz a empresa em nota.

O que fazer quando receber estornos errados do banco?

A advogada especialista em direito civil e direito do consumidor do Paschoini Advogados, Amanda Cunha, explica que se o valor creditado na conta decorrer de erro do banco ou de estorno indevido, sua utilização pode gerar consequências jurídicas graves.

“A legislação brasileira enquadra essa conduta como hipótese de enriquecimento ilícito e, em determinadas circunstâncias, até como apropriação indébita. Nesses casos, a instituição financeira poderá reverter a operação, compensar o montante em lançamentos futuros ou promover a cobrança judicial, acrescida de juros e atualização monetária”, completa Cunha. 

É importante lembrar que todas as transações permanecem registradas no histórico do aplicativo, no extrato e nos sistemas internos do banco, o que permite a fácil identificação do erro. Assim, quando constatada a irregularidade, Cunha aponta que a devolução será exigida e, em caso de recusa, poderá haver negativação e responsabilização criminal.

A especialista orienta que a ação mais segura é não movimentar o montante e comunicar imediatamente o banco e, assim, evitar que um simples erro operacional se converta em uma responsabilidade civil ou penal.

Colaborou: Bruno De Blasi.

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