Levar o celular para o banheiro durante o banho é um hábito comum, especialmente para quem costuma usar esse momento para ouvir músicas ou podcasts. No entanto, a ação não é recomendada, e pode causar danos significativos aos dispositivos a longo prazo.
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Afinal, nem mesmo os celulares com certificação IP avançada, como IP68 e IP69, estão imunes. No banho, o vapor quente consegue entrar por frestas microscópicas e condensar dentro do dispositivo.
Mudanças bruscas de temperatura aumentam o perigo. Do ambiente quente e úmido do banheiro para um local externo mais frio, a condensação é favorecida, e o vapor se transforma em água, em compartimentos onde não deve estar.
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Além disso, a resistência à água fornecida de fábrica não é permanente. Com o uso, as vedações de borracha, cola e selantes internos se desgastam.
Portanto, mesmo um celular que resistia bem à água no lançamento pode estar vulnerável meses ou anos depois.
A própria Apple orienta evitar situações que podem causar danos por líquidos. As recomendações oficiais para seus dispositivos mais recentes incluem:
- Não nadar ou tomar banho com o iPhone;
- Não expor o iPhone a água pressurizada ou de alta velocidade, como no chuveiro ou em esportes aquáticos;
- Não usar o iPhone em sauna ou sala de vapor;
- Não submergir intencionalmente o iPhone na água.
Os possíveis danos causados pelo vapor do banho incluem a oxidação de conectores e trilhas internas, falhas na placa de circuito, problemas no funcionamento da tela, desgaste acelerado de vedações e mais.
Por que IP69 não garante segurança no banho?
Embora seja uma das mais altas certificações contra poeira e água, a IP69 não garante resistência contra o vapor do banho. Afinal, a homologação menciona apenas a resistência a jatos de alta pressão e temperatura em testes controlados.
Em geral, os testes não simulam exposição prolongada ao vapor quente nem variações constantes de temperatura e umidade.
O calor ainda pode dilatar componentes internos, o que leva à abertura de microcanais temporários que facilitam a entrada de umidade — inclusive a longo prazo.
Alguns suportes, cases e capas de proteção, tipicamente vendidos em plataformas de marketplaces, podem reduzir o impacto direto da água no celular dentro do banheiro. Afinal, ajudam a criar uma barreira física que limita respingos e parte da umidade.
No entanto, eles não impedem completamente que o vapor quente penetre com o tempo. Por isso, são consideradas soluções temporárias, e eventualmente até ineficazes.
Por isso, a melhor medida para aumentar a longevidade dos celulares é deixar eles para fora do banheiro durante o banho. Uma ação simples, mas que pode ter diversos benefícios a longo prazo.
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