A SoftBank, multinacional japonesa de tecnologia e telecomunicações, anunciou nesta segunda-feira (18) a compra de US$ 2 bilhões em ações da Intel, equivalente a quase 2% da participação acionária, porém, sem obrigação de um assento no conselho. Além disso, a holding de investimentos não se comprometeu à comprar chips da empresa.
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O investimento visto como “surpreendente” por alguns analistas causou reações mistas no mercado. Enquanto as ações da Intel subiram cerca de 5,4% no pré-mercado da Nasdaq, as ações da SoftBank tiveram queda de 4% na bolsa de Tóquio.
Em comunicado divulgado pela gigante japonesa, o CEO Masayoshi Son reafirmou a confiança na Intel, afirmando que é “uma liderança confiável em inovação há mais de 50 anos”.
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Son completa dizendo que “este investimento estratégico reflete nossa crença de que a produção e o fornecimento de semicondutores avançados irão expandir ainda mais nos Estados Unidos, com a Intel desempenhando um papel fundamental”.
A confiança do CEO na Intel “surpreende” analistas já que, em 2024, a empresa de tecnologia apresentou prejuízo de US$ 18,8 bilhões frente à concorrência forte com a TSMC e com a AMD.
Além do acordo com a SoftBank, a Intel também estaria próxima de vender 10% de sua participação para o governo dos EUA, trocando ações por subsídios. O investimento seria voltado para a construção de uma fábrica para produção de chips no estado americano de Ohio.
Na semana passada, o CEO da Intel Lip-Bu Tan se encontrou com o presidente Donald Trump na Casa Branca, após o político afirmar que o executivo deveria deixar o cargo na empresa devido aos seus laços com a China.
Estratégia geopolítica
Desde que Trump assumiu a presidência, a SoftBank tem se comprometido com investimentos nos EUA.
A gigante de investimentos faz parte, junto da Oracle e da OpenAI, do Stargate, um projeto que garante o investimento de mais de US$ 500 bilhões nos EUA pelos próximos anos para garantir liderança em inteligência artificial e na construção de data centers.
E agora a SoftBank novamente investe na indústria de tecnologia nos EUA, com os US$ 2 bilhões na Intel. O investimento vem em um momento geopolítico instável entre os Estados Unidos e o Japão, já que Tóquio tem buscado redução nas tarifas impostas pelos EUA a partir de investimentos no país.
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