
A Samsung anunciou nesta semana um salto de 30% na procura por sua nova geração de smartphones dobráveis na América Latina. Durante o período de pré-venda, os novos Flip 7 e Fold 7 resultaram em vendas e “deixaram de ser uma curiosidade para se tornarem uma escolha consciente”, na visão do presidente e CEO da Samsung na região, HS Jo.
A Samsung não divulgou os números absolutos de unidades comercializadas na pré-venda. Ainda assim, o percentual de crescimento serve como um termômetro para medir a receptividade do público aos novos produtos e a evolução da demanda por uma tecnologia que, há seis anos, era considerada experimental. No Brasil, o período de pré-venda dos aparelhos segue até o dia 24 de agosto.
O que explica o aumento na procura pelos dobráveis?
Segundo comunicado, o Fold 7, que abre verticalmente como um livro, foi o principal motor do crescimento, representando 56% de todos os pedidos realizados. A preferência foi impulsionada pelo design mais fino, melhorias no conjunto de câmeras e a integração de novas funcionalidades de IA. As cores mais procuradas, por sua vez, foram a Jetblack (46%) e a Azul (45%). No Brasil, o Fold 7 custa a partir de R$ 14.599.
O Galaxy Z Flip 7, que dobra horizontalmente, também está mais fino, com 6,5 mm quando aberto. A tela externa Super AMOLED cresceu para 4,1 polegadas, cobrindo quase toda a parte frontal e permitindo mais interações sem a necessidade de abrir o aparelho. Já sua bateria foi ampliada para 4.300 mAh. Ele sai por R$ 8.199.
A novidade da linha é o Galaxy Z Flip7 FE, uma versão que visa ampliar o acesso à tecnologia dobrável, mantendo o formato flip com especificações ligeiramente mais modestas, como uma tela externa de 3,4 polegadas e uma câmera dupla de 50 MP.
O mercado de dobráveis no Brasil e quem ameaça a Samsung
O segmento de smartphones dobráveis no Brasil, embora ainda represente uma pequena fração do volume total de vendas, vem demonstrando um crescimento consistente. De acordo com dados da consultoria IDC Brasil, a categoria tem potencial para expandir sua participação à medida que os preços se tornam mais acessíveis e a tecnologia amadurece, reduzindo preocupações dos consumidores sobre a durabilidade, por exemplo.
A Samsung detém uma posição dominante neste nicho, com uma participação que, segundo fontes do setor, ultrapassa os 80%. O principal desafio continua sendo o preço elevado.
No entanto, a concorrência começa a se intensificar, principalmente no formato flip. No Brasil, a Motorola tem o rival mais bem estabelecido: o poderoso Razr 60 Ultra foi lançado com preço sugerido de R$ 9.999 e compete diretamente com o Flip 7.

O cenário é menos competitivo para o segmento do Fold. Globalmente, modelos da Honor e Oppo são citados como rivais importantes. O Huawei Mate X6 até desembarcou por aqui, mas custando bem mais: R$ 23.999.
A expectativa é que novas marcas chinesas, que já atuam em outros segmentos, possam trazer seus modelos dobráveis nos próximos anos, aumentando a competitividade e potencialmente pressionando os preços para baixo.
Flip e Fold 7: procura pelos novos dobráveis da Samsung cresce 30%