Mais de 700 pinguins são encontrados mortos no litoral de SP; saiba por que

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Mais de 700 pinguins foram encontrados mortos entre os dias 15 e 21 de agosto em Cananéia, Iguape e Ilha Comprida, cidades localizadas no litoral sul de São Paulo. Os dados foram contabilizados pelo Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC).

De acordo com a instituição, todos os 739 animais — todos pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) — foram encontrados em estágio avançado de decomposição, o que dificulta a identificação precisa da causa da morte das aves.

“Entre as hipóteses para esses encalhes, com base nas necropsias de animais frescos ou no quadro clínico de animais vivos, podemos citar os efeitos da migração por longas distâncias, dificuldade em encontrar alimento, parasitoses, quadros infecciosos e a interação com a pesca”, informa o IPeC, que faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMS-BS).


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Pinguins cada vez mais debilitados

O instituto ressalta que os animais encalhados, mesmo quando encontrados vivos, estão cada vez mais debilitados, o que demanda esforços ainda maiores de reabilitação.

“Os pinguins desta temporada, em comparação com os últimos dois anos, estão chegando com peso muito baixo, hipotérmicos (em alguns casos sem condição de aferir a temperatura), com sinais de interação com a pesca e muitos com a condição respiratória comprometida”, destaca a instituição.

Pinguins
Pinguins estão chegando à costa brasileira cada vez mais debilitados (Divulgação/PMP-BS)

Apesar das mortes e do estado debilitado de muitos animais, os especialistas do IPeC ressaltam que a espécie não está em risco de extinção.

Estima-se que existam entre 2 e 3 milhões de indivíduos na natureza, concentrados principalmente em grandes colônias na Argentina. Contudo, mudanças climáticas e atividades humanas colocam essa espécie de pinguins em risco a médio e longo prazo.

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