A mais nova medida do Google para evitar a infecção de malwares nos celulares Android é a chamada Verificação de Desenvolvedor (Developer Verification, no original), anunciada na última semana. Entrando em vigor apenas em 2026, ela visa evitar que aplicativos de terceiros carreguem arquivos maliciosos para a Google Play Store, loja de aplicativos da plataforma.
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Desde 31 de agosto de 2023, desenvolvedores já precisavam providenciar o número D-U-N-S (Sistema de Numeração Universal de Dados) para poder publicar aplicativos na Play Store. A medida reduziu significativamente o número de malwares na plataforma, mas não se aplicava ao vasto sistema de desenvolvimento de aplicativos fora da loja. Agora, isso deve mudar.
Malwares na Play Store
Segundo o Google, atores maliciosos costumam usar a anonimidade para afetar usuários ao se passar por desenvolvedores, usando a imagem da marca para criar aplicativos convincentes, mas falsos. A escala da ameaça é grande: análises da empresa mostraram que há 50 vezes mais malwares por aplicativos baixados da internet do que os obtidos via Play Store.
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Todos os aplicativos instalados em dispositivos Android verificados deverão vir de desenvolvedores com identidade verificada pelo Google a partir de 2026. O acesso antecipado ao programa de Verificação de Desenvolvedores vai começar em outubro deste ano, com o sistema sendo aberto para todos os desenvolvedores em março de 2026. Em setembro do mesmo ano, a verificação de identidade será obrigatória no Brasil, Indonésia, Cingapura e Tailândia, se estendendo ao resto do mundo em 2027.
Com a medida, aplicativos sem certificação serão bloqueados pelo sistema operacional com uma mensagem de segurança sendo exibida pelo aparelho, se for certificado. Dispositivos Android certificados são os que passaram pelo Teste de Compatibilidade da Google (CTS) e podem vir com os apps Google Play Services, Play Store e Play Protect. Eles são, em geral, celulares da Samsung, Xiaomi, Motorola, OnePlus, Oppo, Vivo e Google Pixel.
Os não certificados costumam ser da Huawei, tv boxes chinesas e tablets Amazon Fire, bem como celulares altamente modificados. Esses não são sujeitos à medida do Google e, portanto, seguem rodando APKs de terceiros, como os vindos de desenvolvedores anônimos.
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