Pupila branca e reflexo de olho de gato | Entenda condição que assusta em bebês

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A visão é um dos sentidos mais importantes no desenvolvimento da criança. Por isso, exames oftalmológicos nos primeiros anos de vida são fundamentais para detectar precocemente possíveis alterações. Um dos sinais que mais preocupa os pais é a pupila branca, também chamada de reflexo de olho de gato ou leucocoria

O que é a leucocoria

A leucocoria é uma condição em que a pupila aparece branca em vez de preta. Em alguns casos, pode ser notada a olho nu, mas muitas vezes só é percebida em fotografias com flash, quando um dos olhos reflete um tom esbranquiçado em vez do reflexo vermelho normal. Esse sinal não é uma doença em si, mas um alerta de que algo está impedindo a luz de alcançar a retina corretamente. Entre as principais causas estão:

  • Catarata congênita
  • Glaucoma congênito
  • Descolamento de retina
  • Infecções intraoculares
  • Alterações vasculares
  • Retinoblastoma (tumor intraocular maligno)

Importância do teste do olhinho

O teste do olhinho, também chamado de teste do reflexo vermelho, é obrigatório em praticamente todos os estados brasileiros. Ele deve ser realizado entre 48 e 62 horas após o nascimento do bebê ainda na maternidade. O exame é rápido, indolor e serve como rastreio inicial para alterações importantes.


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O Ministério da Saúde recomenda que o teste seja repetido três vezes ao ano até os cinco anos de idade. Já a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica orienta que, além do teste do olhinho, a criança passe por um exame oftalmológico completo com especialista entre seis e 12 meses e novamente aos três anos.

Pupila branca, também chamada de reflexo de olho de gato ou leucocoria (Imagem: Peter Puype/Wikimedia Commons)

Vale lembrar que a leucocoria é considerada uma emergência oftalmológica. Isso significa que qualquer sinal de reflexo branco, seja percebido em fotos ou na observação direta, deve levar os pais a procurar um oftalmologista o quanto antes.

A maioria dos problemas oftalmológicos na infância não apresenta sintomas no dia a dia. Crianças com graus altos de miopia, hipermetropia ou astigmatismo, por exemplo, podem enxergar mal sem demonstrar dificuldades óbvias. Por isso, confiar apenas na observação do comportamento da criança não é suficiente para garantir a saúde ocular.

Exames complementares

Quando há suspeita de leucocoria ou alteração no reflexo vermelho, o oftalmologista realiza exames mais detalhados. O uso de colírios dilatadores permite ampliar a pupila e avaliar melhor a retina e outras estruturas internas do olho. Esse processo ajuda a identificar a causa do reflexo branco e definir o tratamento adequado.

Em casos de retinoblastoma, o diagnóstico precoce pode salvar a visão e até a vida da criança. Já em situações como a catarata congênita, quanto antes for realizada a intervenção, maiores são as chances de recuperação visual.

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