Na última quinta (4), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão de um lote falsificado do medicamento Mounjaro, usado para o tratamento de diabetes tipo 2 e que também vem sendo buscado para emagrecimento. A decisão reforça o alerta contra produtos sem procedência, que podem colocar a saúde da população em risco. Um lote do medicamento Opdivo (lote ACS1603), para tratamento de câncer, também foi apreendido.
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Segundo a Anvisa, o lote 082024 do Mounjaro foi identificado como falso após comunicado da farmacêutica Eli Lilly, que confirmou não ter fabricado a remessa. Por isso, a agência proibiu a venda, distribuição e uso do lote em todo o território nacional.
A farmacêutica Bristol-Myers Squibb informou que não reconhece a produção da remessa em circulação, levando à mesma medida de proibição.
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A Anvisa ressaltou que, por se tratar de falsificações, não há garantia de eficácia, qualidade ou segurança. O uso desses produtos representa sérios riscos à saúde e deve ser evitado em qualquer circunstância.
Risco dos medicamentos falsos

O mercado paralelo de medicamentos tem crescido junto com a popularidade de fármacos para emagrecimento e tratamentos crônicos. Produtos falsificados não passam por controle de qualidade e podem conter substâncias tóxicas, doses incorretas ou simplesmente não trazer nenhum efeito terapêutico.
A Anvisa recomenda que consumidores adquiram medicamentos apenas em farmácias autorizadas e sempre com receita médica, especialmente quando se trata de medicamentos injetáveis como o Mounjaro.
Outras canetas sob disputa judicial
Além da preocupação com falsificações, o setor farmacêutico vive embates jurídicos. A Novo Nordisk, fabricante das canetas Victoza e Saxenda, conseguiu decisão favorável da Justiça Federal para manter a patente da liraglutida no Brasil por mais 8 anos. A empresa também busca extensão semelhante para a semaglutida, princípio ativo presente nos medicamentos Ozempic e Wegovy.
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