Você já parou para pensar por que o Homem-Aranha se tornou um ícone global, com uma legião de fãs que se estende por gerações e culturas? Segundo o lendário Stan Lee, a resposta é muito mais simples e genial) do que se imagina, e está diretamente ligada ao uniforme.
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Em uma entrevista para a revista Alter Ego, Stan Lee revelou que o sucesso do Amigão da Vizinhança se deu por uma decisão criativa, talvez até acidental, de seu co-criador, o artista Steve Ditko. Enquanto a maioria dos heróis da época deixava parte do rosto ou as mãos de fora, o uniforme do Aranha cobria o corpo inteiro, da cabeça aos pés. Não havia um pedacinho de pele sequer à mostra.
“Qualquer jovem de qualquer raça poderia se identificar com o Peter Parker, ou melhor, com o Homem-Aranha”, explicou Stan Lee. “Porque, pelo que sabíamos, por baixo do uniforme, ele poderia ser negro… poderia ser asiático… poderia ser indiano. Ele poderia ser qualquer um, com qualquer cor de pele.”
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Essa característica, que parecia um detalhe pequeno, transformou o herói em uma espécie de “tela em branco”, permitindo que qualquer fã se projetasse no personagem. O apelo universal do o sucesso está no uniforme, portanto, não foi um acidente, mas um golpe de sorte que se tornou a base para seu sucesso duradouro.
A Marvel abraçou essa ideia e, em 2011, tomou uma decisão audaciosa: matar a versão Ultimate de Peter Parker e introduzir um novo Homem-Aranha: o adolescente negro Miles Morales. A introdução de Miles, que curiosamente aconteceu no mesmo mês da publicação da entrevista de Stan Lee na Alter Ego, cumpriu a promessa “escondida” no uniforme do herói: que qualquer pessoa, independentemente de sua origem, poderia assumir o manto do herói.
A popularidade de Miles e o crescimento do Aranhaverso provam que a visão de Stan Lee e Steve Ditko estava certa. A decisão, que parecia um mero detalhe, foi fundamental para que o Homem-Aranha se tornasse o fenômeno cultural que é hoje.
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