Iphone 17 e Air têm chips A19 com proteção contra spyware direto na memória

Tecnologia

Nesta terça-feira (9), a Apple revelou uma nova ferramenta de segurança chamada Memory Integrity Enforcement (MIE, em tradução livre, Garantia de Integridade de Memória) presente nos recém-apresentados iPhone 17 e iPhone Air.

Segundo a companhia, a tecnologia garante a proteção da memória do celular a todo momento, protegendo de ataques críticos de superfície como os direcionados ao kernel e aos mais de 70 processos de usuário — tudo isso sem sacrificar a performance do dispositivo, já que o desenvolvimento dos chips A19 e A19 Pro já têm o MIE em mente.

MIE e a segurança da memória

Em comunicado, a Apple ainda afirmou que a novidade do MIE é construída sobre a fundação dos alocadores de memória seguros da empresa, aliados ao Enhanced Memory Tagging Extension (EMTE, em tradução livre, Extensão de Marcação de Memória Avançada) no modo síncrono, com suporte das políticas de confidencialidade de marcação.


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Infográfico da Apple ilustrando como a tecnologia MIE vai funcionar, bloqueando pedidos de uso de memória de agentes externos após liberação. Isso vai proteger o usuário de spywares (Imagem: Apple/Divulgação)
Infográfico da Apple ilustrando como a tecnologia MIE vai funcionar, bloqueando pedidos de uso de memória de agentes externos após liberação. Isso vai proteger o usuário de spywares (Imagem: Apple/Divulgação)

O esforço busca melhorar a segurança da memória e evitar a ação de grupos maliciosos, especialmente os que usam spyware mercenários para invadir dispositivos. A tecnologia tem como base o EMTE, uma versão melhorada da Extensão de Marcação de Memória (MTE) feita pela fabricante de chips Arm em 2019, responsável por marcar bugs de corrupção de memória.

Vale lembrar que os aparelhos Google Pixel já têm suporte para o MTE desde o Android 13 e que tecnologias semelhantes já são usadas no Windows 11.

De forma simplificada, a novidade na Apple significa que pedidos de acesso externos para usar memória adjacente — que estava sendo usada por outros aplicativos e foi liberada — serão bloqueados pelo aparelho. A memória “remarcada” que tiver pedidos de acesso com marcações (tags) antigas também terá o pedido negado, evitando casos de use-after-free, ou uso após liberação no iPhone.

A tecnologia MTE anterior deixava acessar a memória não marcada, como variáveis globais, passando sem checagem pelo hardware. Isso deixava que atacantes evitassem várias medidas de defesa para chegar ao controle de aplicativos, configurações e estados no celular. Agora, acessar memória não marcada a partir de uma região marcada irá requerer que o aplicativo saiba a região específica, dificultando bastante o ataque de hackers a partir de bugs do tipo.

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