A Consumer Reports (CR), organização não governamental dos Estados Unidos que defende os direitos do consumidor, enviou uma carta à Microsoft mostrando preocupação quanto ao fim do suporte do Windows 10, e chamando a empresa de “hipócrita”.
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O órgão é uma espécie de Procon dos EUA, porém, sem poder legal para mediar conflitos entre consumidores e empresas nem para aplicar sanções.
O Windows 10 perderá o suporte da Microsoft em 14 de outubro deste ano, e, a partir da data, não receberá mais correções de segurança, assistência técnica ou atualizações. Ou seja, quem não atualizar seu PC, ficará vulnerável.
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Em outubro de 2023, o Public Interest Research Group (PIRG) disse à Microsoft que estavam tomando uma péssima decisão “para usuários e para o planeta” com o fim do suporte.
De acordo com o grupo, cerca de 400 milhões de computadores em perfeito estado se tornarão descartáveis por não possuírem os requisitos de hardware do Windows 11.
Os PCs mais antigos,que não têm o chip de segurança TPM 2.0, não são elegíveis para atualização. Até mesmo os com a versão TPM 1.2 não poderão atualizar para a nova versão do sistema operacional.
“Hipocrisia” da Microsoft
Na carta do CR endereçada ao CEO da Microsoft, Satya Nadella, o órgão aponta a atitude da gigante de Redmond como “hipócrita”, já que a empresa vende o Windows 11 como uma atualização essencial de segurança ao mesmo tempo que deixará centenas de milhões de máquinas vulneráveis à ataques cibernéticos.
O CR afirma também que a decisão da empresa “deixará milhões de usuários que têm computadores incompatíveis com o Windows 11 abandonados e vai forçá-los a pagar US$ 30 por mais um ano de extensão do suporte”.
A Microsoft oferece um ano adicional de atualizações de segurança através do programa “Extended Security Updates”, porém, à um valor de US$ 30 (cerca R$ 160).
Para o CR, cobrar por proteção básica de segurança é problemático. A organização argumenta que isso forçará os consumidores a pagar pela própria proteção digital ou a usar outros produtos da Microsoft para que a empresa ganhe mercado dos concorrentes.
A carta destaca também riscos de segurança nacional, já que centenas de milhões de computadores desprotegidos estarão vulneráveis a ataques cibernéticos.
Por fim, o CR pede que a Big Tech disponibilize atualizações gratuitas para todos os usuários que não conseguem atualizar suas máquinas, além de um programa de reciclagem para quem decidir por trocar de PC.
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