EUA vão adotar IA da Meta em agências do governo

Tecnologia
Resumo
  • O governo dos EUA autorizou o uso do modelo de IA Llama, da Meta, em agências federais.
  • Segundo a Reuters, a decisão integra a estratégia do governo Trump para acelerar a adoção de IAs comerciais no setor público.
  • Meta e outras empresas aprovadas aceitaram oferecer descontos e atender a requisitos de segurança, incluindo a garantia de uma IA “livre de viés ideológico”.

O governo dos Estados Unidos aprovou que suas agências federais passem a utilizar o modelo de inteligência artificial Llama, da Meta. A Administração de Serviços Gerais (GSA), que funciona como o braço de compras do governo, adicionou o modelo de linguagem à lista de ferramentas de IA aprovadas.

De acordo com a Reuters, a medida faz parte de uma ofensiva da gestão do presidente Donald Trump para acelerar a integração de IAs comerciais nas operações do governo. Com a aprovação, as agências poderão experimentar a ferramenta para otimizar tarefas como a revisão de contratos ou a solução de problemas.

Meta se junta a rivais no governo

A aprovação coloca a Meta ao lado de suas principais concorrentes, que também já tiveram seus sistemas liberados para governamental nos últimos meses. Ferramentas de IA da Amazon Web Services, Microsoft, Google, Anthropic e OpenAI já constam na lista da GSA.

Segundo a Reuters, as empresas, incluindo a Meta, concordaram em vender seus produtos pagos com grandes descontos e a cumprir os requisitos de segurança do governo. Os requisitos garantem que as IAs atendem aos padrões de segurança, diz o governo. O cumprimento é necessário para a aprovação do uso de IAs no setor público.

Trump assinou a Ordem Executiva 14179 em janeiro, que exige que os modelos de IA contratados pelo governo federal sejam “livres de viés ideológico”. A ordem substituiu outra assinada por Joe Biden em 2023.

Questionado pela agência se os descontos oferecidos pelas empresas seriam uma forma de buscar o favoritismo de Trump, Josh Gruenbaum, líder de aquisições da GSA, negou. “Não se trata de obter favores”, disse. “Trata-se de reconhecer como todos nós podemos nos unir para tornar este país o melhor possível”.

A iniciativa ocorre após aproximação entre as gigantes de tecnologia e a Casa Branca. No início do mês, os CEOs das principais empresas de IA, incluindo Mark Zuckerberg, participaram de um jantar com o presidente Donald Trump.

IA avança no setor público

A decisão do governo americano acompanha a tendência de automação dos serviços públicos ao redor do mundo. Entre os possíveis usos do Llama está a revisão de contratos — tarefa que, na Albânia, chegou a ser atribuída a uma IA que virou ministra.

Nos EUA, a tecnologia já vem sendo testada em outras tarefas. Departamentos de polícia de algumas cidades começaram a usar sistemas de IA para funções de atendimento ao cidadão, visando otimizar a transferência de urgências “verdadeiras” em um momento de déficit de atendentes na área.

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