Rafael Rozenszajn (*)
Nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025, completaram-se dois anos do maior ataque contra o povo judeu desde o Holocausto. O que aconteceu naquele dia não foi um ato isolado de violência, mas uma ofensiva terrorista coordenada e brutal que mudou Israel para sempre.
Na manhã de 7 de outubro de 2023, mais de 5 mil terroristas palestinos liderados pelo Hamas invadiram o território israelense por terra, mar e ar. Utilizando 114 rompimentos na cerca de fronteira de 60 quilômetros entre a Faixa de Gaza e Israel, os grupos terroristas dispararam mais de 4 mil foguetes enquanto avançavam sobre comunidades civis desprotegidas.
O resultado foi devastador: aproximadamente 1.200 pessoas assassinadas, 251 sequestradas e mais de 5 mil feridos, a esmagadora maioria são civis. Centenas de jovens que participavam de um festival de música eletrônica no sul de Israel foram massacrados. Dezenas de kibbutzim e comunidades foram atacadas simultaneamente.
Para dimensionar o ataque considerando a realidade brasileira, proponho a seguinte análise: o Brasil tem 215 milhões de habitantes, 22 vezes mais que a população de Israel. Proporcionalmente, um ataque dessa magnitude no Brasil atingiria mais de 140 mil pessoas simultaneamente, o equivalente a dois estádios do Maracanã lotados.
Embora o ataque em Israel, provocado no dia 7 seja assombroso, temos outra grande batalha: a da desinformação, que se espalhou rapidamente nas redes, nas mídias e nas Universidades. Desde o dia 8 de Outubro de 2023, Israel já estava sendo acusado de genocídio sem nem sequer ter começado a atacar Gaza.
Informações falsas foram e estão sendo difundidas, assim como contas falsas foram criadas nas redes para criar narrativas enganosas. A guerra de narrativas e midiática passou a ter um valor tão importante quanto a guerra militar.
O principal grupo terrorista que dissemina falsas informações, o Hamas, produz campanhas sistemáticas de desinformação. Um dos exemplos são as alegações do grupo sobre a falta de comida. Os alimentos são verificados e liberados pelas Forças de Defesa de Israel e estão aptos para distribuição e consumo, mas permanecem armazenados e apodrecendo.
A grande pergunta é: por que esses alimentos estão aqui e não estão sendo distribuídos para os civis da Faixa de Gaza? Isso mostra que o problema em Gaza não é a quantidade de alimentos, mas sim a distribuição, já que o Hamas impede. A estratégia do Hamas, no entanto, é reter os suprimentos, causar sofrimento à população e culpar Israel diante da comunidade internacional.
Além disso, o grupo terrorista utiliza civis como escudos humanos, impedindo que deixem áreas de conflito como uma ferramenta de resistência. O Hamas busca manter civis em áreas de perigo, utilizando-os como peças no tabuleiro da guerra para alcançar seus objetivos violentos. A organização está prejudicando as famílias de Gaza, impedindo-as de buscar refúgio em locais seguros.
Apesar da dor e da tragédia, Israel continua florescendo, crescendo e se desenvolvendo. Enquanto nossos inimigos buscam destruição e desinformação, escolhemos a vida, a paz, a verdade, o futuro e o desenvolvimento. Este é o verdadeiro espírito do povo de Israel. Devemos sim lembrar dos ataques, honrar cada vítima e trazer os reféns de volta e, sobretudo, devemos mostrar que jamais conseguirão apagar nossa esperança e nossa vontade de viver.
Assim como o povo judeu em toda sua história enfrentou diversos povos que tentaram destruí-lo, e o povo sempre lutou por sua fé, liberdade e identidade, nesses dias também enfrentamos inimigos que querem nos destruir. E assim como em nossa história, escolhemos resistir. Mais do que resistir: escolhemos florescer. Enquanto o Hamas investe na morte e na destruição, investimos na vida, no futuro e no desenvolvimento. Essa é a verdadeira vitória do povo de Israel, ontem, hoje e sempre.
(*) Rafael Rozenszajn é o primeiro porta-voz em português das Forças de Defesa de Israel, advogado especialista em direito internacional, major da reserva e autor do livro “Guerra de Narrativas”.
O post Dois Anos do Massacre de 7 de Outubro: O Maior Ataque Contra Judeus Desde o Holocausto apareceu primeiro em Comex do Brasil.