Esqueça os sinos | As vacas agora usam os seus próprios wearables no pescoço

Tecnologia

Os tradicionais sinos de vaca estão sendo substituídos por algo muito mais inteligente: colares tecnológicos equipados com sensores, Wi-Fi e inteligência artificial (IA). Os dispositivos monitoram movimentos e digestão, enviando informações em tempo real para o computador do fazendeiro.

Os colares são produzidos pela Merck, gigante do setor de saúde animal, que comprou a fabricante Allflex em 2019. A empresa apostou na tecnologia de monitoramento e hoje acompanha mais de dois milhões de vacas.

Esses dispositivos funcionam como verdadeiros smartwatches bovinos: sensores medem o tempo de mastigação e o processo de “ruminação”, a digestão dos alimentos nos quatro estômagos da vaca. Quando algo sai do padrão, o sistema envia alertas automáticos, permitindo que os fazendeiros ajam rapidamente.


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Com o uso de IA e algoritmos avançados, é possível detectar doenças antes que os sintomas se manifestem, melhorar o controle reprodutivo e até ajustar a dieta de cada animal com base em dados precisos.

 As vacas agora usam os seus próprios wearables no pescoço (Imagem: Divulgação/Merck)

Fazendas mais eficientes e sustentáveis

Além de aumentar a produção de leite, os wearables (dispositivos eletrônicos vestíveis) estão ajudando a tornar as fazendas mais eficientes e sustentáveis. Os fazendeiros conseguiram ampliar o rebanho para o dobro,  sem contratar novos funcionários.

Com a ajuda dos dados, é possível monitorar a saúde de cada animal e concentrar o trabalho humano apenas onde é necessário. O resultado: vacas mais saudáveis e mais leite por dia.

Essa automação também ajuda os produtores a enfrentarem desafios como a escassez de mão de obra e o aumento dos custos de alimentação e equipamentos.

O futuro da pecuária inteligente

A combinação de sensores, câmeras e inteligência artificial está moldando uma nova era da pecuária, onde dados substituem suposições. Empresas como a Merck e startups agrícolas vêm expandindo suas soluções com dispositivos cada vez mais acessíveis e plataformas integradas de monitoramento. 

Seria o fim dos sinos nas vacas?

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