
Funcionários da Electronic Arts reclamaram, na última semana, que a companhia tem pressionado toda a equipe a usar inteligência artificial — de ações simples até as mais complexas —, o que tem gerado muita confusão.
As críticas foram expostas em entrevista ao Business Insider, com relatos de que mais de 15 mil membros do time da EA receberam a ordem para usar a IA em absolutamente tudo: do desenvolvimento de códigos e artes conceituais de jogos, até na produção de guias para lideranças.
A maior reclamação é sobre o uso da IA no desenvolvimento de códigos. De acordo com as fontes, a ferramenta comete erros graves que exigem correção manual e retrabalho.
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Além disso, há o temor entre a equipe de que estejam, na prática, treinando as IAs que futuramente os substituirão. Assim, artistas conceituais e level designers perderiam seus empregos e espaço na indústria gaming.

Nem mesmo a etapa de testes de qualidade escapou deste fim. Um ex-funcionário da Respawn afirmou que sua equipe foi demitida no 2º trimestre de 2025 porque a Electronic Arts teria passado a usar inteligência artificial para processar e reunir em tópicos o feedback dos testadores.
A EA não é a única a adotar essa postura. Recentemente, a Krafton também anunciou esforços para que a IA esteja à frente de seus maiores projetos. Membros da indústria, como os diretores Masahiro Sakurai e Hideo Kojima, também defendem o uso da tecnologia para impulsionar a eficiência.
Mudanças bruscas na Electronic Arts
Essa pressão pelo uso da inteligência artificial ocorre em um momento de grande incerteza interna, já que é somado à recente e controversa venda da Electronic Arts para o Fundo de Investimento da Arábia Saudita e outros acionistas (que inclui até o genro de Donald Trump).

Isso significa que, além de temerem que a IA tome suas vagas, a equipe também reflete em como será o impacto desta venda — com demissões, impacto cultural no desenvolvimento de projetos e na forma que a própria EA lidará com seus estúdios daqui em diante.
Atualmente, a companhia tem um grande foco em 3 frentes: esportes (EA Sports FC, Madden NFL etc.), franquias licenciadas (Star Wars) e simulação (The Sims).
A maior das preocupações é que jogos como Dragon Age: The Veilguard, Mass Effect 4, Plants vs. Zombis Replanted, os títulos da linha EA Originals e outros projetos que também são desenvolvidos pela Electronic Arts podem ser deixados em segundo plano.
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