
Resumo
- Microsoft adiou a função do Teams que identifica automaticamente a presença do usuário no escritório para janeiro de 2026.
- O recurso usará Wi-Fi corporativo para atualizar o status do usuário e será desativado por padrão, cabendo aos administradores de TI ativá-lo.
- A atualização já levantou preocupações sobre privacidade, já que elimina a necessidade de atualização manual de status no escritório.
A Microsoft revelou no final de outubro que o Teams ganharia uma nova função um tanto quanto polêmica: a de identificar automaticamente quando o usuário está no escritório. Agora, a empresa decidiu adiar a implementação da funcionalidade.
Inicialmente prevista para chegar neste mês de dezembro, a atualização foi reprogramada e deve começar a ser distribuída em janeiro de 2026.
Segundo a Forbes, a ferramenta utilizará a conexão Wi-Fi corporativa para determinar se o funcionário está ou não nas dependências da organização. Ao detectar a rede, o Microsoft Teams atualizará automaticamente o status do usuário para refletir, inclusive, o prédio específico em que ele se encontra.
A ideia é sinalizar instantaneamente aos gestores e colegas a presença física no escritório, eliminando a necessidade de atualização manual. Se o usuário não estiver conectado ao Wi-Fi corporativo, o sistema manterá o status anterior ou indicará trabalho remoto.
Detecção automática obrigatória?
A mudança será disponibilizada globalmente para usuários de Windows e macOS. A Microsoft esclareceu que, por padrão, o recurso virá desativado. Caberá, portanto, aos administradores de TI da organização decidir pela ativação do rastreamento de localização.
No entanto, logo após o anúncio do recurso, o Windows Reports destacou um ponto importante: após a ativação pelos administradores, a ferramenta estará operante para todos os usuários do Teams na mesma rede. Ou seja, é provável que o funcionário não consiga desabilitar o recurso sem ter que se desconectar da rede corporativa.

Impactos na privacidade
A novidade já levantou discussões. O Windows Central argumenta que a atualização elimina o tempo gasto procurando por colegas no escritório ou tentando contatá-los para verificar sua localização. Por outro lado, existem preocupações sobre o monitoramento excessivo.
Na prática, a atualização pode acabar com a discrição de funcionários que preferem trabalhar em locais isolados da empresa para evitar interrupções. Além disso, o recurso torna irrelevante o uso de fundos virtuais para mascarar a localização: mesmo que a câmera mostre um escritório genérico, o status do Teams vai “dedurar” que a pessoa está fisicamente no prédio da firma.
Esse recurso integra uma série de funcionalidades da Microsoft para a plataforma, que incluem novos atalhos de teclado e funções de anotação. O adiamento para janeiro de 2026 oferece às empresas um período adicional para preparar suas políticas internas de privacidade e comunicação antes que a ferramenta entre em vigor.
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