5 vilões da conta de luz de verdade; e 5 que levam a culpa sem gastar tanto

Tecnologia

A conta de luz é o resultado de uma equação simples: a potência do aparelho multiplicada pelo tempo que ele permanece ligado. Por isso, nem sempre o equipamento mais “forte” é o que mais gasta no fim do mês.

Para te ajudar a identificar onde cortar gastos e onde é possível relaxar, dividimos os eletrodomésticos em duas categorias: os vilões do consumo anual e os coadjuvantes. Os valores apresentados são estimativas médias de mercado, pois o consumo exato varia conforme o modelo, a idade do aparelho e os hábitos da família.

Confira quais são os maiores vilões da conta de energia:


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  1. Chuveiro elétrico;
  2. Geladeira;
  3. Ar-condicionado;
  4. Freezer;
  5. Secadora de roupas.

Confira quais causam pouco ou médio impacto na conta:

  1. Máquina de lavar roupa;
  2. Lava-louças;
  3. Televisores grandes;
  4. Micro-ondas;
  5. Forno elétrico.

Os maiores vilões (Consumo alto anual)

1- Chuveiro Elétrico

O chuveiro é o campeão absoluto de gastos em residências que utilizam aquecimento elétrico. O impacto anual chega a cerca de 1.600 kWh em um domicílio médio. Isso ocorre pela combinação explosiva de potência muito alta, necessária para aquecer a água instantaneamente, com o uso diário por todos os moradores da casa.

O impacto é muito maior para famílias grandes e, dependendo do caso, um sistema de aquecimento a gás pode ser mais eficiente, mas requer uma instalação apropriada e manutenção constante. 

Chuveiro elétrico é o maior vilão da conta de energia (Imagem: Victor Lenze/Canaltech)

2- Geladeira

A geladeira vence pelo cansaço. Embora tenha uma potência baixa, ela precisa funcionar 24 horas por dia para conservar os alimentos. Modelos modernos e eficientes consomem entre 350 e 400 kWh por ano. Já aparelhos antigos, com vedação ruim ou motores defasados, podem ultrapassar facilmente a marca de 500 ou 600 kWh anuais.

O ideal para ter o menor consumo possível com uma geladeira é procurar por modelos mais recentes, com motor inverter, e preferencialmente com selo energético A+++. Deixar a manutenção em dia também ajuda o eletrodoméstico a funcionar da melhor forma e gastar menos. 

3- Ar-condicionado

O conforto térmico tem seu preço. Em uso moderado, um ar-condicionado consome entre 100 e 200 kWh por ano. No entanto, esse número é volátil.

Modelos antigos ou o uso intenso durante muitas horas por dia no verão podem multiplicar esse valor e colocar o aparelho no topo da lista de gastos da temporada.

A dica para um consumo moderado é a mesma da geladeira: procure modelos mais recentes, com motor mais eficiente e selo A+++.

Também é válido optar por modelos inteligentes, que desligam automaticamente dependendo da temperatura, e que gerenciam melhor o funcionamento. 

4- Freezer

Assim como a geladeira, o freezer possui o agravante do funcionamento contínuo. O consumo típico gira na faixa de algumas centenas de kWh por ano, similar ou levemente inferior ao de uma geladeira. Modelos horizontais antigos costumam ser menos eficientes e puxam mais energia para manter o congelamento.

Mais uma vez, a sugestão para um consumo moderado é a mesma da geladeira: motor inverter sempre que possível e selo A+++. 

5- Secadora de Roupas (Convencional)

A secadora tradicional utiliza resistências elétricas para gerar calor, o que exige muita energia. O consumo pode chegar a centenas de kWh por ano em casas com uso frequente.

Uma alternativa para reduzir esse impacto é optar por modelos com bomba de calor, que conseguem cortar o consumo quase pela metade em relação às versões resistivas.

A dica para um consumo moderado é óbvia, mas é a mais efetiva: use a secadora de roupas quando for realmente necessário.

O bom e velho varal não só é mais econômico, como também preserva a qualidade do tecido por mais tempo — especialmente para peças que não se dão muito bem com a alta temperatura do eletrodoméstico. 

Vilões médios ou menores (Impacto depende do uso)

1- Máquina de Lavar Roupas

Ao contrário do que muitos pensam, o consumo por ciclo da lavadora é relativamente baixo, entre 0,2 e 1 kWh, pois o motor não exige tanta energia quanto uma resistência de aquecimento. O impacto na conta só se torna relevante em famílias grandes que realizam muitos ciclos de lavagem por semana.

Já para modelos lava e seca, o consumo só é elevado quando a função de secar é usada com frequência. Nesses casos, entra a mesma dica da secadora: use apenas quando essencial. 

Lava louças não consomem tanta energia quanto se imagina (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)

2- Máquina de Lavar Louça

A lava-louças também possui um consumo moderado por ciclo, geralmente entre 1 e 2 kWh. Modelos mais eficientes focam na economia de energia e, principalmente, de água. O uso racional, com a máquina sempre cheia, dilui o custo energético por item lavado.

Atualmente, há modelos que ficam com consumo abaixo dos 0,90 kWh. Então talvez vale a pena checar qual o consumo do eletrodoméstico antes de comprar, e investir em um modelo mais econômico para gastar menos a longo prazo. 

3- Televisores Grandes (LCD/LED)

As TVs modernas evoluíram muito em eficiência. Painéis de LED consomem entre algumas dezenas a pouco mais de 100 W durante o uso. Em um cenário típico, isso resulta em apenas algumas dezenas de kWh por ano. O alerta fica apenas para painéis muito antigos de plasma ou telas gigantescas usadas com brilho máximo o dia todo.

Atualmente, a maioria dos modelos à venda já conta com painéis mais avançados, como QLED, OLED ou mini LED. Assim, se a sua TV for muito antiga, talvez vale a pena comprar um modelo mais recente para economizar mais ao longo dos meses. 

4- Micro-ondas

O micro-ondas opera com potência alta, geralmente acima de 1.000 W. Porém, ele é um “velocista”: seu tempo de uso diário é curto, somando apenas alguns minutos para aquecer pratos. Por isso, seu consumo anual tende a ser bem menor que o dos grandes vilões, mesmo com o funcionamento intenso enquanto está ligado.

A dica para manter o consumo ainda menor é usar menos as funções de descongelar — que são as que levam mais tempo. Tirar o alimento do congelador horas antes do preparo é mais econômico e eficiente. Assim, a função de descongelar fica apenas para as emergências, ou quando esquecer de descongelar antes. 

5- Forno Elétrico

O forno elétrico trabalha com potências altas, acima de 2.000 W, para assar os alimentos. Contudo, seu uso costuma ser esporádico na maioria das casas, restrito a poucas horas por semana. O consumo anual fica abaixo de chuveiros e geladeiras, mas pode subir consideravelmente para quem tem o hábito de assar bolos ou carnes com frequência.

A dica para otimizar ainda mais o consumo é aproveitar o momento de uso da melhor forma: assar legumes ao mesmo tempo que uma carne e evitar abrir o forno com frequência para não perder a temperatura interna. 

Como calcular e monitorar

Os valores apresentados são referências médias. O consumo real varia drasticamente de uma casa para outra. Para ter números precisos, o ideal é sempre verificar a etiqueta Procel/Inmetro fixada no aparelho.

O cálculo oficial considera a potência do equipamento (em Watts), multiplicada pelas horas de uso diário e pelo número de dias de uso no mês. O resultado é dividido por 1.000 para chegar ao consumo em kWh (quilowatt-hora), que é a unidade cobrada na sua conta de luz.

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