Campanha de phishing usa código de autenticação Microsoft 365 para roubar contas

Tecnologia

Uma nova campanha de phishing está ameaçando usuários do Microsoft 365. Pesquisadores da Proofpoint identificaram que um grupo de hackers suspeito de estar alinhado com a Rússia está por trás dos ataques, que usam códigos de autenticação de dispositivos para roubar credenciais.

Na ativa desde setembro de 2025, a campanha envolve ações ilegais para apropriação total de contas a partir de endereços de e-mail comprometidos. Os alvos são organizações governamentais e militares dos Estados Unidos e da Europa, visando afetar entidades públicas, centros de pesquisa, instituições de ensino superior e o setor de transportes.

Segundo os especialistas, os criminosos realizam contatos legítimos com as vítimas, estabelecendo uma relação voltada à área de especialização em questão para agendar uma reunião ou entrevista que não existe.


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Como os ataques são feitos

Logo depois do primeiro contato com a vítima, o hacker compartilha um link para um documento alegando a inclusão de perguntas ou tópicos para que a vítima revise antes da reunião solicitada.

À primeira vista, o documento parece levar para uma URL do Microsoft OneDrive, mas que hospeda, na verdade, um endereço falso do Cloudflare Worker que imita a conta do alvo. Na página, a pessoa é instruída a copiar um código e clicar no botão “Avançar” para conseguir acessar o suposto arquivo.

Campanha mira setor governamental de países europeus e os EUA com código de autenticação falso do Microsoft 365 (Imagem: Reprodução/The Hacker News).

Assim que o usuário completa a ação, ele é redirecionado para uma URL legítima de login do código de autenticação que gera um token de acesso. Dessa forma, os hackers conseguem “recuperar” a conta para obter controle total das credenciais da vítima.

Ataques contra instituições legais

O que acendeu o alerta vermelho nos especialistas em relação à campanha de phishing foi justamente a escolha dos alvos, mostrando uma operação cujo objetivo é atacar setores governamentais e autoridades de países europeus e dos Estados Unidos.

De acordo com a Proofpoint, a suspeita envolvendo a ligação do grupo hacker com a Rússia pode ter relação com o modus operandi dos criminosos, que miram pesquisadores especializados em questões do país de vários centros de pesquisa, além de organizações governamentais e instituições do setor de energia da Ucrânia, para obter materiais sigilosos. 

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