
O segundo dia do Adobe MAX 2025 foi dedicado a lembrar que, mesmo em um mundo impulsionado por inteligência artificial, a criatividade ainda é sobre pessoas.
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Três apresentações marcaram o segundo dia do evento: Brandon Baum, do StudioB; Mark Rober, engenheiro e criador de conteúdo; e o cineasta James Gunn, co-CEO da DC Studios, cada um mostrando, à sua maneira, que tecnologia e emoção caminham juntas quando o objetivo é criar algo que realmente conecta.
Ferramentas ampliam o olhar humano
A primeira demonstração do dia ficou a cargo de Brandon Baum, que mostrou na prática o que a nova geração do Firefly é capaz de fazer.
Entre imagens e sons gerados por IA, ele explicou que as ferramentas da Adobe estão evoluindo para entender o contexto criativo, acelerando tarefas repetitivas e permitindo que os criadores tenham mais tempo para o que realmente importa: a história que querem contar.
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Brandon reforçou que a tecnologia deve existir para libertar, não limitar.
Durante a fala, destacou que o Firefly e as novas integrações do Adobe Express permitem criar e ajustar vídeos, trilhas e visuais de forma mais rápida e intuitiva, mas que o resultado só tem valor quando parte de uma ideia genuína.
No telão, a frase “Tools don’t make stories. Storytellers do.” resumiu o espírito da apresentação. A mensagem é clara: as ferramentas não criam histórias; quem cria são as pessoas.
Mark Rober: o conteúdo que viraliza faz as pessoas sentirem algo
O ex-engenheiro da NASA e atual criador de conteúdo Mark Rober levou o público a pensar sobre o que faz um conteúdo viral se destacar.
Ele explicou que, embora exista muita técnica por trás de cada vídeo, o que realmente importa é gerar uma resposta emocional.
Segundo Rober, a diferença entre um vídeo que passa despercebido e um que movimenta milhões de visualizações é a capacidade de provocar uma reação visceral, seja curiosidade, espanto ou empatia.
“O bom conteúdo é aquele que faz as pessoas sentirem algo”, afirmou.
Rober contou que ama o momento em que entende como algo funciona e ainda mais o momento de compartilhar esse aprendizado com os outros. É esse sentimento, diz ele, que move seus projetos no YouTube: misturar ciência, humor e narrativa para ensinar de forma acessível.
Ele também falou sobre o papel da curiosidade como motor da criação.
“Quando a gente entende algo e se sente inspirado, quer passar isso adiante”, contou, destacando que o propósito de seu trabalho é usar a criatividade para ensinar e inspirar e que os vídeos que mais viralizam são os que conseguem despertar exatamente esse tipo de emoção no público.
James Gunn: criar é estar presente
Encerrando as apresentalções, James Gunn trouxe uma visão mais íntima sobre o processo criativo O diretor contou que sua relação com a criatividade está profundamente ligada ao estado de presença.
Segundo ele, é impossível criar algo verdadeiro quando a mente está dividida entre “fazer” e “julgar o que está fazendo”. “A criatividade só acontece quando você está totalmente presente”, disse Gunn.
Ele explicou que o segredo é se envolver por completo com o processo, sem medo do erro ou da imperfeição. Quando o criador se julga demais, interrompe o fluxo da imaginação.
Para Gunn, o momento da criação é quando ele se sente mais conectado e vivo e é ali que surge a autenticidade.
O diretor também comentou o papel da tecnologia no cinema, lembrando que efeitos visuais e ferramentas digitais são valiosos, mas devem servir à história, não roubar o protagonismo.
Ele reforçou que, ao longo da carreira, aprendeu a equilibrar o uso da tecnologia com soluções práticas e que o resultado mais forte vem sempre quando o foco é a emoção que o público vai sentir. “No fim, não é sobre ser perfeito. É sobre fazer as pessoas sentirem algo.”
O mesmo recado em três vozes
As falas de Brandon, Rober e Gunn se conectaram em um ponto central: a tecnologia é incrível, mas a essência da criação ainda é humana.
Seja no design, na ciência ou no cinema, a mensagem é a mesma: criar é sentir, errar, experimentar e se conectar.
E por mais que a IA se torne cada vez mais sofisticada, ela continua sendo uma extensão do olhar e da imaginação de quem a usa.
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