A Creative Artists Agency (CAA), uma das maiores agências de talentos de Hollywood, classificou o Sora 2 da OpenAI como um “risco significativo” para seus clientes e para propriedade intelectual, em um comunicado repleto de críticas.
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A agência, que representa estrelas como Scarlett Johansson, Tom Hanks e Doja Cat, acusou a empresa de “descartar os direitos dos criadores” e questionou se a empresa de Sam Altman “acredita que pode simplesmente roubar” o trabalho de artistas.
O Sora 2 é o novo modelo de inteligência artificial generativa da OpenAI focado em criar vídeos realistas com base em comandos.
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No comunicado divulgado pela CAA na quinta-feira (9), a agência questiona também se a OpenAI considera que “humanos, escritores, artistas, atores, diretores, produtores, músicos e atletas merecem ser compensados pelo trabalho que criam”.
A agência ressaltou que “controle, permissão de uso e compensação são direitos fundamentais desses trabalhadores” e que está aberta a ouvir soluções da OpenAI. Além disso, afirmou também que trabalhará com líderes de propriedade intelectual, sindicatos e legisladores do assunto.
A United Talent Agency (UTA) também criticou o uso de propriedade protegida por direitos autorais pelo Sora 2, classificando a prática como “exploração, e não inovação”, de acordo com a CNBC.
“Não há substituto para o talento humano em nosso negócio, e continuaremos a lutar incansavelmente por nossos clientes para garantir que eles sejam protegidos”, afirmou a UTA em comunicado.
OpenAI promete mudanças
Em resposta às críticas, a OpenAI afirmou ontem que implementou barreiras para impedir a geração de personagens conhecidos, e que está revisando vídeos existentes no Sora em busca de material que não cumpra a política atualizada.
“Estamos removendo personagens gerados do feed público do Sora e implementaremos atualizações que darão aos detentores de direitos mais controle sobre seus personagens e como os fãs podem criar com eles”, declarou Varun Shetty, vice-presidente de Parcerias de Mídia da OpenAI, segundo a CNBC.
A principal crítica das agências ao Sora 2 é em relação ao sistema “opt-out” do Sora 2, em que as próprias detentoras dos conteúdos protegidos por direitos autorais tem que sinalizar que não querem que seus personagens sejam usados.
Críticas se acumulando
Antes da CAA e da UTA, a Motion Picture Association (MPA), que representa estúdios como a Disney, Universal e Warner Bros., também exigiu que a OpenAI tomasse “ação imediata e decisiva” contra vídeos que infringem material protegido por direitos autorais.
O CEO da MPA, Charles Rivkin, afirmou em comunicado na segunda-feira (6) que “desde o lançamento do Sora 2, vídeos que infringem filmes, programas e personagens de nossos membros proliferaram no serviço da OpenAI e nas redes sociais”.
O Sora 2 foi lançado em 30 de setembro, e, desde então, já ultrapassou os 1 milhão de downloads apenas nos Estados Unidos e Canadá.
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