Chegou à Netflix na quarta-feira (10) a série documental Aka Charlie Sheen, produção dividida em duas partes que mostra os altos e baixos da vida e carreira do astro homônimo.
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Ator, roteirista, produtor e comediante, Sheen começou no mundo do show business seguindo os passos dos pais, o ator Martin Sheen e a atriz Janet Sheen, e fez especial sucesso nos anos 1980, com filmes como Platoon (1986) e Wall Street – Poder e Cobiça (1987) em que viveu protagonistas marcantes, que mostraram seu potencial ao público.
Sua incursão pelo mundo da televisão, porém, veio só no final dos anos 1990, quando Sheen chegou a ganhar um Globo de Ouro de Melhor Ator de Comédia pela série Spin City (1996) e, a partir de 2003, transformou-se em uma das estrelas mais populares do audiovisual com o sucesso de Two and a Half Men (2003 – 2015) – traduzido como Dois Homens e Meio no Brasil.
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À época do seriado foi marcada também pelo auge do seu vício em drogas, envolvendo álcool, cocaína, comprimidos e crack. Uma espiral de autodestruição vista por amigos, colegas de trabalho e público, por meio das manchetes dos jornais da época, que fizeram com que o ator fosse demitido da série em março de 2011 para nunca mais voltar.

As principais revelações de Aka Charlie Sheen
Agora, aos 60 anos e há sete sem drogas, Sheen abriu o jogo sobre tudo o que aconteceu no livro The Book of Sheen (ainda sem tradução no Brasil) e na série documental recém-lançada na Netflix.
Com imagens de arquivo e depoimentos, não só do astro, mas também de amigos e profissionais que vivenciaram seus dias de glória e precipício, a produção do streaming traz testemunhos chocantes sobre a história do ator. E, segundo o próprio Sheen, momentos sombrios de sua vida que ele mesmo havia jurado contar apenas a um terapeuta.
Para aplacar o interesse de quem ainda não viu o documentário, mas tem curiosidade para saber algumas das histórias absurdas vivenciadas por Sheen, o Canaltech traz abaixo as 6 principais revelações da série, capazes de surpreender até mesmo fãs de carteirinha do astro. Confira!
- O dia em que Sheen pilotou bêbado
- O sangramento nasal de 18 horas
- A história do cubo de gelo na bunda
- O segredo sobre o HIV positivo
- A ajuda de Slash na reabilitação
- A recusa em estrelar Karate Kid
1. O dia em que Sheen pilotou bêbado
O documentário da Netflix já começa com Charlie Sheen contando uma história aterradora. Em 1995, durante o voo de sua lua de mel com a atriz Donna Peele (o primeiro dos três casamentos oficializados por Charlie), Sheen brigou com a esposa e começou a beber desesperadamente em seu assento.
Em determinado momento da viagem, porém, quando o capitão da aeronave ficou sabendo da presença do comediante no voo, Sheen foi convidado a conhecer a cabine do piloto e pediu para bater uma foto de uniforme, fazendo uma pequena demonstração de suas habilidades.
Foi assim que um Charlie Sheen completamente bêbado – e com o piloto automático desligado – conduziu por um breve momento um avião comercial com 300 pessoas. Uma situação bizarra logo notada pela equipe da embarcação, que percebeu como a situação poderia escalonar, saindo de controle, e acabou religando o piloto automático.
2. O sangramento nasal de 18 horas

Pouco depois, em 1997, durante as filmagens do filme Tudo por Dinheiro, em uma época em que Charlie já estava completamente entregue ao vício em drogas, o ator teve um “pequeno problema” após uma farra com cocaína: um sangramento nasal que durou nada menos do que 18 horas consecutivas.
A situação, é claro, atrapalhou as filmagens do projeto e Sheen pediu ao diretor Brett Ratner que eliminasse definitivamente uma cena daquele dia, algo com que o cineasta acabou concordando. “Foi aí que comecei a perceber que as prioridades não podiam ser mais distorcidas”, contou o ator.
3. A história do cubo de gelo na bunda

Em 1998 foi a vez de outro set de gravação “sofrer” com o vício de Charlie Sheen. Durante as filmagens de Free Money, Yves Simoneau, diretor do longa-metragem, chamou atenção do ator quando percebeu que Sheen estava completamente insone em meio às cenas, chegando a cochilar na frente das câmeras.
A advertência fez efeito e, para conseguir concluir o trabalho, Charlie pediu um copo com gelo, foi até o banheiro e, nas palavras do próprio ator, pegou um cubo e enfiou no seu traseiro. “Nunca tinha feito isso antes e, cara, fiquei acordado o suficiente para voltar ao normal e terminar a cena”, disse ao documentário da Netflix.
4. O segredo sobre o HIV positivo

Embora tenha revelado em 2015, durante um programa de televisão na NBC, ser HIV positivo, Charlie Sheen sofreu muito com o diagnóstico antes de torná-lo público.
Ciente de sua condição desde 2011, o ator contou que sempre informou seus parceiros, homens ou mulheres, sobre a situação que vivia, ainda que sempre usasse preservativos e já estivesse completamente indetectável na época.
Muitos deles, no entanto, vasculhavam gavetas e fotografavam remédios para ter provas do diagnóstico, ameaçando expor o ator para a mídia. Uma situação que levava Sheen a pagá-los para que mantivesse a verdade em segredo, desembolsando no mínimo US$ 500 mil para cada uma dessas ameaças. “Mas quer saber? […] Ninguém pegou isso de mim. Ponto final, fim, ninguém pegou”, desabafou.
5. A ajuda de Slash na reabilitação

Em um momento bastante tocante de Aka Charlie Sheen, o astro de Two and a Half Men contou que teve ajuda de ninguém menos do que Slash, o famoso guitarrista do Guns N’ Roses, para dar início a sua reabilitação no final dos anos 1990.
Em 1998, mais especificamente, mesmo após ter um derrame e uma overdose, Sheen não conseguiu ficar na rehab e saiu do tratamento tão rápido quanto entrou. O pai do ator, o veterano Martin Sheen, chegou a pedir ajuda à polícia da Califórnia para levar o filho à força para a reabilitação, mas Charlie deu um jeito de se afastar e escapar da “emboscada”.
Já com planos de sair do país, tudo mudou, porém, quando Sheen visitou Slash e o guitarrista teve uma conversa franca com o ator que abriu seus olhos. “‘Não, cara, você não tem mais opções. Você precisa ir para a reabilitação. Você precisa se salvar”, teria dito o músico.
Charlie Sheen contou que Slash disse que não sabia se já havia visto alguém em uma situação tão difícil quanto a do ator, algo que o chocou profundamente, tendo em vista quem Slash era, a vida que levava e o que já tinha visto como um deus do rock.
“Vindo dele, da maneira como ele se apresentou, foi tipo, caramba. Mensagem recebida”, contou à Netflix.
6. A recusa em estrelar Karatê Kid

Talvez uma das revelações mais chocantes do documentário não relacionadas ao vício de Charlie Sheen seja a da sua recusa em estrelar uma das franquias mais famosas do cinema: Karatê Kid.
Embora na época ninguém pudesse prever o sucesso que a saga de Daniel LaRusso teria nos cinemas e na televisão, quando Karatê Kid – A Hora da Verdade (1984) saiu do papel, Charlie recebeu uma oferta para ser o protagonista do título, mas foi lembrado pelo pai de que já havia aceitado participar do filme Grizzly II: The Predator Concert (1983).
Embora quisesse desistir do longa de baixo orçamento para estrelar o projeto de artes marciais, que acreditava que poderia mudar sua vida, o pai o lembrou da importância de ter dado sua palavra a outra empresa. “Você deu sua palavra. Sua palavra neste ramo vai te levar muito mais longe do que um grande filme”, chegou a dizer o veterano de Hollywood.
Sheen então decidiu ouvir o conselho do ator mais experiente e desistiu de atuar na franquia, que hoje conta com 8 produções, entre filmes, séries de televisão e animações.
Para quem ficou curioso e quer conferir mais detalhes sobre a história do ator, Aka Charlie Sheen está disponível na Netflix. A série documental está dividida em dois episódios, com média de 1h30 de duração cada um.
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