
Resumo
- A Amazon vai demitir 14 mil funcionários do setor corporativo para reduzir burocracia e aumentar eficiência.
- A inteligência artificial é um dos motivos para manter uma estrutura mais enxuta.
- Demitidos terão 90 dias para buscar novas vagas na empresa, com prioridade no processo seletivo.
A Amazon vai reduzir em aproximadamente 14 mil o número de trabalhadores de seu setor corporativo. Nesta terça-feira (28/10), a empresa divulgou um comunicado sobre o assunto, confirmando as mudanças.
O texto — assinado pela vice-presidente sênior de pessoas e tecnologia, Beth Galetti — foi inicialmente enviado a funcionários. A executiva diz que a decisão tem como objetivo “reduzir a burocracia, remover camadas e direcionar recursos” para as grandes apostas da empresa.
Outro motivo para os cortes é a inteligência artificial. “Essa geração de IA é a tecnologia mais transformadora que vimos desde a internet e está permitindo que empresas inovem em uma velocidade muito maior (em segmentos de mercado existentes e novos). Estamos convencidos de que precisamos nos organizar de uma forma mais enxuta”, escreve Galetti no texto.
Cortes eram esperados e devem continuar em 2026
O corte não chega a ser uma surpresa: na segunda-feira (27/10), a Reuters e o Wall Street Journal publicaram que a Amazon pretendia cortar até 30 mil cargos corporativos, de acordo com fontes internas.
O anúncio desta terça envolve uma quantidade de demissões menor do que o esperado, mas o comunicado deixa em aberto a possibilidade de mais saídas ao longo de 2026, visando “remover camadas” e “aumentar a eficiência”.
De qualquer forma, é uma quantia significativa para a companhia, que tem cerca de 355 mil funcionários administrativos em todo o mundo. Ao todo, a força de trabalho da Amazon é composta por 1,55 milhão de pessoas. A redução de hoje não afeta trabalhadores de armazéns e logística, por exemplo.

Esta é a maior demissão em massa da Amazon nos últimos anos. Entre o fim de 2022 e o início de 2023, cerca de 27 mil pessoas deixaram a empresa em diversos layoffs.
O Guardian aponta que essa é mais uma reversão do grande número de contratações feito pelas big techs durante a pandemia de COVID-19. Desde o fim da crise sanitária, Microsoft, Meta e Google demitiram centenas de milhares de trabalhadores.
Demitidos poderão ser realocados para novas vagas
A redução de 14 mil pessoas incluirá a abertura de novas vagas. Segundo a Amazon, candidatos demitidos terão 90 dias para tentar encontrar um novo cargo na própria empresa, contando com prioridade no processo seletivo.
Quem não conseguir ser realocado ou preferir sair da empresa receberá indenização por rescisão contratual, serviços de recolocação no mercado e benefícios de saúde.
Procurada pelo Tecnoblog, a Amazon não informou o impacto da medida em sua operação no Brasil.
Com informações do The Guardian e do The Verge

