Anatel: 20,5% dos produtos fiscalizados na Black Friday eram irregulares

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Resumo
  • Anatel reteve 4.226 produtos irregulares em centros da Shopee, Amazon e Mercado Livre durante a Black Friday.
  • A operação ocorreu em Araucária (PR), Brasília (DF) e Franco da Rocha (SP), com apoio da Receita Federal e foco em combate ao contrabando.
  • A quantidade de produtos barrados diminuiu em relação a 2024, quando 22 mil itens foram impedidos de venda.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou hoje (02/12) o resultado da Operação Produto Legal, realizada em meio à Black Friday. A agência verificou itens vendidos durante o período de promoções e constatou que 20,52% apresentavam algum tipo de irregularidade. Em números absolutos, são 4.226 produtos entre os 20.591 averiguados em centros de distribuição da Shopee, Amazon e Mercado Livre.

A ação ocorreu entre domingo (30/11) e segunda-feira (01/12), em unidades localizadas em Araucária (PR), Brasília (DF) e Franco da Rocha (SP). O levantamento identifica uma tendência de queda em relação a 2024, quando cerca de 22 mil produtos foram barrados pela Anatel em operação similar.

Percentual alto, mas menor que o do ano passado

Segundo a Anatel, a operação teve como foco reforçar os padrões mínimos de segurança definidos pela agência e coibir práticas ligadas a contrabando e descaminho — ponto de atenção também da Receita Federal, parceira na iniciativa.

Entre os itens retidos, havia carregadores, câmeras sem fio, dispositivos de rede, transceptores, power banks, TV Boxes e smartwatches. Do total de produtos que tiveram a venda impedida, 2.569 estavam no Mercado Livre, 1.325 na Shopee e 332 na Amazon.

O percentual ainda é alto, mas o número absoluto caiu significativamente em comparação a 2024 (22 mil). Para a Anatel, parte dos avanços se deve ao uso de ferramentas de inteligência artificial para rastreamento de anúncios irregulares.

Desde o ano passado, a agência utiliza o Regulatron, sistema desenvolvido para automatizar a coleta e análise de informações em marketplaces, o que teria tornado o processo de fiscalização mais eficiente.

“Com o avanço dessas operações e o uso de inteligência artificial, o setor de telecomunicações dá um passo importante para fortalecer a segurança do consumidor e a integridade das redes no Brasil, trazendo impactos positivos para o mercado e para toda a sociedade”, afirmou o conselheiro da Anatel Edson Holanda.

A Anatel reforça que consumidores devem sempre conferir o código de homologação antes da compra e, caso recebam um produto irregular, pedir troca, devolução ou registrar uma denúncia nos canais oficiais da agência.

Anatel: 20,5% dos produtos fiscalizados na Black Friday eram irregulares