
A parceria entre a Disney e a OpenAI, firmada neste mês de dezembro, não é tão exclusiva quanto se esperava. Segundo Bob Iger, CEO da Disney, embora o contrato de parceria tecnológica tenha duração de três anos, a OpenAI terá exclusividade sobre o uso dos personagens licenciados por apenas um ano.
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Assim, após o término dos primeiros 12 meses, a Disney está livre para negociar acordos semelhantes e licenciar suas franquias para outras desenvolvedoras de inteligência artificial (IA) concorrentes – como Google e Anthropic.
A iniciativa funciona como um grande experimento para a companhia. De acordo com informações do TechCrunch, o acordo permite que a Disney “teste as águas” com a IA generativa e avalie a recepção do público e a segurança de suas propriedades intelectuais antes de expandir para múltiplos parceiros.
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Em entrevista à CNBC, Iger adotou um tom pragmático sobre a adoção da tecnologia. “Nenhuma geração humana jamais impediu o avanço tecnológico, e não pretendemos tentar [impedir]”, afirmou o executivo, reforçando que a empresa deve embarcar nas inovações mesmo que elas ameacem modelos de negócios atuais.
A estratégia de “um ano de teste” serve também para verificar controles de segurança e procedência dos conteúdos gerados, garantindo que a marca não seja prejudicada antes de abrir as portas para outras plataformas de IA.
Parceria com a OpenAI
A colaboração entre a dona do Mickey e a OpenAI, oficializada na última quarta-feira (11), prevê o licenciamento de mais de 200 personagens icônicos de universos como Marvel, Pixar, Star Wars e da própria Disney para uso no Sora, a ferramenta de geração de vídeos por IA.
Além da liberação do uso de propriedade intelectual, a parceria envolve um investimento robusto. A Disney investirá US$ 1 bilhão na startup de Sam Altman, garantindo também participação societária na empresa.
Por enquanto, o Sora é a única plataforma legalmente autorizada a utilizar esses ativos visuais.
O movimento contrasta com a postura agressiva da Disney contra o uso não autorizado de suas obras, já que, no mesmo dia em que anunciou o acordo com a OpenAI, a empresa enviou uma notificação extrajudicial ao Google, acusando a gigante das buscas de infringir direitos autorais no treinamento de suas IAs.
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