Um asteroide passou pela Terra a uma distância menor do que a de um satélite, e os astrônomos só conseguiram detectá-lo após sua passagem próxima ao nosso planeta. A rocha espacial fez a travessia no dia 30 de setembro, por volta das 21h47 (horário de Brasília).
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O asteroide, denominado 2025 TF, foi identificado pela primeira vez pelo Catalina Sky Survey, um programa de monitoramento astronômico da NASA em parceria com a Universidade do Arizona. Mas sua detecção só aconteceu duas horas após a viagem próxima à Terra.
Posteriormente, astrônomos do Escritório de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia (ESA) conseguiram observar o objeto. Os cientistas utilizaram um telescópio do Observatório Las Cumbres, localizado em Siding Spring, na Austrália, para registrar a rocha espacial.
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Distância semelhante à da ISS
O 2025 TF sobrevoou a região da Antártida a uma distância de aproximadamente 428 quilômetros acima da superfície da Terra — valor semelhante à altitude da Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita entre 370 e 460 quilômetros.
A expectativa é que a próxima passagem dessa rocha espacial a uma distância relativamente pequena da superfície da Terra ocorra em abril de 2087, segundo estimativas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA.
“Rastrear um objeto em escala métrica na vasta escuridão do espaço, em um momento em que sua localização ainda é incerta, é um feito impressionante. Essa observação ajudou os astrônomos a determinar a distância e o tempo de aproximação fornecidos acima com tamanha precisão”, destacou a ESA em comunicado.
As observações indicam que a rocha espacial mede entre 1 e 3 metros de diâmetro. Por esse motivo, o 2025 TF não oferece perigo à Terra, já que a categoria de asteroides potencialmente perigosos (PHAs, na sigla em inglês) inclui apenas objetos com mais de 140 metros de diâmetro.
Mesmo sem representar risco significativo ao nosso planeta, asteroides de proporções semelhantes podem produzir bolas de fogo ao entrar na atmosfera terrestre, deixando pequenos meteoritos espalhados pelo solo.
Ainda assim, objetos desse tipo podem representar ameaças a naves espaciais, especialmente por sua proximidade com a órbita da ISS.
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