Se você já tirou o suor da testa e olhou para cima pensando “até quando vai durar o calor intenso no Brasil?”, os meteorologistas já têm uma resposta: as temperaturas acima da média ainda devem continuar assim por semanas!
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No início da semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta para chuva em quase todo o país, com algumas regiões chegando a alcançar mais de 80 mm — o que equivale a um alerta vermelho. Mas mesmo com toda a chuva, o calor persiste.
Rio de Janeiro e São Paulo foram bastante afetados pelo calor intenso. No início da semana, a capital fluminense registrou temperaturas próximas dos 44°C em algumas regiões, conforme os dados da rede meteorológica municipal. Outras cidades também tiveram máximas impressionantes:
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- Niterói: 42,2°C
- Silva Jardim: 42,0°C
- Seropédica: 41,1°C
- Duque de Caxias (Xerém): 40,3°C
Em São Paulo, o litoral também sentiu os efeitos da onda de calor, com a estação meteorológica de Iguape registrando 40°C. Na capital paulista, as temperaturas seguem acima da média histórica, refletindo um padrão de calor persistente.
No Sul, onde os verões costumam ter ondas de calor intensas, Porto Alegre atingiu 39,8°C em 11 de fevereiro, sendo uma das dez maiores temperaturas registradas desde o início dos monitoramentos, em 1910. Esse foi também o quinto fevereiro mais quente da série histórica de 115 anos.
De acordo com o Metsul, o calor “seguirá mais intenso que o normal em estados do Centro e do Sul do Brasil ainda por semanas com pouco ou nenhum grande alívio em muitas áreas”:
🔴 ALERTA DE CLIMA | Calor seguirá mais intenso que o normal em estados do Centro e do Sul do Brasil ainda por semanas com pouco ou nenhum grande alívio em muitas áreas. ▶️ https://t.co/BFo4wsweGX pic.twitter.com/AwBSIi19Rn
— MetSul.com (@metsul) February 19, 2025
O que explica esse calor intenso?
O instituto em questão explica que o fenômeno por trás dessas temperaturas extremas é um bloqueio atmosférico, uma condição climática em que uma região de alta pressão impede a formação de chuvas e favorece a retenção de calor.
Normalmente, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são marcados por chuvas frequentes no Sudeste, ajudando a moderar as temperaturas. No entanto, neste verão, a falta de precipitação tem permitido o acúmulo de calor excessivo.
Impactos do calor extremo
As temperaturas elevadas afetam diretamente a qualidade de vida e podem trazer uma série de consequências, como o aumento nos casos de desidratação, exaustão pelo calor e golpes de calor, maior risco de queimadas em regiões de vegetação seca, impactos na agricultura e até o aumento da poluição, uma vez que a concentração de poluentes na atmosfera aumenta devido à ausência de chuvas.
Quem esperava um alívio no calor com a chegada do outono pode ter que esperar um pouco mais. As previsões climáticas indicam que as temperaturas continuarão acima da média até pelo menos a metade de março. Enquanto frentes frias ocasionais podem trazer quedas momentâneas na temperatura, a tendência geral é de calor intenso no Brasil.
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