
Para além da otimização de processos internos, a inteligência artificial (IA) também abriu espaço para que fraudes corporativas ganhassem força no mercado empresarial.
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De acordo com levantamento da plataforma AppZen, em setembro deste ano, cerca de 14% dos documentos falsos foram gerados com o auxílio da tecnologia.
O número, embora pareça pequeno à primeira vista, traz à tona uma realidade preocupante por representar um aumento expressivo desse tipo de fraude em relação a 2024, ano em que a prática era considerada uma raridade.
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Entre os esquemas fraudulentos mais comuns no meio corporativo estão a criação de notas fiscais e comprovantes falsos, cujo uso de inteligência artificial torna ainda mais difícil a identificação desses golpes.
Para se ter uma noção da gravidade do problema, a fintech Ramp, por exemplo, revelou ter bloqueado mais de US$ 1 milhão de notas suspeitas somente nos últimos 90 dias.
IA gera desafio para detectar fraudes
Diante do avanço da IA, empresas enfrentam um desafio para barrar esquemas que usam a ferramenta para emplacar fraudes corporativas, repensando seus métodos de verificação.
Os esforços estão, em grande parte, concentrados em departamentos financeiros e plataformas de gestão, setores mais afetados pelos golpes, que estão cada vez mais difíceis de serem detectados.

Para Fernando Nery, CEO da fintech Portão 3 (P3), a dificuldade que empresas apresentam para identificar documentos falsos gerados por IA é um problema que precisa de atenção.
“A sofisticação dessas fraudes mudou completamente a dinâmica de controle financeiro nas empresas. Hoje, o risco não está mais só na falta de processo, mas na capacidade de detectar falsificações quase perfeitas criadas por IA”, ele analisa.
Nery explica ainda que, com a mudança nas regras do jogo, é preciso investir em “mecanismos de verificação inteligente e cruzamento de dados em tempo real”. Na visão dele, a prática aumenta a confiança da equipe para detectar documentos falsificados por IA a partir da análise de padrões suspeitos, por exemplo.
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