O Brasil deve investir R$ 23 bilhões em inteligência artificial (IA) nos próximos quatro anos, segundo anunciou a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, nesta terça-feira (2), na abertura do Painel Telebrasil 2025, em Brasília.
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O aporte faz parte do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), lançado em 2024, que prevê iniciativas voltadas para inovação, soberania digital e aprimoramento dos serviços públicos. Apenas nesse último eixo, o governo deve destinar R$ 1,76 bilhão.
Segundo Dweck, o desenvolvimento da Infraestrutura Nacional de Dados (IND) será central para a transformação digital do país, garantindo soberania sem isolamento tecnológico. “A parceria com o setor privado é fundamental para construir uma infraestrutura capaz de qualificar políticas públicas e proteger dados estratégicos”, afirmou.
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Um dos pilares é a chamada Nuvem Soberana, que será operada por Serpro e Dataprev. Os equipamentos podem ser adquiridos de empresas privadas, mas a hospedagem será feita em datacenters públicos, assegurando que informações sensíveis permaneçam no Brasil.
“A transformação digital passou a ser a base de tudo que a gente tem feito, especialmente com a chegada da inteligência artificial, que tem potencial para ampliar liberdades e capacidades humanas, mas também traz riscos de aprofundar desigualdades”, destacou a ministra.
Inclusão digital como política de Estado
O evento também contou com a participação do ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho; do presidente da Anatel, Carlos Baigorri; e de parlamentares e representantes da Telebrasil. Siqueira ressaltou o papel estratégico das telecomunicações para o país.
“Telecomunicações são essenciais para o exercício da cidadania. Elas permitem acesso a serviços públicos, oportunidades de trabalho, capacitação, educação e saúde”, disse. Ele destacou ainda que ampliar a conectividade, fortalecer a infraestrutura de fibra, satélite e datacenters e acelerar a inclusão digital são prioridades do governo.
O governo federal tem reforçado a narrativa de que a inteligência artificial será vetor de geração de empregos e talentos, como já havia afirmado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discursos recentes.
Com o PBIA, o Brasil busca equilibrar inovação, competitividade e responsabilidade social, promovendo uma transformação digital inclusiva, ética e soberana.
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