
A NVIDIA é pioneira quando se trata de diferentes tecnologias voltadas para a indústria de games há décadas. Com essa mentalidade inabalável, o Time Verde reforçou as mais recentes novidades em uma apresentação para a imprensa e criadores de conteúdo, em que o Canaltech pôde participar a convite da NVIDIA Brasil.
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O time brasileiro da marca reforçou as novidades apresentadas na gamescom da Alemanha, com grande foco em novas tecnologias que fazem uso de inteligência artificial, como o NVIDIA Ace, G-Assist, DLSS, mods da comunidade com a ferramenta RTX Remix, cabelos sedosos com o RTX Hair e mais.
Depois de uma apresentação feita por Alexandre Ziebert, responsável pelo marketing técnico da NVIDIA Brasil, além de André Forte, gerente de relações públicas, tivemos a oportunidade de experimentar máquinas que são sonhos de consumo de qualquer PC gamer: todas equipadas com GeForce RTX 5090 de diferentes fabricantes, além de CPUs topo de linha como o Ryzen 9 9950X3D.
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Conversando com o jogo graças ao NVIDIA Ace
A tecnologia NVIDIA Ace promete revolucionar a forma como os jogos são feitos em um futuro não muito distante. Na verdade, já existe um gostinho do que vem por aí com alguns poucos jogos, entre eles o “The Sims-like” inZOI, transformando o jogador em um avatar.
O que estava disponível para testes nas potentes bancadas, era a tech demo The Oversight Bureau (disponível no Steam), uma espécie de mistura de Portal com a série de TV Ruptura (Severence). Nela, o jogador participa de um experimento e não só controla o personagem, como interage com voz também. E é aí que entra a tecnologia da NVIDIA.
Em determinados momentos, o jogador precisa falar no microfone para que o jogo avance. No momento, somente a língua inglesa é suportada, mas se seu inglês estiver afiado, é uma experiência bastante interessante e vale a pena.
A ferramenta, segundo Ziebert, está disponível a qualquer desenvolvedor, seja indie ou estúdio grande, para implementação em seu jogo:
“Muitas coisas nós acabamos até disponibilizando open source, como é o caso agora do Audio to Face. No caso do Ace, todos os componentes estão lá. Então se você quiser pegar só o reconhecimento de voz, ou Text to Speech, é possível, tem toda essa flexibilidade”.
Ziebert afirma que outros desenvolvedores grandes já estão trabalhando na implementação do NVIDIA Ace em seus jogos, embora ele não tenha revelado nenhum, já que ainda não é possível. Cada jogo precisa adaptar a IA para que o uso da ferramenta seja de acordo com aquele determinado universo.
O representante da NVIDIA Brasil deixa claro que não é possível conversar com um NPC em um MMO, por exemplo, tentando puxar um assunto sobre a vida. Calma, ainda não chegamos lá. Os personagens serão limitados ao que os cerca, o que já é bem legal para a experiência em si.
A NVIDIA entra com suporte ao desenvolvedor caso ele ache necessário, como em otimizações específicas, mas o Ace já oferece tudo o que eles precisam para a implementação da tecnologia.
A era dos cabelos sedosos com RTX Hair
Uma espécie de sucessor do NVIDIA Hairworks — tecnologia de anos atrás, que ficou muito conhecida pela implementação em The Witcher 3, mas não teve muita adoção por conta do peso em processamento para placa de vídeo —, o RTX Hair promete, mais uma vez, revolucionar os fios de cabelo nos games.
A tecnologia não se trata apenas de ter fios que se movem de forma suave por conta da mudança na técnica usada, mas também no realismo da textura e influência da iluminação realista por ray tracing. Isso significa que teremos cabelos mais realistas.

Por enquanto, Indiana Jones e o Grande Círculo é o único jogo com a implementação da tecnologia. E por mais que o título seja em primeira pessoa, é possível vê-la em ação nas cutscenes ou em outros personagens durante a gameplay.
Com ela, os personagens contam com fios mais realistas, e a iluminação de cada um deles muda de acordo com a movimentação do personagem. É um detalhe interessante, mas é algo bastante pesado por exigir o uso de ray tracing.
A importância da latência e clássicos remasterizados com RTX Remix
No evento, a NVIDIA disponibilizou ainda uma demo do primeiro Vampire: The Masquerade com ray tracing implementado pela comunidade através da ferramenta RTX Remix. Caso você não a conheça, ela permite a “remasterização” completa de um jogo antigo, sendo possível implementar ray tracing e adicionar texturas realistas em games clássicos.
Além disse, testamos Bordelands 4 em duas máquinas diferentes. Em uma delas, o game rodava em 4K nativo e com os gráficos no máximo. Na outra, o jogo usava o DLSS com gerador de quadros e a tecnologia Reflex 2. Dessa forma, foi possível ver a grande diferença não só na quantidade de frames, como também na latência dos comandos.

Na máquina rodando Borderlands 4 nativamente, a latência chegava próximo de 50 ms e desempenho pouco acima de 60 FPS. Já na outra, os números sempre ficavam entre 20 e 30 ms, garantindo uma gameplay bastante fluída. Isso é especialmente importante em jogos competitivos, que precisam de altas taxas de quadros de baixas latências. Experimentando um “on” e “off” lado a lado, dá para dizer que faz muita diferença na experiência.
Exigência enérgica da RTX 5090 não é brincadeira
E aqui vai uma curiosidade. Ao rodar os jogos nas cinco máquinas disponíveis ao mesmo tempo, o inusitado aconteceu: a energia caiu. E você pode até pensar que foi uma coincidência, mas esse não foi o caso.
Uma RTX 5090 pode drenar até 575W em carga máxima. Agora imagina cinco delas, mais os processadores topo de linha que passam facilmente de 125W, todos refrigerados por water coolers de ponta, além do restante das configurações e monitores. É muita energia!
Por causa dessa grande quantidade de energia necessária, a infraestrutura elétrica não deu conta e não suportou as bancadas em 100% de uso juntas. A NVIDIA Brasil resolveu isso levando duas máquinas para outras salas.





Curiosidade a parte, é possível testar tudo o que foi mencionado aqui aí na sua própria casa, caso tenha PC para isso. O mais pesado de tudo, sem dúvida, é o RTX Hair em Indiana Jones. Para uma RTX 5090, isso não foi problema. Mas para uma RTX 5070, por exemplo, foi preciso muitos ajustes, descer resolução e fazer uso de tudo o que o DLSS oferece para tornar possível a experiência.
As principais novidades apresentadas pela NVIDIA (como Ace e RTX Hair) ainda estão em estágio inicial de adoção pela indústria de games e pode ser que ainda leve um tempo para que seja possível encontrá-las em mais jogos. Mas, pode ter certeza, vão exigir uma placa de vídeo de ponta.
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