Carros usados da Toyota podem ficar mais caros após danos de tempestade; entenda

Tecnologia

Na segunda-feira passada (22), a fábrica de motores da Toyota sofreu danos consideráveis após uma forte tempestade em Porto Feliz, no interior de São Paulo.

Os estragos forçaram a montadora a adiar a estreia do SUV Yaris Cross, considerado o principal lançamento da marca no Brasil neste ano, além de paralisar a produção do Corolla e do Corolla Cross, já que seus motores flex são produzidos em Porto Feliz.

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Essa interrupção impacta diretamente as vendas da marca no país, ainda mais levando em conta que tanto o Corolla quanto o Corolla Cross estão entre os modelos mais vendidos da Toyota no mercado brasileiro.

A ausência temporária desses dois veículos nas concessionárias pode influenciar os preços dos usados, já que, sem a reposição de novas unidades, a demanda tende a se manter elevada, o que pode valorizar os seminovos. Algumas concessionárias, inclusive, já iniciaram campanhas de compra de modelos usados do Corolla e do Corolla Cross, com o objetivo de não deixar o mostruário sem os dois carros mais procurados pelos consumidores.

Concessionárias Toyota
Concessionárias Toyota como a Inter Japan e Terra Forte já publicaram em suas redes socias a intenção de recompra dos modelos (Reprodução/Instagram)

Produção ainda sem data para retornar

Os danos na fábrica de motores em Porto Feliz também afetaram diretamente as demais unidades da Toyota em Indaiatuba (SP) e Sorocaba (SP).

Leandro Soares, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, afirmou em entrevista à Reuters, na última quarta-feira (24), que é “provável que a Toyota não volte a produzir no Brasil ainda este ano devido à falta de motores em Porto Feliz”.

Corolla visto de frente
Toyota Corolla é líder de mercado entre os sedãs médios no Brasil (Toyota/Divulgação)

Os 4,6 mil funcionários das fábricas da montadora foram mantidos. Após reunião com o sindicato, a empresa decidiu liberar os trabalhadores com desconto do banco de horas até o fim de setembro. Também serão concedidos 20 dias de férias coletivas, seguidos de um período de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) que pode variar de dois a cinco meses.

A Toyota ainda calcula os custos de reparação da fábrica de Porto Feliz e segue sem previsão oficial de retomada da produção. A montadora também avalia alternativas, como a importação de motores, mas os valores elevados podem dificultar a viabilidade da medida.

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