Dois influenciadores espanhóis transformaram o que seria uma viagem dos sonhos em um pesadelo ao confiar em uma resposta incorreta do ChatGPT. Mery Caldass e Alejandro Cid, que planejavam viajar a Porto Rico para assistir a um show de Bad Bunny, acabaram impedidos de embarcar porque não tinham a autorização exigida para entrar no território caribenho, que segue as mesmas regras migratórias dos Estados Unidos.
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Segundo relatos compartilhados em vídeo, o casal perguntou ao ChatGPT se era necessário visto para entrar em Porto Rico. A resposta obtida os levou a acreditar que poderiam viajar sem qualquer autorização especial.
No entanto, ao tentar fazer o check-in, foram informados de que precisavam do ESTA (Electronic System for Travel Authorization), documento obrigatório para cidadãos espanhóis que viajam aos EUA e seus territórios. Sem a autorização válida, perderam o embarque. Veja o vídeo:
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@merycaldass si hay una revolución de las IAs voy a ser la primera 4niquil-hada🧚♀️
IA errou ou foi má interpretação?
O episódio gerou debate nas redes sociais. Parte dos usuários culpou a própria falta de checagem dos viajantes, já que a informação oficial estava disponível em sites governamentais. Outros apontaram que a IA pode ter gerado uma resposta imprecisa sem destacar a exigência do ESTA. Há ainda quem defenda que o casal formulou a pergunta de forma incompleta, mencionando apenas o visto e não a autorização eletrônica.
Esse detalhe é crucial: cidadãos de países incluídos no Programa de Isenção de Visto, como a Espanha, realmente não precisam de visto de turismo, mas o ESTA continua sendo obrigatório.
Lições sobre o uso da inteligência artificial
O erro poderia acontecer com qualquer fonte não oficial, como fóruns ou blogs de viagem. A diferença é que, ao responder de forma natural e convincente, a IA pode transmitir uma falsa sensação de certeza. A principal lição do caso é clara: ferramentas como ChatGPT são úteis para planejar roteiros e obter informações gerais, mas nunca substituem a checagem em portais oficiais, especialmente em temas sensíveis como vistos, documentos e normas migratórias.
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