Casio Moflin | Robô com IA não faz muita coisa e custa US$ 430 — mas é adorável

Tecnologia

Um robô de inteligência artificial (IA) disfarçado de bichinho de pelúcia, projetado para ser uma companhia agradável para os humanos. Essa é a proposta do Moflin, produto da Casio, que aposta no robô como uma possível alternativa a pequenos animais de estimação.

Ao contrário dos robôs humanoides que realizam acrobacias, o Moflin pode ser visto como uma grande evolução dos nostálgicos Tamagotchis, fazendo pequenos movimentos com a cabeça e emitindo sons de acordo com suas emoções.

Ele pesa apenas 260 g, tem 13 cm de comprimento, 9 cm de largura e 18 cm de altura. Sua bateria oferece autonomia de cerca de 5 horas quando totalmente carregada.


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A base de recarga acompanha a proposta de fofura: tem formato de caminha e leva cerca de 3,5 horas para atingir a carga completa.

Moflin em base de carregamento
Base de carregamento do Moflin tem o formato de uma cama (Divulgação/Casio)

O Moflin está disponível por US$ 430 (aproximadamente R$ 2.303 na cotação atual) e nas cores prata e dourado — mais próximos, respectivamente, de um tom acinzentado e amarelo-claro —, mas ainda não há previsão de vendas no Brasil ou na América Latina.

Além da compra, os proprietários do Moflin podem pagar uma taxa anual para aderir ao Club Moflin, um programa que oferece descontos em serviços de limpeza e reparo.

Robô com espectro emocional

A Casio destaca que a pelúcia de IA pode ser uma boa opção para pessoas com alergia a animais de estimação, mas que ainda desejam ter um pet. Além disso, a empresa afirma que o comportamento impulsionado por IA pode ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade.

Buscando se assemelhar a um pet real, o Moflin conta com um espectro emocional que o permite expressar uma ampla gama de sentimentos, os quais evoluem conforme as interações com o usuário.

“Acariciar, abraçar ou conversar gera emoções positivas. Negligenciá-lo ou assustá-lo provoca emoções negativas”, explica a empresa.

O robô pode expressar três tipos de emoções — alegria, tristeza e felicidade — e tem capacidade de aprender com a voz e o comportamento dos usuários, desenvolvendo personalidades como tímido, alegre, enérgico ou carinhoso.

A Casio apresenta ainda um breve cronograma de desenvolvimento emocional do Moflin:

  • Dia 1: Emoções limitadas e movimentos imaturos;
  • Dia 25: Emoções mais ricas e início do apego;
  • Dia 50: Ampla gama de emoções e reações expressivas.

As emoções, o histórico de interações, o nível de bateria e o volume do som podem ser acompanhados por meio de um aplicativo chamado MofLife, onde também é possível dar um nome ao Moflin.

Moflin e os dados dos usuários

Apesar da aparência fofa, o Moflin é um robô de IA, e isso pode gerar preocupação quanto à privacidade de dados. Segundo a Casio, as informações coletadas são processadas localmente no próprio dispositivo, que não entende nem grava o que as pessoas dizem.

“Ele apenas converte características da voz em dados não identificáveis, armazenados localmente e usados para reconhecer falantes frequentes, como seus respectivos proprietários”, explica a companhia.

A Casio também ressalta que os dados transmitidos pelo aplicativo MofLife são armazenados com segurança em um servidor dedicado, sendo usados para suporte técnico, manutenção, melhorias de qualidade e restauração do produto em caso de falhas.

Sem grandes movimentos ou interações complexas, o Moflin ainda assim pode ser uma alternativa fofa e prática para quem busca um pet que não dá trabalho e serve como companhia agradável no dia a dia.

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