Os Estados Unidos e a China anunciaram um acordo que pode abrir uma trégua na “guerra comercial” nesta quarta-feira (11). A negociação ocorreu em meio a um atrito entre os dois países em andamento nos últimos meses devido às tarifas e restrições de importação.
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Em maio, um acordo temporário de 90 dias para reduzir as tarifas mútuas de importação entrou em vigor. Antes da mudança, os EUA cobravam 145% nas importações chinesas, enquanto a China aplicava a taxa de 125% sobre os itens americanos.
A expectativa é que o novo tratado resolva o impasse entre os dois países. Contudo, a negociação ainda precisa ser aprovada pelos chefes de Estado.
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O acordo entre EUA e China
Os detalhes do acordo foram anunciados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Nosso acordo com a China está feito, sujeito à aprovação final do presidente Xi [Jinping] e de mim”, disse Trump em seu perfil pessoal da rede social Truth Social.
Ele destacou que a China vai garantir, “de primeira”, a entrega de “ímãs completos e quaisquer [minerais de] terras raras” . Os materiais, cabe ressaltar, são necessários para desenvolver tecnologias avançadas, mas as exportações para os EUA se tornaram mais restritas após o início do atrito tarifário.
Do outro lado, os EUA vão fornecer o que foi acordado, “incluindo estudantes chineses que utilizam nossas faculdades e universidades”, apontado como algo que “sempre foi bom” em sua visão.
“Estamos recebendo um total de 55% de tarifas, e a China 10%. O relacionamento é excelente!”, conclui o anúncio.
Em outra publicação, Trump complementa que ele e o presidente chinês vão trabalhar em conjunto “para abrir a China ao comércio com os EUA”, e destaca que “isso seria uma grande vitória para ambos os países”.
Ainda não há informações, no entanto, sobre as restrições de exportação de chips. Na segunda-feira (9), um representante da Casa Branca, sede do governo americano, informou que o país poderia aliviar o veto se houvesse um acordo para o país asiático fornecer minerais de terras raras.
Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, o representante de comércio internacional no Ministério do Comércio e vice-ministro do Comércio da China, Li Chengang, disse que os países realizaram “intercâmbios profissionais, racionais, profundos e francos”.
O portal ainda destaca que China e Estados Unidos concordaram, em princípio, durante conversas anteriores por telefone e em Genebra, na Suíça, em construir um consenso entre as lideranças de cada país.
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