Chrome vai “barrar” acesso a sites sem HTTPS; entenda a mudança

Tecnologia

O Google planeja mudanças em seu sistema de segurança de navegação para 2026. A empresa anunciou que a partir do próximo ano vai exigir permissão expressa dos usuários do Chrome antes de conceder o acesso a sites que não usem HTTPS como conexão segura.

A novidade será implementada para valer a partir de outubro de 2026, quando o Chrome 154 será lançado. Com a chegada da atualização, o navegador irá automaticamente ativar o recurso “sempre usar conexões seguras”, solicitando uma autorização explícita para permitir o acesso a qualquer site público que não se encaixe nos padrões do protocolo.

A medida faz parte de uma estratégia do Google para tornar suas conexões mais seguras na internet, dificultando a ação de hackers que conseguem alterar dados a partir de conexões HTTP não-criptografadas.


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Para isso, o Chrome não pretende mandar alertas repetidos aos usuários para sites que costumam acessar com frequência. O aviso será acionado uma vez com maior foco em páginas novas ou raramente acessadas que não usem HTTPS.

Navegação mais segura

Fazendo uma transição gradativa, o Google quer começar a testar a nova ferramenta em abril de 2026 com o lançamento do Chrome 147. A ideia da empresa, nesse primeiro momento, é disponibilizar o recurso apenas para usuários que já apostam na Navegação Segura Melhorada (Enhanced Safe Browsing, no original) do Google, que contempla mais de 1 bilhão de pessoas atualmente.

Google Chrome vai exigir autorização para acesso a sites inseguros sem HTTPS a partir de 2026 (Imagem: Reprodução/Unsplash).

Já a segunda fase, que terá início em outubro de 2026 com o Chrome 154, vai disponibilizar o recurso para todos os usuários ao redor do mundo, mantendo o aviso como padrão de segurança da plataforma a partir disso.

Vale mencionar ainda que a medida se aplica apenas a sites públicos. Isso significa que servidores privados, intranets corporativas e demais endereços internos não receberão os avisos, já que não apresentam risco grande para o sistema de segurança do Chrome.

Em comunicado, o Google afirmou que “ainda há muito trabalho a ser feito”, embora a medida represente um “avanço significativo” para tornar a navegação na web mais segura. O objetivo da empresa é continuar investindo em medidas mais robustas no futuro.

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